E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

terça-feira, 30 de junho de 2009

RADICALIDADE NO DESEJOS E SENTIMENTOS

Na sua profundidade os desejos não são pecados, mas podem se tornar um grande meio para o pecado. Desejos significam: vontade de possuir ou de gozar; anseio, aspiração etc. Os desejos estão ligados ao agir humano, pois revelam o mais profundo do homem. Desvelam o homem e expõe a sua intimidade. Aquilo que muitas vezes está oculto no mais profundo do seu ser.

Todos nós temos desejos por alguma coisa, nossa vida gira em volta de alguns desejos que temos. Quem não deseja ser feliz ou fazer o outro feliz? Isto já está dentro de cada um, mas os nossos desejos foram feridos pelo pecado e passamos a entregar nossos desejos a ação do mal.

Nos entregamos aos maus desejos e às paixões desordenadas e caímos no pecado. Pois o desejo do mundo presente é a nossa perdição. O maior desejo do demônio é nos ver no inferno, longe da graça de Deus.

Veja dentro de você se existem somente desejos para o bem e pureza. Geralmente desejamos aquilo que o nosso corpo deseja ou vai satisfazer os prazeres carnais. “ A carne, em seus desejos, opõe-se ao Espírito e o Espírito à carne; entre eles há antagonismo; por isso não fazeis o que quereis” ( Gl 5, 17 ). Por isso, não podemos seguir os desejos de nossa carne.

Precisamos ter somente desejos por Deus e as coisas do alto. Inclinar os nossos desejos para o alto e buscar a Deus. Não deixemos ser seduzidos pelos desejos humanos e ser influenciados pelos outros. Canalizemos tudo para o Senhor. Desejemos o céu.

O amor deve ser o desejo maior do nosso coração, “o amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de consegui-lo” ( C.I.C 1765). Desejamos o mal e aquilo que nos leva para longe de Deus porque ainda não experimentamos o amor de Deus em nossas vidas, que é capaz de preencher toda solidão e ausência de desejo pelo bem. “ ... A graça desvia o coração dos homens da ambição e da inveja e o inicia no desejo do Sumo Bem; instrui-o nos desejos do Espírito Santo que sacia sempre o coração do homem”( C.I.C 2541).

Há dentro de cada ser humano o desejo de buscar a Deus e a bem-aventurança. “As bem-aventuranças respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina: Deus o colocou no coração do homem a fim de atraí-lo a si, pois só Ele pode satisfazê-lo” (C.I.C 1718).

Cabe a nós purificar os nossos desejos de toda impureza e somente buscar o desejo de Deus para a nossa vida, que é a nossa santificação. Isto não quer dizer que todos os nossos desejos são maus, mas é necessário purificar os desejos que nos afastam de Deus e que não nos levam à santidade. Quando temos desejos, precisamos ver se eles estão de acordo com a vontade de Deus para então realizá-los.

E quanto aos sentimentos, estes muitas vezes nos enganam e nos levam a nos perdermos neles. Pois o sentir não é pecado, mas o consentir.

Não podemos confundir amor com sentimentos. O amor não é só sentimento, mas adesão e iniciativa. O sentimento pode ser conseqüência das emoções. E não podemos nos guiar pelas emoções que são traiçoeiras e enganadoras, vêem de maneira rápida e desaparecem de repente. O sentimento é sensibilidade.

Nos tornamos sensíveis de acordo com determinadas situações. É um estado de espirito. E não podemos usar de sentimentos no nosso relacionamento com Deus.

O nosso relacionamento com Deus precisa ser concreto e radical, não viver de sentimentalismo. Purifiquemos os nossos sentimentos de toda impureza.


Reinaldo Cazumba da Silva
E-mail: reinaldo@cancaonova.com


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mais uma Campanha Inútil

Campanha da Fraternidade 2011: escolhidos o tema e o lema
22/06/2009 - 18h00

Aconteceu nos dias 15 e 16 a reunião do Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB (Consep), em Brasília. Esta reunião teve o intuito de avaliar a Campanha da Fraternidade 2009 (CF) “Fraternidade e Segurança Pública” e escolher os temas e lemas para a Campanha de 2011.

Ah, mas cadê a democracia na escolha do tema??? Por que as dezenas de milhares de pastorais pelo país não foram consultadas? Seria medo de que elas escolhessem, por intervenção divina, algum tema que lembrasse um pouco a quaresma? Talvez...

“A reunião acontece todos os anos e tem como finalidade avaliar a campanha do ano corrente, apresentar a campanha do ano seguinte e a escolha do tema e do lema para a campanha de dois anos depois”, afirmou o secretário executivo da CF, padre José Adalberto Vanzella.

Ficou escolhido então que em 2011 o tema será “Fraternidade e a vida no planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto”. E em 2010, a Campanha será ecumênica e terá como tema “Economia e vida” e lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, escolhido no ano passado.

Ou seja, um pequeno grupo de padres e leigos, reunidos numa salinha em Brasília, decidiu como nós, “Povo de Deus”, devemos viver a nossa quaresma... E depois é justamente esse mesmo grupinho que crítica a Cúria Romana por ser “autoritária”!
Quem geme as dores do parto somos nós, católicos mentalmente saudáveis. Somos obrigados a engolir mais uma campanha ridícula, desvirtuada do sentido pleno e sacro do período da quaresma e alienada de qualquer raiz cristã!

A avaliação da CF 2009 é feita pelo Consep, juntamente com os responsáveis pela Campanha da Fraternidade nos Regionais e pelos assessores da CNBB.

Deveriam deixar os milhares de católicos insatisfeitos com a esdrúxula quaresma brasileira se manifestarem pública e audivelmente.

O padre José Vanzella, apresentou os números da avaliação colhidos a partir de questionários enviados às dioceses e regionais. A análise dos dados, enviados pela internet, teve o auxílio da professora da Universidade Católica de Brasília (UCB), Maria Valéria. O resultado mostra que a Campanha foi realizada com êxito e que a Via Sacra foi um dos subsídios mais usados pelas paróquias.

A Via Sacra da Libertação! Textos com uma profundidade abissal!

Uma preocupação do Consep foi o baixo número de dioceses que participaram da avaliação, apenas 17% respondendo ao questionário. Segundo padre Vanzella, esse número aumentou em relação ao ano passado.

Ora, então a avaliação não pode ser tomada como positiva sendo que apenas 17% responderam ao questionário. E os outros 83%? Será que, como numa ressaca, acordaram depois da Páscoa e perceberam o estrago que fizeram e como foi infrutífera a campanha?
Como podem afirmar que a campanha teve êxito se praticamente ninguém participou do processo de avaliação? Soa-me uma desonestidade intelectual dizer tal coisa. Mascaram o fato, para fazer sobreviver uma estrutura há muito obsoleta e sem o menor sentido.
É o Consep quem cria, como o Dr. Frankstein, a CF e o próprio Consep, num misterioso processo de avaliação, nos diz que “a Campanha foi realizada com êxito”. Quem acredita? Quem leva a sério?

Ainda de acordo com o padre Vanzella, após a escolha dos temas o próximo passo será a realização de um seminário que acontecerá nos dias 10 e 11 de setembro, na sede da CNBB em Brasília, para estabelecer os assuntos e as estruturas para a Campanha de 2011 e, posteriormente, apresentá-las para aprovação dos bispos.

Quem sabe se enviarmos algumas mensagens aos bispos com bom senso eles não poderão “interceder” pela nossa sã quaresma? Dom Alano Pena, Dom Antonio Carlos R Keller, Dom Fernando Guimarães, Dom José Sobrinho, são bons nomes para chamar a atenção para a secularização absurda da CNBB. Chega de campanhas vazias!
É preciso que os bispos rechacem claramente o tema e o lema propostos para 2011. Para 2010 não há o que fazer, mas precisamos evitar o empobrecimento da Quaresma de 2011. Recusar as “dores do parto” em 2011 seria um sinal claro de mudança, de conformidade ao pontificado de Bento XVI. Rompam sonoramente com as estruturas empoeiradas, com os saudosismos.
E também precisamos escrever desde já para a Cúria e para a Nunciatura (este último não creio que teria algum efeito). Enviemos cartas ao Cardeal Canizares pedindo que a Quaresma, período penitencial tão importante, seja respeitado como tal. Enviemos cartas ao cardeal Ré (ou seu sucessor), também para os outros diversos dicastérios romanos.
Precisamos salvar a quaresma no Brasil! Ainda há tempo.

Fonte: CNBB

sábado, 27 de junho de 2009

RADICALIDADE NOS OLHARES

Partindo da passagem “A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se o olho estiver são, todo o teu corpo ficará iluminado; mas se o teu olho estiver doente, todo o teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas” (Mt 6,22-23).

De fato, os nossos olhos são o que direciona todo nosso corpo e nossas ações. Pois um cego não pode guiar a si mesmo ou guiar outro cego. O mesmo acontece com os nossos olhos, se eles estão doentes não podemos andar normalmente ou ficar expostos à luz do dia.
O mesmo acontece com a vida espiritual em nossa vida. São pelos olhos que entram os pecados e a graça de Deus em nossa vida. Primeiramente, para algo atuar em nossa vida, precisa entrar pelos olhos, depois cai no coração e vai para todo o corpo. Pelos olhos que as fantasias vêm e depois se transformam em atos.
Precisamos analisar o que estamos vendo ou assistindo, pois a impureza entra pelos olhos e age inteiramente em nossa vida. A cobiça, os maus desejos, as impurezas entram pelos olhos, claro que não somente, mas olhos são uma porta escancarada para entrada do pecado em nossa vida.
Se deixarmos, o pecado entrar pelos nossos olhos, todo o nosso corpo ficará exposto à ação do demônio e a trevas vão dominar, como Jesus falou no Evangelho de Mateus, citado acima.
Não deixemos os nossos olhos ficarem doentes. Lutemos para termos olhares santos e puros. Não queira dar desculpas, dizendo que não consegue desviar os olhos na impureza.
Nós sabemos que as imagens estão em toda parte e que pecar pelos olhos é muito fácil, mas onde está a luta contra o pecado. O nosso olhar precisa estar submetido ao Senhor Jesus. Somente Ele pode purificar os nossos olhos. O demônio tem usado muito da TV, da sensualidade nas imagens, nas ruas, nos trajes que os jovens estão usando, nas revistas, filmes, etc; tudo isso para que os jovens pequem com os olhos. Na verdade, os nossos olhos param e olham onde o nosso corpo pede e deseja.
Por exemplo: um jovem quando olha para uma menina com uma saia curta, os olhos dele olham primeiro para a barriga e as pernas, pois seu corpo está desejando e cobiçando aquela moça. E não podendo tê-la para si, cria fantasias com ela e depois cai na masturbação. Um pecado puxa o outro.
Como você viu, o pecado entrou primeiro pelos olhos. Claro que todo olhar não é pecado, mas aqueles que se torna cobiça e cria fantasias. É obvio que se achar as coisas, as pessoas, não é pecado.
Os olhos, além de levar muitas vezes a pecar contra a castidade, também levam a pecar com cobiça das coisas alheias.
Aí entra a radicalidade nos olhares. Precisamos adestrar os nossos olhos e não deixar eles serem as trevas do nosso corpo. Não desprezo toda luta que, hoje, se tem para ter olhos puros, porém a radicalidade está em não aceitar as impurezas que querem entrar pelos nossos olhos.
Uma receita para ter olhos puros está em fazer constantemente Adoração ao Santíssimo Sacramento, para que a Luz, que é o próprio Deus, entre pelos seus olhos e seu corpo seja todo iluminado. A Luz de Deus precisa entrar todos os dias pelos nossos olhos.
Pois precisamos ser lâmpada para iluminar todos aqueles que vivem nas trevas deste mundo.

“Por isso, vê bem se a luz que há em ti não é trevas” (Lc 11, 35).

Seminarista Reinaldo Cazumba da Silva
www.cancaonova.com

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Explicação sobre Vestes do Sacerdote, segundo as "Novas Horas Marianas" pelo Pe. J.J. Roquete

Quando o sacerdote sai revestido da sacristia, representa o Cristo, quando saiu do ventre virginal de Nossa Senhora ao mundo, ou quando subiu ao monte Calvário para cumprir os mistérios de nossa redenção.

O barrete representa a coroa de espinhos que por zombaria colocaram no Senhor.

O amito significa o véu com o qual os soldados lhe vendaram os olhos.

A alva representa a veste branca que por escárnio Herodes mandou que o vestissem.

O cíngulo significa a corda com que ataram o Senhor, quando o prenderam e levaram preso para Jerusalém, ou também, a corda com o qual o amarram a coluna para açoitá-lo.

A estola significa a corda que lançaram ao seu santo pescoço, quando lhe impuseram a cruz às costas.

A casula significa a túnica que retiraram de Cristo para crucificá-lo, e o manto que os soldados colocaram para zombar D’Ele.

O galão da casula representa a própria Cruz.

O Altar e a Pedra D’Ara significam a Cruz onde Nosso Senhor foi pregado.

A Cruz colocada sobre o altar lembra ao sacerdote que ele deve assemelhar-se ao Cristo Crucificado.

As santas alfaias significam o sudário em que o Senhor foi envolto.

O cálice representa o sepulcro.

A patena significa a pedra com que se fechou o sepulcro.

A hóstia e o vinho significam o Corpo e o Sangue de Cristo, no qual se hão de converter; e a água que se deita no cálice significa a que saiu de seu Divino lado.

As velas acessas significam a fé viva que deve animar os fiéis que assistem ao incruento sacrifício da Missa.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

RADICALIDADE NOS PENSAMENTOS

Nosso pensamento precisa ser sarado por Jesus

De fato, uma área de pouco controle, são os nossos pensamentos, onde muitas das vezes, somos assaltados por pensamentos malignos e impuros. O demônio, de fato, quer pegar os jovens nos seus pensamentos, a ponto de controlá-los. Isto já está acontecendo através da mídia, que tem feito a cabeça dos jovens, hoje. Eles têm sido influenciados em todas as áreas, com a enchente de informações que o demônio tem jogado através dos programas de TV, jornais, revistas, Internet, etc.

E isto leva os jovens a não terem mais domínio nos seus pensamentos, porque, quem tem dado as normas a seguir é a mídia. Os jovens deixam seus pensamentos serem dominados de tal maneira, que não conseguem nem controlá-los por causa de tantas informações armazenadas. Sua sexualidade inteira é influenciada pelos pensamentos. Primeiro, entra pelos olhos, depois o pensamento cria as fantasias e, o corpo dos jovens se rende às fantasias que foram criadas pelos seus pensamentos.

O nosso pensamento precisa ser sarado por Jesus. É preciso da sua parte, jovem, não alimentar pensamentos impuros, de morte, de suicídio. Busque preencher seus pensamentos com as coisas de Deus. Eu sei que os pensamentos são difíceis de controlar, mas eles podem ser canalizados para Deus e, assim, submetidos ao senhorio de Jesus. Não deixemos que o demônio crie influência em nossa vida, por meio dos nossos pensamentos. Claro que é preciso um esforço de sua parte para não ceder seus pensamentos à ação e ao domínio do demônio. Somos jovens fortes, capazes de saber o certo e o errado, não se deixar ser controlado pelos pensamentos.

O mundo, em conjunto com o príncipe deste mundo, têm bombardeado a nossa mente e os nossos pensamentos com mentiras que parecem verdade. E muitos têm acreditado nas mentiras que aparentam ser de verdade e, na verdade com aparência de mentira. Hoje, o jovem não pára mais para analisar as coisas antes de aceitar. Não importa se é bom ou ruim, apenas toma como verdade. “Vai na onda do mundo”, pensando assim: “Se todo mundo faz e aceita, porque eu não vou aceitar e fazer?”

A TV é o principal meio que leva os jovens à perdição e, que influencia o pensamento dos jovens. Ela vende uma idéia e se compra como verdade, até absoluta. Jovens, convocados para a radicalidade em Jesus, vamos ser “violentos” com nós mesmos, para que o nosso pensamento não seja influenciado com as mentiras do mundo! Outro ponto que pecamos muitas vezes por pensamentos, é quando eles são alimentados pelas impurezas, pelo julgamento e maquinações para o mal. O pensamento só se torna pecado quando, deixamo-lo afastar-nos de Deus, dos Seus mandamentos ou partimos para ação, por causa dele.

“Por exemplo, se tenho um pensamento de impureza sexual e, o alimento com fantasias, desejos, levando-me à masturbação, nisto está o pecado. O segredo é cortar este pensamento pela raiz, canalizando-o para o Senhor.” “...é anunciada a Boa nova do reino de Deus, e todos se esforçam para entrar nele, com violência...” (Lc 16,16b).

Uma regra básica para os que se sentem chamados à radicalidade em Jesus: é preciso se esforçar muito, lutar muito contra o pecado e “fazer violência” para se entrar no Céu. Ele não é dado, ou conquistado, sem esforço, mas com muita radicalidade em Cristo.


Seminarista Reinaldo C. da Silva
Fonte:cancaonova.com




terça-feira, 23 de junho de 2009

Radicalidade em Jesus

Com as coisas de Deus não se brinca!


Fui movido a escrever sobre “ser radical em Jesus”, porque muitos dos meus irmãos de comunidade me chamam de radical e, isto me alegra muito, pois, ser radical para mim é não permitir pecado em minha volta.

Não estou filiado ao partido político dos que buscam um radicalismo para tentar mudar a sociedade por meio de sistema político partidário. Mas busco a radicalidade em Jesus, na Sua Palavra e principalmente não aceitar o pecado em minha vida.

A fidelidade ao Senhor, a todos põe à prova. Não deixar ou permitir em minha vida qualquer brecha ao pecado por menor que seja. A minha opção por Deus precisa me levar até as ultimas conseqüências: morrer por Ele e não aceitar pecado em minha vida.

Estive pensando que todos aqueles que fazem a opção pelo demônio vivem a radicalidade em ser dele e não abrem mão disto. Em qualquer lugar que vão, fazem questão de assumir e demonstram que fizeram a opção de ser de satanás.

E eu, que sou Daquele que é o Senhor de todas as coisas – e até o próprio demônio está submetido a Ele – porque não ser totalmente Dele; assumir em todas as camadas da sociedade ou aonde eu vá, que sou de Deus e não abro mão disto? E o prêmio que o Senhor tem para mim é muito maior daquilo que o demônio oferece aos que o seguem; Deus dá a vida eterna para aqueles que o seguem.

Radical vem de raiz, como acontece com a matemática. Preciso viver a raiz e a essência do Evangelho e a profundidade de Deus.

Como jovem o mundo me oferece muitos prazeres carnais, mas preciso resistir até o sangue na luta contra o pecado. Na minha vida de consagrado e cristão não posso permitir que as seduções do demônio me ceguem ou seduzam.

Não posso ser relaxado e dizer que não tem nenhum problema de cometer um pecado ou não ser radical. Sei que muitos jovens acham que as modas e as ondas que estão no mundo não têm problema vivê-las e que não precisam ser radicais. Com Deus, não brinco de ser cristão, mas o sou de fato. Não dá mais para ficar brincando de ser cristão ou empurrar com a barriga as coisas de Deus. A cada dia mais o mundo vai exigindo de mim uma resposta e uma decisão.

Vejo que é tempo de tomar uma decisão radical por Deus, hoje mesmo.
“Estou a falar em termos humanos, devido à fraqueza da vossa carne. Do mesmo modo que entregastes os vossos membros, como escravos, à impureza e à desordem, para viverdes na desordem, entregai agora também os vossos membros como escravos à justiça, para viverdes em santidade.”(Rm 6,19).

Radicalidade para mim não é mais do que ser inteiramente do Senhor. Buscar ser cristão verdadeiro e não mais ou menos. É ter dentro de mim um grande ardor de ser santo e lutar para não pecar de maneira nenhuma.

Pois é superar em habilidade as astúcias do demônio, ser mais esperto que as estruturas do mundo, abalar as estruturas do pecado...”sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas” (Mt 10,16b).


Reinaldo Cazumba da Silva
Fonte:cancaonova.com

domingo, 21 de junho de 2009

O SOFRIMENTO

O grande teólogo, filósofo e Doutor da Igreja Santo Agostinho disse: “A firmeza cristã exige não só fazer o bem, mas também sofrer o mal”.A raiz do sofrimento está no pecado: “Ele retomou: “E quem te fez saber que estavas nu? Comeste, então, da árvore que te proibiu de comer!” O homem respondeu: “A mulher que puseste junto de mim me deu da árvore, e eu comi!” Deus disse à mulher: “Que fizeste?” E a mulher respondeu: “A serpente me seduziu e eu comi”. Depois disse Deus: “Se o homem já é como um de nós, versado no bem e no mal, que agora ele não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma e viva para sempre!” E Deus o expulsou do jardim do Éden para cultivar o solo de onde fora tirado (Gênesis 3,9-13.22.23).
Sofremos pelos nossos erros, enganos e seduções. “Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Antes, cada qual é tentado pela própria concupiscência, que o arrasta e seduz. Em seguida a concupiscência, tendo concebido, dá a luz ao pecado, e o pecado, atingido a maturidade, gera a morte (Tiago 1,13-15). Pela nossa ignorância, estupidez, ambição, orgulho, prepotência e ira desenfreada, acarretamos muitas dores e sofrimentos para o nosso corpo e alma. O sofrimento é uma grande ferramenta para o nosso ensino e disciplina espiritual. Os grandes homens da humanidade se serviram desta ferramenta para realizarem as suas grandes obras. Ninguém escreve seu nome na História, ninguém torna se herói sem passar pela escola do sofrimento. Ninguém chega ao Paraíso sem passar primeiro no calvário. “A cruz é uma escola”, dizia Santo Agostinho. Grandes conquistas, grandes vitórias, grandes tormentas. Impossível chegar lá, sem grandes dificuldades. O sofrimento é a poderosa arma do corajoso, do persistente. A maior e a melhor lapidação para o homem é o sofrimento. O salmista reconheceu a riqueza do sofrimento em sua própria vida: “Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra... Foi-me bom ter um passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” (Salmo 119,67-71). É no meio do infortúnio que o homem se ver acuado da sua soberba. É na adversidade e na humilhação que o homem enxerga melhor a sua miserabilidade. É na desgraça e no óbice que o homem entende que não é nada. É na doença incurável que o homem se ver como um verme. “Os vermes o comerão gostosamente”. “Quanto menos o homem, essa larva, e o filho de homem, esse verme” (Jó 24,20; 25,6).

ENTREGÁ-LO A DEUS

As maiores bênçãos do mundo foram geradas através dos maiores sofrimentos. Nas grandes vitórias foram derramados sangue e lágrimas. As glórias deixam marcas de terríveis dores. Conta-se que o grande poeta alemão Johann Goethe disse certa vez: “Nunca tive uma aflição que não se tenha transformado em poema”. Goethe afirmou: “O homem que não é posto a prova não evolui”. Similarmente, escreve São Pedro Apóstolo: “Nisso deveis alegrar-vos, ainda que agora, se necessário, sejais contristados por um pouco de tempo, em virtude de várias provações, a fim de que a autenticidade comprovada da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, cuja genuinidade é provada pelo fogo, alcance louvor, glória e honra por ocasião da Revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1,6.7). O insigne escritor sacro Paul E. Bilheimer escreveu: “Os melhores traços do caráter cristão, em geral, são frutos do sofrimento. Quando estão no início de uma provação, a
maioria dos cristãos se encontra num estado de frieza, com uma mente mundana e carnal; no final dela, porém, seu espírito já está abrandado, amadurecido e edificado”. As aflições santificadas abrandam a aspereza e aplainam as quinas pontiagudas da nossa vida. Consomem as impurezas do egoísmo e do materialismo. Abatem o orgulho, moderam as ambições humanas e sufocam o fogo das paixões. Expõem o mal que existe em nosso coração, revelando fraquezas, falhas e defeitos e tornando-nos conscientes do perigo espiritual. Disciplinam o espírito obstinado. Para alguns de nós, somente a escola do sofrimento será capaz de transmitir as lições sobre paciência, tolerância e domínio próprio que precisamos aprender. Um dos métodos usados por Deus para aperfeiçoar o caráter cristão consiste em permitir que soframos injustamente. A maioria pensa que sofrer já é difícil, quem diria sofrer injustamente! Contudo, ao falar sobre sofrer injustamente, Pedro declara: “Pois, que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados...” (1 Pedro 2,20.21). Sem dúvida, estamos falando de uma ferramenta muito afiada e dolorosa para nossa alma. Você sabe, no entanto, que quando um torneiro mecânico tem um trabalho muito fino e detalhado para executar, ele escolhe a ferramenta mais afiada que possui. De modo semelhante, Deus emprega o afiado recurso do sofrimento injusto quando deseja esculpir um lindo desenho na vida do cristão. É difícil receber injúria dos outros e sempre retribuir com obem, mas enquanto o molde divino não for profundamente gravado na estrutura de nossa alma, Deus não terá completado a sua obra nós. Não podemos evitar sofrer nas mãos dos outros. É certo que isso acontecerá. No entanto, em última análise, ninguém consegue ferir-nos a não ser nós mesmos. Nenhuma injustiça que os homens cometam contra nós poderá machucar-nos a menos que permitamos que ela nos torne ressentidos e rancorosos. Um ato ou atitude só pode nos causar mal de verdade se dermos lugar à amargura e a ira. Porém, você pode perguntar: “Como posso evitar a amargura? Como posso deixar de me sentir magoado?” Existe a história de uma criança indígena que se aproximou de um velho líder da tribo, levando um pássaro ferido nas mãos. O velho olhou para o pássaro e disse: “Leve-o de volta e deixe-o onde você o encontrou. Se você o segurar, ele morrerá. Se você devolve-lo para as mãos de Deus, ele curará sua ferida, e o pássaro viverá”. Eis uma lição sobre o que devemos fazer quando somos atingidos pela dor. Nenhuma mão humana é capaz de curar um coração ferido; é preciso entregá-lo a Deus (Lucas 4,18; Mateus 11,28-30). “O meu Deus proverá magnificamente todas as vossas necessidades, segundo a sua riqueza, em Cristo Jesus” (Filipenses 4,19).

CONCLUSÃO

Temos consciência que muito sofrimento fica sem explicação. Toda a sua realidade será revelada na eternidade. É impossível a razão humana entender o mistério do sofrimento. O sofredor Jó passou seus dias implorando e suplicando ao Senhor Deus que lhe desse maiores informações e explicitasse o seu padecimento. Quando o Todo-Poderoso finalmente manifestou, ele demonstrou que seu servo Jó não tinha capacidade nem para entender a resposta, muito menos para discutir com o seu Eterno Criador. E no final do seu calvário, o patriarca Jó compreendeu e se colocou nas mãos de Deus com absoluta confiança (Jô 3,1-4; 9,1-4; 42,1-17). Em alguns casos o sofrimento que é inexplicável no momento, mais adiante, por vontade de Deus é simplesmente compreendido. Por que o bondoso Deus permitiu que o jovem José do Egito fosse vendido pelos seus próprios irmãos como escravo e depois sofresse dois anos na prisão por permanecer honesto e casto? Mais tarde o propósito ficou claro, ou seja, o por quê? Foi respondido (Gênesis 50,17-21; Romanos 8,28). Nem sempre podemos obter a reposta para as nossas dificuldades, todavia, temos a capacidade de entender que só em Deus, o Todo-Poderoso, podemos confiar absolutamente. “Entrega teu caminho ao Senhor, confia Nele, e ele agirá; manifestará tua justiça como a luz e teu direito como o meio-dia” (Salmo 37,5.6). Do sofrimento, podemos tirar uma grande lição, ele nos diz que necessitamos desesperadamente do Senhor Deus.

Pe. Inácio José do Vale
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo

sábado, 20 de junho de 2009

DEVOÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Liturgicamente a Festa do Imaculado Coração de Maria deve ser celebrada no Sábado a seguir ao Segundo Domingo de Pentecostes..

A devoção ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja porque tem as suas raízes mais profundas no Evangelho que muitas vezes faz referências ao Coração da Mãe de Deus.

- Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu Coração. (Lc.2/19).

- Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todas estas coisas no seu Coração. (Lc.2/51).

Os Santos Padres os místicos da Idade Média, os Teólogos e os Ascetas dos séculos seguintes, foram todos grandes devotos do Coração de Maria, como do Coração de Jesus.

Mas foi sobretudo S. João Eudes (1601-168O), o grande promotor do culto litúrgico que se devia tornar em devoção e património comum dos fiéis, o qual "movido do grande amor que o inflamava, para com os Corações de Jesus e Maria, foi o primeiro que, não sem divina inspiração, pensou em tributar-lhes culto litúrgico. Da qual dulcíssima devoção deve considerar-se pai ... doutor.. e apóstolo”.

O Santo, já em 1643, vinte anos antes de celebrar a festa do Coração de Jesus, celebrava com os seus religiosos a do Coração de Maria.

Esta festa tornou-se pública em 1648, entrando assim na liturgia comum, e a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o oculto do Coração de Maria.

Os dois actos mais importantes da Santa Sé em favor do Imaculado Coração de Maria foram :

* A disposição de Pio VII (1805), que a festa se pudesse conceder às Dioceses e Institutos Religiosos que a pedissem.

* A Missa e Ofício próprios aprovados por Pio IX (1855), mas unicamente pro aliquibus locis (para algumas localidades).

Foi sobretudo a partir das Aparições de Fátima que se divulgou por todo o mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria, pois, como escreveu o Cardeal Cerejeira "a missão especial de Fátima é a difusão no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria. À medida que a perspetiva do tempo nos permitir julgar melhor os acontecimentos de que fomos testemunhas, estou certo que melhor se verá que Fátima será, para o culto do Coração de Maria, o que Paray-le-Monial foi para o Coração o de Jesus". (8-9-1946).

Os desígnios misericordiosos de Deus começam a manifestar-se nas Aparições de Junho e sobretudo de Julho de 1917, na Cova da Iria e tiveram o seu magnífico Epílogo em Espanha, nas visões de 1925 e 1926 em Pontevedra, e em 1927 e 1929 em Tuy.

Em Fátima, no dia 13 de Junho manifesta-se o Coração de Maria circundado de espinhos, pedindo reparação, enquanto a Senhora pronuncia estas palavras "Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração".

Mensagem de Fátima compreende vários pontos que devemos ter presentes:
  • O amor à oração — o Terço
  • Fiel cumprimento do dever
  • A construção da Paz
  • A Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados
  • A Consagração ao Imaculado Coração de Maria — uma entrega à Santíssima Virgem — compromisso livremente aceito, de fazer o que Ela pediu.
Nossa Senhora aponta a devoção dos Cinco Primeiros Sábados como meio importante e concreto de vivência cristã, e não apenas como mais uma devoção.

Numa revelação, na noite de 29 para 30 de maio de 1930, Nosso Senhor dignou-Se explicar por que escolheu 5 Sábados: "São 5 as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria:

  • as blasfêmias contra a Sua Imaculada Conceição
  • as blasfêmias contra a Sua Virgindade
  • as blasfêmias contra a Maternidade Divina, recusando ao mesmo tempo recebê-lA como Mãe dos homens
  • as blasfêmias dos que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe
  • as blasfêmias dos que A ultrajam diretamente nas Suas Imagens".
Esta devoção deve ser feita durante 5 meses seguidos.

Havendo motivo justo, qualquer sacerdote poderá transferir todas, ou algumas das condições para o domingo seguinte.

A 15 de fevereiro de 1926, Nosso Senhor explicou que a Confissão não tem necessariamente de ser no primeiro sábado, mas pode ser 8 dias antes ou depois, ou muitos mais ainda, contando que a Comunhão seja feita na Graça de Deus e com desejo de reparação.

A meditação pode ser feita sobre um ou vários Mistérios do Rosário, e juntar-se com o Terço, meditando 3 minutos antes de cada dezena.

O Terço é sempre meditado, pois sem meditação dos Mistérios não há Terço do Rosário; conclui-se portanto que para além do Terço há uma meditação de 15 minutos.

Durante essa meditação há a promessa duma Presença especial de Maria no nosso coração. Diretamente, Ela exprimiu-a assim: "Quem Me fizer companhia durante 15 minutos". Por tal motivo, estes 15 minutos são dos mais ricos de todo o mês.

A recompensa prometida é a Presença de Maria à hora da morte com todas as graças que cada um precisa. Isto significa a graça da boa morte, perseverança final, ou, por outras palavras, a Salvação Eterna.

À luz do Dogma do Corpo Místico e da Comunhão dos Santos, esta devoção é aplicável primeiramente a quem a faz, e pode repetir-se, oferecendo-a por outros.


Edição do Santuário de Fátima


sexta-feira, 19 de junho de 2009

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

O Coração de Jesus, puro e imaculado, traspassado e coroado de espinhos, em sua infinita humildade, é a realização do amor de Deus por nós.

“De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu filho único, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3, 16.

Jesus nos amou tanto ao ponto de ter seu coração divino rasgado pela lança da incredulidade e da indiferença. Mas, desta abertura, jorrou Sangue e Água. Desta abertura correm o Sangue que nos redime e a Água viva que nos purifica. Desta abertura desce sobre nós o Espírito Santo. O Coração de Jesus é a porta aberta para o céu. O Coração de Jesus é um oceano de misericórdia, que leva toda a areia que são nossos pecados até ficarmos branquinhos como a neve.

Nada pode nos separar de Amor de Deus. Mas, uma coisa impede seu efeito salvífico e curador: a nossa indiferença e incredulidade.

Jesus entregou a Sua Vida em reparação de nossos pecados e, por sua obediência e morte na cruz, venceu o pecado, a doença, o demônio e a morte.

Jesus foi obediente para reparar a desobediência dos homens. Então pensemos: como será a nossa resposta diante deste amor? Precisamos nos aproximar de Jesus, assim como estamos, e também abrir o nosso coração para deixar que o Espírito Santo trabalhe nele e nos liberte e nos cure.

“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos e sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e receberei minha doutrina, porque sou manso e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” Mt 11,28-30.

Eis mais uma prova de ternura do Coração de Jesus: dar paz e repouso para as nossas almas, tomar conta de nossos problemas, aliviar os nossos pesos. Nossa parte é entregar tudo ao Senhor: esta é a chave da vitória. “Louvai o Senhor em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo” 1 Tss 5,16-18.

Deus quer que saibamos receber o Amor que Ele nos dá e que este Amor, através de nós, possa atingir o irmão. A oração prepara o coração para receber as bênçãos de Deus. A adoração ao Santíssimo Sacramento é momento forte de escuta. O Pai pede hoje, mais do que nunca, “adoradores em espírito e em verdade”.

Adorar é preciso. Louvar é preciso, porque o Coração de Jesus recebe dos homens ingratidão. E como o mundo precisa da misericórdia e do perdão do Coração de Jesus!

O alimento que Jesus nos deixou, o Pão Vivo descido do céu, é o seu próprio Coração. O exame de laboratório das relíquias de Lanciano mostra no ostensório um pedaço do miocárdio de coração humano. Jesus nos dá seu próprio coração, que continua derramando misericórdia sobre nós pecadores, consolando todos os aflitos, curando as enfermidades físicas, psíquicas e espirituais.

Sim, o Coração de Jesus é a porta do céu. Nessa hora em que vivemos há uma grande necessidade de conversão da humanidade e de uma grande volta para Deus. Jesus quer nos guardar na intimidade de Seu Coração. Estar mergulhado no Amor de Deus é ser feliz.

O profeta Joel diz: “Rasgai vossos corações e não vossas vestes; voltai ao Senhor vosso Deus, porque Ele é bom e compassivo, longânime e indulgente, pronto a arrepender-se do castigo que aflige” Joel 2,13.

O Coração de Jesus nos ama tanto que nos dá Seu próprio Espírito. Confiemos a Ele nossa vida. Entregar tudo em Suas mãos é o mínimo que podemos fazer para termos paz. Queremos que o vosso coração seja semelhante ao Coração de Jesus e que através d’Ele passe o Espírito Santo para nossos irmãos.

A bênção do Pai é a ternura do Coração de Jesus em nossa vida e o poder do Espírito Santo, em nossa vida e o poder do Espírito Santo, fazendo de nós um povo santo e bem disposto, segundo o Coração de Deus.


Maria Lucia Vianna .

Revista Brasil Cristão


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Carta de um leitor a um site católico sabre Adão e Eva

Minha esposa participou de um curso em que o palestrante disse que Adão e Eva eram apenas figuras de expressão. Que foram colocados na Palavra apenas para mostrar como DEUS criou os seres humanos. Poderiam dar uma explicação?

Resposta:

Muitos Bispos e presbíteros da Igreja estão abandonando a Sã Doutrina para darem ouvidos às fábulas enganosas e pior: querem arrastar os fiéis para o erro deles. É um completo absurdo que se permita ensinar tamanhas heresias. A gravidade disto é tão séria que esses erros são ensinados até mesmo em cursos de teologia. Com efeito, a teologia que deveria ser instrumento para o aperfeiçoamento na Fé, está sendo a porta de entrada da apostasia.A negação da realidade do relato do Gênesis tem fundo modernista. Dizem os modernistas que Deus criou a humanidade não de um só casal, mas de vários. Esta teoria é conhecida como poligenismo e foi condenada na Humani Generis do Papa S. Pio XII:

37. Mas, tratando-se de outra hipótese, isto é, a do poligenismo, os filhos da Igreja não gozam da mesma liberdade, pois os fiéis cristãos não podem abraçar a teoria de que depois de Adão tenha havido na terra verdadeiros homens não procedentes do mesmo protoparente por geração natural, ou, ainda, que Adão signifique o conjunto dos primeiros pais; já que não se vê claro de que modo tal afirmação pode harmonizar-se com o que as fontes da verdade revelada e os documentos do magistério da Igreja ensinam acerca do pecado original, que procede do pecado verdadeiramente cometido por um só Adão e que, transmitindo-se a todos os homens pela geração, é próprio de cada um deles” (1).

E porque os modernistas insistem em negar o ensino tradicional da Igreja? Essa gente não dá ponto sem nó. Eles trabalham para a demolição da Igreja. Da negação de que Adão e Eva não foram reais segue a negação da doutrina do Pecado Original. Segundo os modernistas, não há pecado original, logo o homem não precisa da Igreja para ministrar-lhe os sacramentos e conduzi-lo a Cristo.O Concílio de Trento emitiu uma série de condenações sobre estas doutrinas modernistas (2).

Paulo também confirma a Doutrina do Pecado Original: "Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram" (Rm 5,12). Também confirma que por causa Pecado Original, o homem necessita da salvação por Cristo: "Mas, com o dom gratuito, não se dá o mesmo que com a falta. Pois se a falta de um só causou a morte de todos os outros, com muito mais razão o dom de Deus e o benefício da graça obtida por um só homem, Jesus Cristo, foram concedidos copiosamente a todos" (Rm 5,15).Como se vê, na palestra que sua esposa assistiu foram ensinadas doutrinas modernistas e não católicas.Tome providências a respeito. Procure o clérigo responsável pelo curso. Se não adiantar, procure o Bispo. Se não adiantar, me escreva. Procurei o Núncio Apostólico (embaixador do Papa) pois moro em Brasília.

Em Cristo Jesus,

Prof. Alessandro Lima.

Fonte: http://www.veritatis.com.br

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Realmente, Adão e Eva existiram. A Bíblia registra o nome do casal que deu origem à humanidade (ver Gênesis capítulos 1, 2, 3, etc.). Além de a Bíblia afirmar a realidade de que existiram nossos primeiros pais, temos fontes que nos dão fortes evidências:

A ANTROPOLOGIA DESCRITIVA (ou Etnologia) é um ramo da ciência que concorda que todos nós descendemos de um casal (isto é chamado de monogenismo). A antropologia não diz o nome deste casal (Adão e Eva), mas o fato de concordar com a posição bíblica de que todos descendem de um par de seres humanos, é uma forte evidência de que a Bíblia está com a razão.

A LINGÜÍSTICA HISTÓRICA também afirma que as diversas línguas se originaram de uma. Isto está em acordo com o relato do Gênesis sobre a Torre de Babel (ver Gênesis 11).

As DIFERENTES CULTURAS, com seus relatos sobre a origem da humanidade, também evidenciam a autenticidade da Bíblia em relação ao assunto. Veja a seguir o que disse o professor Orlando Rubem Ritter no livro “Por Que Creio” (Casa Publicadora Brasileira), escrito pelo jornalista Michelson Borges:

“Na tradição hindu, aparece o ancestral ADAMU (veja que este nome, bem como os que virão a seguir, é parecido com ADÃO); e na tradição sumeriana, a mais antiga civilização pós-diluviana, aparece ADAPA. Segundo essa tradição, Adapa vivia num país onde não havia morte, o ar era puro e a água, limpa. Mas Adapa acabou perdendo o direito à imortalidade. Várias culturas possuem relatos que mostram uma origem comum para a humanidade, com Adão e Eva, no jardim do Éden” (pág. 165, grifos acrescidos). E, a maior de todas as evidências da existência de Adão e Eva terem existido está no fato de que JESUS comprovar a autenticidade do Gênesis (conquanto as pessoas não aceitem o Jesus divino, ateus crêem no Jesus histórico). Você pode ler sobre isto em Mateus 19,4-5 onde Cristo faz uma referência direta ao casal que viveu no jardim do Éden. Para o cristão, isso já bastaria para confirmar a veracidade da história de Adão e Eva.

Leandro Soares de Quadros
EQUIPE DE CONSELHEIROS DA BÍBLIA ONLINE




terça-feira, 16 de junho de 2009

COMO SE VESTIR PARA IR A SANTA MISSA??


Por Francisco Dockhorn

Muitos hoje se perguntam qual é a melhor forma de se vestirem para participar do Santo Sacrifício da Missa. Alguns procuram responder a estes afirmando que "tanto faz, pois o que importa é o coração". Mas o que dizem os documentos oficiais da nossa Santa Mãe Igreja à respeito disso?

O Catecismo da Igreja Católica (n. 1387) afirma, sobre o momento da Sagrada Comunhão: "A atitude corporal - gestos, roupa - há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede."

Para compreender o porquê o Catecismo afirma isto à respeito das vestes, é importante compreender o que é a Santa Missa: ela é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos pecados na cruz. Tal Sacrifício se torna presente na Santa Missa no momento em que o pão e vinho tornam-se verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor (Catecismo da Igreja Católica, 1373-1381). O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja, sem sofrimento nem derramamento de sangue), ou seja, é o mesmo e único Sacrifício do Calvário, tornando-se verdadeiramente presente na Santa Missa para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que "o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício." (Catecismo da Igreja Católica, 1367)

É preciso evitar, então, primeiramente as roupas que expõe o corpo de forma escandalosa, como decotes profundos, shorts curtos ou blusas que mostrem a barriga. Mas convém que se evite também tudo o que contraria, como afirma o Catecismo, a alegria, a solenidade e o respeito - isto é, banaliza o momento sagrado.

O bom senso nos mostra, por exemplo, que partindo do princípio da solenidade, é melhor que se use uma calça do que uma bermuda. Ora, na nossa cultura, não se vai a um encontro social solene usando uma bermuda!

O bom senso nos mostra também que, partindo do princípio do respeito e da não-banalização do sagrado, é melhor que se evite roupas que chamam atenção para o corpo ou para elementos não relacionados com a Sagrada Liturgia. É melhor que uma mulher, por exemplo, utilize uma blusa com mangas do que uma blusa de alcinha; é melhor que utilize uma calça discreta, saia ou vestido do que uma calça estilo "mulher-gato" (isto é, apertadíssima); também é melhor que se utilize, por exemplo, uma camisa ou camiseta discreta do que uma camiseta do Internacional ou do Grêmio.

A questão se reveste de uma seriedade ainda maior quando se trata daqueles que exercem funções litúrgicas, tais como os leitores e músicos. Pois estes, além de normalmente estarem mais expostos ao público que os demais, acabam por serem também modelos.

É de acordo com este senso que até a pouco tempo atrás era comum se utilizar a expressão popular "roupa de Missa" ou "roupa de Domingo" como sinônimo da melhor roupa que se tinha. Quanto bem faria aos católicos se esta expressão fosse restaurada!

Quanto aos que afirmam que "o que importa é o coração", vale lembrar que aqui não cabe a aplicação deste princípio, pois isso implicaria colocar-se em contraposição com grandes parte das normas litúrgicas da Santa Igreja, bem como com os diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, incenso, gestos do corpo, etc), que partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé católica à respeito que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.

A este respeito, escreveu o saudoso Papa João Paulo II: "De modo particular torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. (...) Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo." (Mane Nobiscum Domine, 18)

Concluímos com as palavras de São Josemaria Escrivá em uma de suas fantásticas homilias, recordando seus tempos de infância: "Lembro-me de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor." Afirma ainda: "Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não devemos preparar-nos?" (Homilias sobre a Eucaristia, Ed. Quadrante)

Fonte: http://www.reinodavirgem.com.br/liturgia/comovestir.html



domingo, 14 de junho de 2009

É o fim dos tempos...

Igreja episcopal britânica vai oferecer hóstia pelo correio

09.06.2009 - Uma igreja episcopal independente na Grã-Bretanha deve oferecer, a partir do próximo dia 14, hóstias pela internet. O novo serviço, da Open Episcopal Church, chamado "Host in the Post", deve atender não apenas às pessoas que não podem comparecer à missa por idade avançada ou problemas de saúde, como também às que acabaram se distanciando da religião.

O bispo Jonathan Blake disse: "A idéia de que elas (as pessoas) têm que ir a lugares para orar é algo que os pais tinham (...) Estamos levando a igreja a lugares onde ela não esteve antes."

Embora a hóstia pré-consagrada seja oferecida de graça, quem fizer o pedido tem que pagar embalagem e tarifa do correio. O serviço custa em torno de duas libras esterlinas (o equivalente a cerca de R$ 6). Quem quiser 500 hóstias de uma vez terá de desembolsar cerca de dez libras (o equivalente a cerca de R$ 30).

Blake disse que alguns críticos da iniciativa alegaram que a hóstia pode acabar nas mãos de ateus e satanistas, que podem usá-las para rituais impróprios, mas ele destacou que não está preocupado com isso.

"Jesus não fez essa distinção", afirmou. "Ele se doou a cada um e a todos. Não faz diferença, o corpo de Cristo é redentor."

O sacerdote disse que embora o serviço ainda não tenha começado, "milhares de pessoas manifestaram algum interesse" em usá-lo.

Fonte: Terra notícias

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Que aberração meu Deus, que infâmia com seu Corpo Santo... Será mesmo que Jesus NÃO FAZ DIFERENÇA entre um filho de Deus e um filho de satanás?

Juliana


sexta-feira, 12 de junho de 2009

DEVOÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

A devoção ao Coração de Maria começou já no início da Igreja, desenvolvendo-se na Idade Média. Com as aparições em Fátima, ganhou grande destaque. A devoção ao Coração de Maria está associada à devoção ao Coração de Jesus, pois esses Dois Corações se uniram no Mistério da Encarnação, Paixão e Morte do Verbo Encarnado. Honrar o Coração de Maria é honrar o Coração que foi preparado por Deus para ser uma digna morada do Espírito Santo, que formaria a seu tempo o Redentor no ventre imaculado da Virgem Maria. Esta devoção ao Coração de Maria é devoção à própria Mãe de Jesus. É também veneração dos santos sentimentos e afetos, a ardente caridade de Maria para com Deus, para com seu Filho e para com todos os homens, que lhe foram confiados solenemente por Jesus agonizante. Assim, louvamos e agradecemos a Deus por nos haver dado por Mãe e intercessora Aquela que acreditou.

O Coração de Maria na Bíblia

Lc 2,19
Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração. (sobre a adoração dos pastores que falavam da manifestação dos Anjos sobre o Menino)
Lc 2,35b
E uma espada transpassará a tua alma. (profecia de Simeão, dirigida a Maria)
Lc 2,51b
Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. (depois do encontro de Jesus no Templo, ensinando os doutores da Lei)

A Aliança dos Dois Corações

Jo 19,34
Mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. (símbolo místico da origem dos sacramentos da Igreja)

Esta passagem exemplifica também a profunda união mística do Coração de Jesus com o Coração de Maria na obra da Redenção. Essa união começou quando, pelo poder do Espírito Santo, Maria concebeu o Coração de Jesus em Seu próprio Coração. Esse Sagrado Coração começou a pulsar no ventre de Maria, como eco às batidas de Seu Coração Imaculado. O Coração de Jesus existe pelo consentimento da Virgem Santíssima na Anunciação. Foi o sangue de Maria que alimentou esse Coração Sagrado do Filho de Deus feito homem.

Essa união de amor inefável é consumada quando, ao mesmo tempo, esses Dois Corações são imolados por nossa salvação. Quando o Coração de Jesus foi traspassado pela lança do soldado, o Coração de Maria foi traspassado espiritualmente, cumprindo a profecia de Simeão (Lc 2,35b).

Todas essas passagens indicam claramente a admirável Aliança desses Dois Corações (como já citou João Paulo II), que trabalharam pela salvação do mundo: o Coração de Jesus, que sofreu a ponto de ser traspassado para derramar-Se sobre todos os que nEle crerem; e o Coração de Maria, sempre se voltando ao Seu Divino Filho, Coração predestinado por Deus a sofrer com Jesus pela salvação da humanidade.

Fontes consultadas:
Missal Romano
Informativo 3º

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A verdade sobre a Comunhão na mão ( o desrespeito ao Corpo de Cristo)

"Por respeito para com este Sacramento, nada Lhe toca, a não ser o que é Consagrado..." S. Tomás de Aquino

Através dos séculos, de pais para filhos, foram os nossos pais que nos ensinaram a Fé e nos falaram do Santíssimo Sacramento. Disseram-nos que a Divina Eucaristia é verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os Padres do Concílio de Trento definiram o Santíssimo Sacramento com precisão e cuidado. S. Tomás de Aquino ensinou-nos que, por respeito para com este Sacramento, tocar n’Ele e ministrá-Lo compete apenas ao Sacerdote. Em casa, os nossos pais, como católicos que eram, e também as Irmãs que ensinavam na escola disseram-nos que era um sacrilégio uma pessoa, sem ser o sacerdote, tocar na Sagrada Hóstia.

Através dos séculos, Papas, bispos e sacerdotes disseram-nos a mesma coisa, não tanto por palavras, mas sobretudo pelo exemplo — e especialmente através da celebração da Antiga Missa em latim, em que o mais profundo respeito pelo Santíssimo Sacramento, o autêntico Corpo de Cristo, estava em cada gesto do Sacerdote. Os nossos pais disseram-nos estas coisas não com a ideia de transmitir uma tradição, venerável mas sem fundamento; ensinaram-nos estas coisas através de palavras e exemplos para nos mostrarem a fidelidade à Fé Católica e o respeito pelo Santíssimo Sacramento. Os nossos pais disseram-nos isto porque é a verdade.

Pelo contrário, a entrada em vigor da Comunhão na mão e de leigos como Ministros da Eucaristia mostra um desprezo arrogante por aquilo que os nossos pais nos ensinaram. E embora estas práticas tivessem sido introduzidas com o pretexto de serem um desenvolvimento litúrgico "autêntico" e ordenado pelo Concílio Vaticano II, a verdade é que a Comunhão na mão não é uma autêntica evolução litúrgica, não foi ordenada pelo Vaticano II, e não só aparece como um desafio como revela um completo desprezo por séculos de doutrina e prática católicas até hoje.

A Comunhão na mão estabeleceu-se sob um falso ecumenismo; permitiram que se espalhasse por fraqueza da autoridade; foi aprovada como medida de compromisso e por um falso sentido de tolerância – e levou a uma profunda irreverência e indiferença para com o Santíssimo Sacramento. Esse abuso litúrgico – que se tornou o mais comum possível – é a vergonha dos nossos tempos.

O Vaticano II não a menciona em parte alguma

Nos dezasseis documentos do Concílio Vaticano II não há qualquer referência à Comunhão na mão, que também não foi mencionada durante os debates conciliares. Antes do Concílio Vaticano II, não há registos históricos de bispos, padres ou leigos terem pedido a prática da Comunhão na mão. Pelo contrário, qualquer pessoa que viveu a Igreja de antes do Vaticano II se há-de lembrar distintamente de ter aprendido que era sacrílego tocar na Hóstia Consagrada quem não fosse Sacerdote. Confirma-o o ensinamento de S. Tomás de Aquino, na sua grande Summa Theologica. Nas suas palavras:
"A distribuição do Corpo de Cristo pertence ao sacerdote por três razões:
  1. "Prque consagra na pessoa de Cristo. E assim como Cristo consagrou o Seu Corpo na (Última) Ceia e O deu também a partilhar aos outros, do mesmo modo tal como a consagração do Corpo de Cristo pertence ao sacerdote, assim também a Sua distribuição lhe pertence.
  2. "Porque o sacerdote foi nomeado intermediário entre Deus e o povo. Portanto, assim como lhe compete oferecer a Deus as oferendas do povo, assim também lhe compete entregar ao povo as oferendas consagradas.
  1. "Prque, por respeito para com este Sacramento, nada Lhe toca a não ser o que é consagrado; eis porque o corporal e o cálice são consagrados, e da mesma maneira as mãos do sacerdote, para que toquem este Sacramento. E assim, não é licito que qualquer outra pessoa Lhe toque, excepto em caso de necessidade, por exemplo, se caísse ao chão ou em qualquer outro caso de urgência." (ST, III, Q.82, Art. 13)
S. Tomás, príncipe dos Teólogos da Igreja Católica e um gigante comparado com todos os outros, cuja Summa Theologica foi colocada no altar ao lado das Escrituras durante o Concílio de Trento e cuja doutrina S. Pio X considerava ser o remédio para o Modernismo... é este S. Tomás que ensina claramente que compete ao sacerdote, e só a ele, tocar e ministrar a Sagrada Hóstia, e que "só o que é consagrado" (as mãos do sacerdote) "devem tocar o Consagrado" (a Hóstia Sagrada).


photo
‘Note-se a reverência e o Amor por Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento, e o costume antigo de colocar uma toalha de linho, branca e pura, por sobre as mãos dos comungantes’.


A afirmação de que a Comunhão na mão era praticada na Igreja primitiva é controversa. Há quem diga que foi praticada até ao Século VI, citando até uma passagem de S. Cirilo para substanciar esta asserção. Outros afirmam que nunca foi um costume católico; antes que, se a Comunhão na mão foi praticada de forma limitada nos primeiros tempos da Igreja, foi institucionalizada e espalhada pelos Arianos como sinal da sua descrença na Divindade de Jesus Cristo. Esta mesma escola de pensamento afirma também que aquela citação de S. Cirilo é pouco segura, apócrifa e de origem ariana. Seja como for, é evidente que a Comunhão na língua é de origem apostólica (ou seja, ensinada pelo próprio Cristo), que a Comunhão na mão foi condenada como abuso no Sínodo de Rouen de 650 d.C., e que a prática da Comunhão na mão nunca se reflectiu na arte de qualquer período, tanto no Oriente como no Ocidente... isto é, até depois do Concílio Vaticano II.


Se é de joelhos que os Anjos acorrem para adorar Nosso Senhor, quanto mais eu que sou pecador.



Por John Vennari
Fonte: www.fatima.org
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OBS.: Pessoal, esse texto é simplesmente uma declaração de AMOR ao Santíssimo Sacramento. Leiamos, pois, com um olhar amoroso e respeitoso, pessemos então a adorar verdadeiramente o Corpo de Cristo.

Juliana
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