E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O verdadero lugar do Santíssimo Sacramento

Nas Igrejas do meu bairro, ainda não encontrei uma só em que o Sacrário ainda esteja no meio do altar. É de doer no coração como os padres dando uma de "arquitetos do senhor" decidem por vontade própria onde vão colocar o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo. Tem uma Igreja bem perto da minha casa que o padre-arquiteto fez um capela com portas (que vive fechada e na hora da Santa Missa, fica entre-aberta) e teve a audácia de afixar uma placa com os dizeres: "O pe. fulano de tal esteve nessa paróquia e insprado por Deus fez esta capela... blá, blá blá". E no final disse: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!

Acredto PIAMENTE que esse padre não sabe o que é o MEIO, pois ele deveria ter mandado escrever na placa o seguinte dizer: ELE ESTÁ DO LADO DE NÓS!
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PÓS-SINODAL SACRAMENTUM CARITATIS: 

O lugar do sacrário na igreja
69. Ainda relacionado com a importância da reserva eucarística e da adoração e reverência diante do sacramento do sacrifício de Cristo, o Sínodo dos Bispos interrogou-se sobre a devida colocação do sacrário dentro das nossas igrejas.(196) Com efeito, uma correta localização do mesmo ajuda a reconhecer a presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento; por isso, é necessário que o lugar onde são conservadas as espécies eucarísticas seja fácil de individuar por qualquer pessoa que entre na igreja, graças nomeadamente à lâmpada do Santíssimo perenemente acesa. Tendo em vista tal objetivo, é preciso considerar a disposição arquitectónica do edifício sagrado: nas igrejas, onde não existe a capela do Santíssimo Sacramento mas perdura o altar-mor com o sacrário, convém continuar a valer-se de tal estrutura para a conservação e adoração da Eucaristia, evitando porém colocar a cadeira do celebrante na sua frente. Nas novas igrejas, bom seria predispor a capela do Santíssimo nas proximidades do presbitério; onde isso não for possível, é preferível colocar o sacrário no presbitério, em lugar suficientemente elevado, no centro do fecho absidal ou então noutro ponto onde fique de igual modo bem visível. Estas precauções concorrem para conferir dignidade ao sacrário que deve ser cuidado sempre também sob o perfil artístico. Obviamente, é necessário ter em conta também o que diz a propósito a Instrução Geral do Missal Romano.(197) Em todo o caso, o juízo último sobre esta matéria compete ao bispo diocesano.
Sobre algumas coisas que se devem observar
e evitar acerca da Santíssima Eucaristia, REDEMPTIONIS SACRAMENTUM:[11.] O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal».[27] Quem age contra isto, cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com decisão,[28] e realiza ações que, de nenhum modo, correspondem com a fome e a sede do Deus Vivo, que o povo de nossos tempos experimenta, nem a um autêntico zelo pastoral, nem serve à adequada renovação litúrgica, mas sim defrauda o patrimônio e a herança dos fiéis com atos arbitrários que não beneficiam a verdadeira renovação[29] e sim lesionam o verdadeiro direito dos fiéis à ação litúrgica, à expressão da vida da Igreja, de acordo com sua tradição e disciplina. Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus[30]. Estes atos arbitrários causam incerteza na doutrina, dúvida e escândalo para o povo de Deus e, quase inevitavelmente, uma violenta repugnância que confunde e aflige com força a muitos fiéis em nossos tempos, em que freqüentemente a vida cristã sofre o ambiente, muito difícil, da «secularização».[31]
 
CAPÍTULO VI
A CONSERVAÇÃO DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA
E SEU CULTO FORA DA MISSA

1. A conservação da Santíssima Eucaristia
[129.] «A celebração da Eucaristia no Sacrifício da Missa é, verdadeiramente a origem e o fim do culto que se lhe tributa fora da Missa. As sagradas espécies se reservam depois da Missa, principalmente com o objeto de que os fiéis que não podem estar presentes à Missa, especialmente os enfermos e os de avançada idade, possam unir-se a Cristo e ao seu Sacrifício, que se imola na Missa, pela Comunhão sacramental».[219] Além disso, esta conservação permite também a prática de tributar adoração a este grande Sacramento, com o culto de latria, que se deve a Deus. Portanto, é necessário que se promovam vivamente aquelas formas de culto e adoração, não só privada mas sim também pública e comunitária, instituídas ou aprovadas pela mesma Igreja.[220]
[130.] «De acordo com a estrutura de cada igreja e os legítimos costumes de cada lugar, o Santíssimo Sacramento será guardado em um sacrário, na parte mais nobre da igreja, mais insigne, mais destacada, mais convenientemente adornada» e também, pela tranqüilidade do lugar, «apropriado para a oração», com espaço diante do sacrário, assim com suficientes bancos ou assentos e genuflexórios.[221] Atenda-se diligentemente, além disso, a todas as prescrições dos livros litúrgicos e às normas do direito, [222] especialmente para evitar o perigo de profanação.[223]
De acordo com o magistério autêntico da Igreja sabemos que houve foi uma permissão para se mudar de local, quer continuando o sacrário no presbitério, mas ao lado, para facilitar a visualização do Senhor sem que os atos desenvolvidos na Santa Missa o "tapem", quer movendo-o para uma capela anexa, para adoração contínua das reservas eucarísticas.

Como se comportar na missa - Pe. Pio

Abaixo segue uma carta do Padre Pio a uma senhora, explicando como devemos nos postar na casa de Deus, na Igreja diante de Jesus. Importante se concientizar disso, porque assim reparamos por aqueles irreverentes, que sem o minimo respeito adentram a Igreja, como se estivessem entrando num bar. É triste ver o comportamento das pessoas, mas devemos nos policiar também.  
Amada filha de Jesus,

Que Jesus e nossa Mãe sempre sorriam em sua alma, obtendo disso, a partir de seu mais Santo Filho, todos os carismas celestiais! Estou escrevendo para você por dois motivos: para responder mais algumas perguntas de sua última carta e, para lhe desejar um feliz dia no mais doce Jesus, cheio de todas as mais especiais graças celestiais. Oh! Se Jesus atender minhas orações por você ou, melhor ainda, se ao menos as minhas orações forem dignas de serem atendidas por Jesus! No entanto, aumentá-las-ei cem vezes para vossa consolação e salvação, suplicando a Jesus atendê-las, não para mim, mas através do coração de sua bondade paternal e infinita misericórdia.

A fim de evitar irreverências e imperfeições na casa de Deus, na igreja – que o divino Mestre chama de casa de oração -, exorto-vos no Senhor a praticar o seguinte. Entre na igreja em silêncio e com grande respeito, considerando-se indigno de aparecer diante da Majestade do Senhor. Entre outras considerações piedosas, lembre-se que nossa alma é o templo de Deus e, como tal, devemos mantê-la pura e sem mácula diante de Deus e seus anjos. Fiquemos envergonhados por termos dado acesso ao diabo e suas armadilhas muitas vezes (com a sua sedução para o mundo, a sua pompa, seu chamado para a carne) por não sermos capazes de manter nossos corações puros e os nossos corpos castos; por termos permitido aos nossos inimigos insinuarem-se em nossos corações, profanando o templo de Deus que nos tornamos através do santo batismo. Em seguida, pegue água benta e faça o sinal da cruz com cuidado e lentamente.

Assim que você estiver diante de Deus no Santíssimo Sacramento, faça uma genuflexão devotamente. Depois de ter encontrado o seu lugar, ajoelhe-se e renda o tributo de sua presença e devoção a Jesus no Santíssimo Sacramento. Confie todas as suas necessidades a Ele junto com as dos outros. Fale com Ele com abandono filial, dê livre curso ao seu coração e dê-Lhe total liberdade para trabalhar em você como ele achar melhor.
Ao assistir à Santa Missa e as funções sagradas, fique muito composta, quando em pé, ajoelhada e sentada, e realize todos os atos religiosos, com a maior devoção. Seja modesta no seu olhar, não vire a cabeça aqui e ali para ver quem entra e sai. Não ria, por respeito para com este santo lugar e também por respeito para aqueles que estão perto de você. Tente não falar com ninguém, exceto quando a caridade ou a estrita necessidade pedirem isso.

Se você rezar com os outros, diga as palavras da oração nitidamente, observe as pausas e nunca se apresse.
Em suma, comporte-se de tal maneira que todos os presentes sejam edificados, bem como, através de você, sejam instados a glorificar e amar o Pai celestial. Ao sair da igreja, você deve estar recolhida e calma. Em primeiro lugar peça a permissão de Jesus no Santíssimo Sacramento; peça perdão pelas falhas cometidas em sua presença divina e não O deixe sem pedir e ter recebido a Sua bênção paterna. Assim que estiver fora da igreja, seja como todo ser seguidor do Nazareno deveria ser. Acima de tudo, seja extremamente modesta em tudo, pois esta é a virtude que, mais do que qualquer outra, revela os sentimentos do coração. Nada representa um objeto mais fielmente ou claramente do que um espelho. Da mesma forma, nada mais amplamente representa as más ou as boas qualidades de uma alma do que a maior ou menor regulação do exterior, como quando alguém parece mais ou menos modesta. Você deve ser modesta em discurso, modesta no riso, modesta no seu porte, modesta ao caminhar.

Tudo isso deve ser praticado, não por vaidade, a fim de mostrar a si mesma, nem com hipocrisia a fim de aparecer boa aos olhos dos outros, mas sim, pela força interna da modéstia, que regulamenta o funcionamento exterior do corpo. Portanto, seja humilde de coração, circunspecta nas palavras, prudente em suas resoluções. Seja sempre econômica em sua fala, assídua na boa leitura, atenta em seu trabalho, modesta em sua conversa. Não seja desagradável com ninguém, mas seja benevolente para com todos e respeitosa para com os mais velhos. Que qualquer olhar sinistro fique longe de você, que nenhuma palavra ousada escape de seus lábios, que você nunca realize qualquer ação indecente ou de alguma forma gratuita; nunca especialmente uma ação gratuita ou um tom de voz petulante.

Em suma deixe que todo seu exterior seja uma imagem vívida da compostura de sua alma. Sempre mantenha a modéstia do divino Mestre diante de seus olhos, como um exemplo; este Mestre que, segundo as palavras do Apóstolo aos Coríntios, colocou a modéstia de Jesus Cristo em pé de igualdade com a mansidão, que era a sua virtude particular e quase a sua característica: “Agora eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e humildade de Cristo” [Douay-Rheims, 2 Coríntios. 10:1], e de acordo com tal modelo perfeito reforme todas as suas operações externas, que devem ser reflexos fiéis revelando os afetos do seu interior. Nunca se esqueça deste modelo divino, Annita. Tente ver uma certa majestade adorável em sua presença, uma certa agradável autoridade no seu modo de falar, uma certa agradável dignidade no andar, no contemplar, no falar, ao conversar; uma certa doce serenidade do rosto. Imagine aquela extremamente composta e doce expressão com a qual ele chamou a multidão, fazendo com que eles deixassem cidades e castelos, levando-os para as montanhas, as florestas, para a solidão e as praias desertas do mar, esquecendo totalmente da comida, da bebida e de seus deveres domésticos. 

Assim, vamos tentar imitar, tanto quanto nos for possível, tais ações modestas e dignas. E vamos fazer o nosso melhor para ser, tanto quanto possível, semelhantes a Ele na terra, a fim de que possamos ser mais perfeitos e mais semelhantes a Ele por toda a eternidade na Jerusalém celeste. Termino aqui, como eu sou incapaz de continuar, recomendando que você nunca se esqueça de mim diante de Jesus, especialmente durante esses dias de extrema aflição para mim. Espero que a mesma caridade da excelente Francesca para quem você vai ter a gentileza de dar, em meu nome, meus protestos de extremo interesse em vê-la crescer sempre mais no amor divino. Espero que ela me faça a caridade de fazer uma novena de Comunhões pelas minhas intenções. Não se preocupe se você é incapaz de responder à minha carta no momento. Eu sei de tudo então não se preocupe.

Eu me despeço de você no ósculo santo do Senhor. Eu sou sempre seu servo.

Frei Pio, capuchinho

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DECADÊNCIA... e tristeza

Hoje de manhã eu acordei e como sempre faço, ligo a televisão para saber o que está acontecendo no mundo e entre outras reportagens essa que eu assisti no Bom Dia Brasil me deixou muito impressionada, principalmente com o desespero dessa mãe. Eu fiquei emocionada e "senti" a aflição dela naquele momento. Peço a todos vocês que visitam e acompanham esse humilde blog que rezem pelos jovens, pois a situação é de chorar e a cada dia está ficando pior. E de quem é a culpa?




http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/09/policia-acaba-com-festa-de-sexo-e-drogas-ao-ar-livre-em-ceilandia-df.html

A missa explicada por padre Pio

"Padre Pio era o modelo de cada padre... Não se podia assistir "à sua Missa", sem que nos tornássemos, quase sem perceber, "participantes" desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois lhe ajudava, na missa .
Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: "Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós".(27 de julho 1917). Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da Eucaristia, era preciso era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar É Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão.

Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste "mar de lama" do pecado. È preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente .

O Ofertório: É a prisão, chegou a hora...

O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta "Hora".

Desde o início da oração Eucarística até a Consagração : Nós nos unimos (rapidamente!...) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no "Memento", olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente.

A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa.
Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente à consagração.

"Por Cristo com Cristo e em Cristo" corresponde ao grito de Jesus: "Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!" Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: "Pai Nosso...".

A fração da hóstia indica a Morte de Jesus...

A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar. A Benção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno...

Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria!
Pe Jean Derobert.

Palavras do padre Pio

Jesus me consolou. Em 18 de abril de 1912, depois de uma luta terrível contra o inferno, a consolação do Senhor me veio depois da Missa: "Ao final da missa, conversei com Jesus para a ação de graças. Oh quanto foi suave o colóquio mantido com o paraíso nessa manhã!... O coração de Jesus e o meu se fundiram. Não eram mais dois que batiam, mas um só. Meu coração tinha desaparecido como uma gota de água se dissolve no mar... - Padre Pio chorava de alegria.- Quando o paraíso invade um coração, esse coração aflito, exilado, fraco e mortal não pode suporta-lo sem chorar...". Ao Pe Agostinho, 18/04/1912, em "Padre Pio, Transparent de Dieu", J.Derobert.

Confidências a seus filhos espirituais

"Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo", disse ele chorando.
"Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha".
"Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?". "A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?". - Da consagração à comunhão." "Durante o ofertório?. - É neste momento que a alma é separada das coisas profanas." "A consagração?". - É verdadeiramente aí que advém uma nova admirável destruição e criação." "A Comunhão? Na comunhão, sofreis a morte? - Misticamente, sim. - Por veemência de amor ou de dor? - Por uma e outra: mas mais por amor." "Sofreis toda e sempre a Paixão de Jesus?". - Sim, por Sua bondade e Sua condescendência, tanto quanto é possível a uma criatura humana. - E como podeis trabalhar com tanta dor? - Encontro o meu repouso sobre a cruz." "Como nós devemos ouvir a Santa Missa?". - Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrificio sangrento da cruz "". Pe. Tarcísio, Congresso de Udine, 1972.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ajoelhar-se na Missa ajuda a vencer idolatria, explica perito em liturgia

Vaticano.- O perito em liturgia e arte sacra, Monsenhor Marco Agostini, assegurou que ajoelhar-se na Missa é uma boa maneira de vencer a idolatria pois é uma resposta do homem à "Epifania de Cristo".
Mons. Agostini, oficial da segunda seção da secretaria de Estado e um dos mestres de cerimônia pontifícios, escreveu no jornal L'Osservatore Romano, que os formosos pavimentos de muitas igrejas antigas foram "feitos para os joelhos dos fiéis" como um "tapete perene de pedras" para a oração e a humildade.
"Hoje os genuflexórios desapareceram em muitas igrejas e se tende a remover os balaustres diante dos quais alguém podia se aproximar da comunhão de joelhos", sustenta o perito segundo uma tradução do texto divulgada pelo vaticanista Sandro Magister.
"Entretanto no Novo Testamento o gesto de ajoelhar-se apresenta cada vez que se apresenta a divindade de Cristo a alguém: pense-se por exemplo nos Magos, o cego de nascimento, a unção de Betânia, a Madalena no jardim na manhã de Páscoa", acrescenta Mons. Agostini.
O perito recorda que "Jesus mesmo disse a Satanás, que queria impor-lhe uma genuflexão equivocada, pois só a Deus se deve dobrar o joelho. Satanás pede ainda hoje que se escolha entre Deus ou o poder, Deus ou a riqueza, e trata ainda mais profundamente. Mas assim não se dará glória a Deus de maneira nenhuma; os joelhos se dobrarão para aqueles que o poder lhes favoreceu, para aqueles aos quais se tem o coração unido através de um ato".
"Voltar a ajoelhar-se na Missa é um bom exercício de treinamento para vencer a idolatria na vida, além de ser um dos modos da ‘actuosa participatio’ dos que fala o último Concílio. A prática é útil também para perceber a beleza dos pavimentos (ao menos dos antigos) de nossas igrejas. Frente a alguns dá vontade de tirar os sapatos como fez Moisés diante de Deus que lhe falava da sarça ardente", assinala.
Para Magister, "ajoelhar-se hoje –especialmente sobre o piso– caiu em desuso. Tanto é assim que suscita surpresa o desejo de Bento XVI de dar a comunhão aos fiéis na boca e de joelhos".
"Mas mais que de uma novidade, se trata de um retorno à tradição. As outras são o crucifixo ao centro do altar, ‘para que todos na missa olhem para Cristo e não para uns aos outros’, e o uso freqüente do latim ‘para sublinhar a universalidade da fé e a continuidade da Igreja’", explica Magister.
O vaticanista sustenta que "perdeu-se de vista também o sentido da pavimentação das igrejas. Tradicionalmente muitas delas foram ornamentadas precisamente para servir de fundamento e guia à grandeza e profundidade dos mistérios celebrados".
"Hoje poucos são os que advertem que pavimentos tão formosos e preciosos são feitos também para os joelhos dos fiéis: um tapete de pedra sobre o qual prostrar-se diante do esplendor da epifania divina", acrescenta.


domingo, 12 de setembro de 2010

NÃO ÀS PALMAS NA SANTA MISSA

Arquidiocese de Niterói e as palmas na Santa Missa

Dom Roberto Francisco, Bispo Auxiliar de Niterói, em seu último artigo publicado no site de nossa Arquidiocese, explica o porquê D. Alano e ele proibiram as palmas dentro das Celebrações Eucarísticas da Arquidiocese:

Porque não se adequa a teologia da Missa que conforme a Carta Apostólica Domenica Caena de João Paulo II do 24/02/1980, exige respeito a sacralidade e sacrificialidade do mistério eucarístico: “0 mistério eucarístico disjunto da própria natureza sacrifical e sacramental deixa simplesmente de ser tal”.

Superando as visões secularistas que reduzem a eucaristia a uma ceia fraterna ou uma festa profana. Nossa Senhora e São João ao pé da cruz no Calvário, certamente não estavam batendo palmas. Porque bater palmas é um gesto que dispersa e distrai das finalidades da Missa gerando um clima emocional que faz passar a assembléia de povo sacerdotal orante a massa de torcedores, inviabilizando o recolhimento interior.

Porque o gesto de bater palmas olvida duas importantes observações do então Cardeal Joseph Ratzinger sobre os desvios da liturgia : “A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado.

Muitos pensaram e disseram que a liturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer.

Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se: o que nela se manifesta e o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável: discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão…

Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio, em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio”.

Finalmente porque sendo a liturgia um Bem de todos, temos o direito a encontrarmos a Deus nela, o direito a uma celebração harmoniosa, equilibrada e sóbria que nos revele a beleza eterna do Deus Santo, superando tentativas de reduzi-la à banalidade e à mediocridade de eventos de auditório.

+ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo Auxiliar de Niterói
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OBS: Parabéns aos senhores bispos de Niteroi, pela bonita intervenção em nome do que É Sacratíssimo, ritualmente solene e ultrapassa o entendimento humano, pois brota da Sabedoria Infinita. O que se desenrola na Santa Missa, é o mesmo que aconteceu no Calvário e que se repete diuturnamente em todo mundo.
 
Digamos para simplificar, que é semelhante um filme que relembra uma saga épica, onde um dia o sangue vivo brotou. No filme, na tela, tudo é de brincadeira, ali ninguém morreu, nem escorreu sangue de verdade, menos ainda humano. É isso o que se vê, entretanto na Santa Missa, embora o Calvário não esteja à vista, nem sangue vivo brote da Hóstia Consagrada, verdadeiramente acontece o mesmo fato, repete-se a mesma dor, o mesmo sacrifício. A mesma Morte!
 
E como tantas vezes nestes anos já perguntei: como se pode bater palmas diante do Crucificado? Como alguém poderá confraternizar-se numa mera ceia, estando para morrer em poucas horas? As palmas durante a Missa, não somente são anti-liturgicas, como de certa forma blasfemas! Do mesmo modo, e talvez ainda pior que isso é o "abraço da paz", antes da comunhão. De fato é horrível, você se interioriza, prepara o coração para o incrível mistério do amor, e num derrepente tudo se dispersa em profusão de abraços e sorrisos. Tudo isso visa dessacralizar, destruir e banalizar o Sacrifício da Missa.
 
Mais uma coisa que deveria ser banida nas celebrações, porque desvirtuam a sublimidade do momento, são os cantos durante a fila da Comunhão. Falo em especial destes cantos modernos, tantos anti-liturgicos, não indulgenciados, e que visam exatamente dispersar os espíritos e banalizar o Mistério. A fila da comunhão deveria ser silenciosa, com as frontes vergadas, em humildade e em profundo recolhimento, pois é onde nossa infinita miséria encontra o Supremo, no mais gratificante abraço do Eterno Amor.
 
Digo mais, se do fundo de nossa alma entendêssemos a profundidade e também a sublimidade deste momento precioso, deveríamos ir pela fila da comunhão com a alma lavada em prantos, a face regada de lágrimas, na certeza absoluta de nosso não merecimento, tamanha a graça. Na verdade se víssemos o que ali acontece e Quem recebemos, morreríamos de amor, não houvesse o amparo divino! Muitos a quem foi dado ver isso, realmente morreram, como santa Imelda.
 
Aquela hora, única entre as 168 de uma semana, deveria ser uma hora de mergulho profundo na alma, de entrega de nossa infinita miséria, no silêncio mais absoluto de nosso coração. Assim, as palmas, os risos, os abraços, tudo aquilo que dispersa nosso confinamento em Deus, deveria ser banido, para que quando o padre pronunciasse aquele "ite Missa est", como que acordássemos de um sono profundo, não do corpo, mas da alma, para nela revitalizados dar início a uma outra semana, na companhia constante do nosso Jesus, Deus e Senhor.
 
No Calvário, duas situações marcaram comportamentos: de um lado o silencioso pranto da grande Mãe de Deus, de João e das outras Maria. Alma esmagada com o mesmo Jesus, num silêncio profundo e comovente. De outro os gritos, os urros insanos dos algozes, as altercações e imprecações, o estalo dos escarros e cusparadas, as blasfêmias dos fariseus e da turba insana. As palmas, os risos, os abraços aqui, fazem quase o mesmo papel. Infelizmente!


Fonte

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A compaixão de satanás

Pesquisando assuntos em meio a imensidão de informação que é a internet, encontrei um artigo muito interessante, leiam e reflitam bem a cerca disso e se perguntem se com vocês já aconteceu o mesmo.

A Paz de Cristo!
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Em Mateus 16:21-23 temos duas pessoas agindo de maneira basicamente oposta: uma delas está incentivando compaixão; a outra, por sua vez, responde de maneira severa, e chega a comparar seu interlocutor com o Diabo. Olhando apenas este resumo, muitos dariam imediata razão para a primeira pessoa, enquanto qualificariam a atitude da segunda como condenável. Acontece que a segunda pessoa é o próprio Jesus. Vamos dar uma olhada na história.

A partir de um determinado tempo de seu ministério (Mateus 16:21), Jesus passa a revelar aos seus discípulos o fim que ele vai encontrar em Jerusalém: sofrimento e morte. O que acontece aqui é que Pedro, após saber disto, não concorda que Jesus deva sofrer. Ele chama Jesus à parte e passa a reprová-lo, pois, na sua opinião, o que Jesus deve fazer é ter compaixão de si. Nós teríamos ficado comovidos com a sensibilidade e cuidado de Pedro se Jesus, logo depois, não o tivesse chamado de Satanás, e completado: “Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”.

Existem diversas lições que podemos tirar disto. Uma delas é que Jesus nos ensina a definirmos radicalmente a prioridade da nossa vida: mesmo que haja necessidade de renúncia, e que o fim possa ser o sofrimento, ou até mesmo a morte, como no caso de Jesus aqui, devemos fazer aquilo que Deus quer de nós. Alguns diriam que Jesus tem razão em tomar sua cruz, mas que os seus discípulos não precisam fazer o mesmo, "afinal de contas ele sofreu para que a gente não precisasse sofrer". Estas pessoas precisam continuar a ler a história, a partir do versículo 24.

A segunda coisa é que nem toda a compaixão vem de Deus. Existe a compaixão de Satanás. Acontece quando demonstramos preocupação conosco mesmo, ou com outras pessoas, mas que o foco desta preocupação não é que estejamos fazendo a vontade de Deus. Esta compaixão olha mais para as condições físicas e emocionais, e para o bem-estar, e, em nome destas coisas, diminui as exigências que o Senhor mesmo revelou pela sua palavra.

Isto parece um pouco surpreendente para nós, e o mesmo pensamento vale para idéias como paz (Mateus 10:34; cf. João 14:27), alegria (Lucas 6:25b; cf. João 15:10-11) e união (Lucas 12:51b; João 17:21). Se você observar o mundo religioso hoje, vai ver que muitas vezes o sentido satânico destes termos acima é ensinado e vivido. Devemos renovar nossa mente para ter o pensamento de Deus, e não o pensamento dos homens.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A volta

Olá pessoal, que saudade senti deste humilde blog... Tantas coisas aconteceram em minha vida nesse período que fiquei em "stand-bye"... Antes de voltar a escrever aqui, pensei bastante num tema, dei uma renovada no blog e ainda assim não me vinha a cabeça o que escrever para abrir com chave de ouro. Eis que tive uma inspiração e resolvi abrir os novos post's falando sobre a FAMÍLIA - a igreja doméstica, e em meio a muitas pesquisas encontrei coisas maravilhosas e não tendo tempo para ler todas (entenda-se: Laura é a dona do meu tempo no momento), selecionei um tema muito preocupante: a infidelidade conjugal. Acredito piamente que quando um dos cônjuges traem, eles não atingem só um ao outro, mas sim sua prole.

 INFIDELIDADE CONJUGAL - um (dos) atentado contra a família

O lar cristão deve ser a continuação da igreja, porque, num sentido mais profundo, é a igreja também. O relacionamento entre os membros da família deve ser tão santo em casa, quanto na igreja. Dentre as características de um bom relacionamento familiar, destacamos a fidelidade. Esta é indispensável para que se mantenham inabaláveis os alicerces do lar. Os pais precisam ser fiéis entre si e aos filhos e estes aos pais, todos fiéis uns aos outros.

João, evangelista e presbítero, dirigindo sua terceira epístola a Gaio, diz: "Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, e para com os estranhos" marcante dos verdadeiros cristãos. O oposto disso, ou seja, a infidelidade, é um terrível inimigo, que tem destruído inteiramente muitos lares e famílias. Neste aspecto, avulta com maior gravidade, a conjugal: o esposo, o pai de família, sendo infiel à esposa e vice-versa.

A infidelidade é um mal que não é de hoje, mas que, nos tempos atuais, tem-se tornado muito comum nos lares sem Cristo, e também tem atingido muitos lares cristãos. A infidelidade conjugal não passa de um instrumento diabólico para a destruição e desagregação da família. A Bíblia diz que o marido deve amar a sua esposa da mesma forma que Cristo ama a Igreja. Ora, o Senhor ama a Igreja com sinceridade, e sobretudo, com fidelidade. Esta fidelidade é tão grande, que "se formos infiéis, Ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.1.'3).
Mas Satanás diz ao esposo: "ora, não é nada demais; procura unir-te a outra mulher: a tua já não te agrada. No fim, tudo dará certo. - Os teus amigos não possuem outras mulheres?". Com isso, o inimigo procura desfazer o plano de Deus para a vida conjugal. E muitos homens, mesmo cristãos, têm cedido a essa tentação diabólica, cometendo adultério e prostituição, e desprezando o lar, a esposa, os filhos e seu próprio nome e, o que é pior: desprezando a Deus. A infidelidade, inimigo cruel, não acontece de repente.

É necessário estar alerta para as ciladas do Inimigo. Muitas vezes, a causa do adultério, ou melhor, dos fatores que contribuem para a infidelidade, está sendo fomentada dentro do próprio lar: Com o passar dos anos, o esposo e a esposa deixam de cultivar o amor verdadeiro. Aquelas expressões de carinho dos primeiros tempos ficam esquecidas. O afeto vai desaparecendo entre os dois. No entanto, a necessidade de afeto continua a existir em cada um.É a chamada carência afetiva, que leva muitos a se decepcio-narem com o casamento.

As lutas do dia-a-dia também tendem a desfazer o clima amoroso entre o casal, se não forem adotadas providências para cultivá-lo. O lar, em muitos casos, passa a ser uma espécie de pensão, na qual o marido é o hóspede número um. Proceder fielmente em tudo é uma característica marcante dos verdadeiros cristãos. O oposto disso, ou seja, a infidelidade, é um terrível inimigo, que tem destruído inteiramente muitos lares e famílias. Neste aspecto, avulta com maior gravidade, a infidelidade conjugal: o esposo, o pai de família, sendo infiel à esposa e vice-versa.

A infidelidade é um mal que não é de hoje, mas que, nos tempos atuais, tem-se tornado muito comum nos lares sem Cristo, e também tem atingido muitos lares cristãos. A infidelidade conjugal não passa de um instrumento diabólico para a destruição e desagregação da família. A Bíblia diz que o marido deve amar a sua esposa da mesma forma que Cristo ama a Igreja. Ora, o Senhor ama a Igreja com sinceridade, e sobretudo, com fidelidade. Esta fidelidade é tão grande, que "se formos infiéis, Ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.1.'3).

É necessário estar alerta para as ciladas do Inimigo. Muitas vezes, a causa do adultério, ou melhor, dos fatores que contribuem para a infidelidade, está sendo fomentada dentro do próprio lar: Com o passar dos anos, o esposo e a esposa deixam de cultivar o amor verdadeiro. Aquelas expressões de carinho dos primeiros tempos ficam esquecidas. O afeto vai desaparecendo entre os dois. No entanto, a necessidade de afeto continua a existir em cada um. E a chamada carência afetiva, que leva muitos a se decepcio-narem com o casamento.

As lutas do dia-a-dia também tendem a desfazer o clima amoroso entre o casal, se não forem adotadas providências para cultivá-lo. O lar, em muitos casos, passa a ser uma espécie de pensão, na qual o marido é o hóspede número um. mero um, a esposa é a dona da pensão, e os filhos, os outros hóspedes costumeiros. Não mais existe o ambiente acolhedor e amigo no qual se respira amor, paz e harmonia. Enquanto isso, fora do lar, os cônjuges, no trabalho, no círculo de amizades, encontram sempre alguém que lhes dê atenção e se interesse (ou finge se interessar) pelos seus problemas.

Então Satanás, que não dorme, entra em ação. Começa a falar ao coração que é hora de experimentar um caso de amor, um romance, mesmo passageiro. O cônjuge, mesmo sendo cristão, diante de tal sedução, entra em conflito consigo mesmo. A mente começa a estampar a crise de afeto que existe no lar, a falta de carinho, a indiferença do outro cônjuge. A consciência bate forte, lembrando a condição de cristão, lavado e remido no sangue de Jesus. Nas primeiras investidas, o servo de Deus pensa, recua, vence. Mas, dia após dia, as coisas se agravam. A voz do Inimigo soa mais forte e sedutora; a concupiscência se aquece. Vem a queda, o ato, o pecado, a morte espiritual.

Depois, entre desespero e reações evidentes, o coração explode. O lar, que antes estava ruim, fica pior. A culpa não dá paz. Os conflitos aumentam. Só há dois caminhos: abandonar o lar, a esposa, os filhos e viver na nova "pensão" ou continuar enganando a todos (mas não a Deus). Em qualquer caso, todos sofrem. O cônjuge infiel, o cônjuge fiel, os filhos, a família, a igreja. Para evitar esse tipo de contribuição à infidelidade, é necessário que o casal se mantenha debaixo da orientação da Palavra de Deus. O esposo, amando sua esposa de todo o coração, como Cristo à Igreja. A esposa, amando o esposo da mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor.

Em termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do amor, para que as ervas daninhas da infideli-dade não germinem no coração de um dos cônjuges. É bom, que os cristãos casados saibam que a santidade do cristianismo não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de amor, de alegria, de paz, de carinho, de afeto. O leito conjugal precisa ser bem aproveitado, e a união sexual, legítima entre os casados, deve continuar sendo fator de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual. Deus se agrada da união entre os casados, especialmente entre cristãos: "Seja por todos venerado o matrimônio, e o leito sem mácula" (Hb 1.3.4), diz a Palavra. Reconhecemos que há muita infidelidade que começa por mera tentação, para o que o outro cônjuge, às vezes, em nada contribui. Mas havemos de reconhecer que o casal bem unido em torno do Senhor Jesus terá condições de vencer o Inimigo.

O Senhor Deus, repreendendo Israel, dizia que não aceitava mais suas ofertas. - Por quê? - "Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu FOSTE DESLEAL, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto" (Ml 2.14). Esse trecho nos mostra que Deus rejeita aquele que é infiel à sua esposa, e o rejeita não aceitando suas ofertas, seus sacrifícios. Até as orações não são recebidas por Deus, quando o marido não coabita com sua mulher com entendimento, e vice-versa.

Aqui desejamos relembrar algumas recomendações da Bíblia quanto à infidelidade. Paulo doutrinou bastante sobre o assunto. A igreja em Corinto disse: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá: porque o templo de Deus, que sois vós, é santo" (1 Co .3.16,17). O homem, ou a mulher cristã, deve tomar em consideração esta advertência solene e grave da Bíblia: Se alguém destruir o seu próprio corpo, pelo pecado, Deus o destruirá. Mais clara, ainda, é a exortação, quando lemos o trecho de 1 Coríntios 6.18-20: "Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que se prosti-tui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que O NOSSO CORPO E TEMPLO DO ESPIRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vos mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus NO VOSSO CORPO, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus".

Vemos, então, que a infidelidade conjugal, geralmente tornada em adultério, é considerada o maior pecado contra o corpo. Isto porque o corpo é "templo de Deus", "templo do Espírito Santo. Havendo o verdadeiro amor, não haverá frieza sexual. Haverá interesse, atração de um pelo outro; haverá prazer no ato sexual. É necessário evitar a infidelidade sob qualquer forma ou pretexto.