E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

OS MEIOS DE SALVAÇÃO PESSOAL - (1ª parte)

I. Oração

A Necessidade da Oração

Os textos a seguir foram extraídos do tratado Os Grandes Meios de Salvação e Perfeição de Sto. Afonso de Liguorio. O texto original está disponível através de Our Blessed Lady of Victory Mission, Inc., R. R. #2, Box 25, Brookings, SD 57006-9307, USA, 605-693-3983. 
 
1. As Escrituras são suficientemente claras ao indicar quão necessária é a oração para sermos salvos. “...é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo .” (Lucas 18:1). “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mateus 26:41). “Pedi e se vos dará.” (Mateus 7:7). As palavras “é necessário”, “orai” e “pedi”, de acordo com consenso geral dos teólogos, impõem o preceito, e denotam a necessidade de orar. A oração é o meio sem o qual não podemos obter o auxílio necessário para a salvação.
 
2. A razão disto é evidente. Sem a assistência da graça de Deus, não podemos fazer nada de bom: “...porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5). Sto. Agostinho acentua nesta passagem, que o Nosso Senhor não disse: “Sem mim vós não podeis completar nada”, porém, “Sem mim não podeis fazer nada”, dando-nos a entender que, sem a graça, não podemos nem começar a fazer nada de bom. Mais ainda, S. Paulo escreve que, por nós mesmos, não podemos nem ter o desejo de fazer o bem. “Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus.” (2 Cor. 3:5). Se nós não podemos nem pensar em uma coisa boa, podemos muito menos desejá-la. A mesma coisa é ensinada em outras passagens da escritura: “Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo com que obedeçais às minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos.” (Ez. 36:27). De tal maneira que S. Leão I diz: “O homem não faz boas obras, exceto aquele que Deus, pela sua graça, permite-o a fazer” e, portanto, o Concílio de Trento declara: “Se alguém afirmar que sem a inspiração prévia do Espírito Santo, e a sua assistência, o homem pode crer na esperança, amor, ou arrepender-se, como deve, a fim de obter a graça da justificação, que seja ele anátema.”(Sessão 6, cânone 3). 
 
3. Cremos que ninguém pode se aproximar da salvação, exceto pelo auxílio de Deus; que ninguém merece seu auxílio, a menos que reze. 
 
4. Destas duas premissas, por outro lado, de que não podemos fazer nada sem assistência da graça; e, que esta assistência é apenas concedida ordinariamente por Deus ao homem que reza, quem não percebe a conseqüência disso, isto é, de que a oração é absolutamente necessária a nós para a salvação?
 
5. Deus nos concede algumas coisas, no começo da fé, mesmo quando nós não oramos. Outras coisas como a perseverança, Ele só concede a quem ora.
 
6. Conseqüentemente, a maioria dos teólogos, seguindo S. Basílio, S. Crisóstomo, Clemente da Alexandria, Sto. Agostinho, e outros Padres, ensinam que a oração é necessária para adultos, não apenas por ser a obrigação de preceito, mas porque é necessária como meio de salvação. Isto quer dizer, no curso ordinário da Providência, é impossível a um Cristão ser salvo sem se recomendar a Deus, e pedir pela graça necessária para a salvação. S. Tomás ensina a mesma coisa: “Após o batismo, a oração contínua é necessária ao homem, a fim de que possa entrar no céu, pois embora pelo Batismo nossos pecados são remidos, permanece ainda a concupiscência a nos assaltar do interior, e o mundo e o mal a assaltar-nos do exterior.” A razão então que nos dá a certeza da necessidade da oração é, portanto, o que nós devemos buscar e conquistar a fim de sermos salvos. “Nenhum atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras.”(2 Tim. 2:5). Porém, sem a divina assistência, não podemos resistir à força de tantos e tão poderosos inimigos: agora esta assistência só é concedida através da oração; portanto, sem a oração, não há salvação.
 
7. Somos, em uma palavra, pedintes, que não possuem nada além do que Deus nos concede como almas: “Quanto a mim, sou pobre e desvalido.”(Salmo 39:18). O Senhor, diz Sto. Agostinho, deseja e quer fazer cair sobre nós as suas graças, porém não as concederá exceto àqueles que oram; “Deus deseja conceder, porém concederá apenas a quem pede.” Isto é declarado nas palavras, “Buscai e vos será dado.”
 
8. Portanto, diz Sta. Teresa, que aquele que não busca, não recebe. Como a umidade é necessária à vida das plantas, para preveni-las de morrerem secas, assim, diz S. Crisóstomo, a oração é necessária para a nossa salvação. Ou como ele diz em outra passagem, a oração vivifica a alma, como a alma vivifica o corpo: “Como o corpo sem a alma não pode viver, assim a alma sem oração está morta e emite um odor ofensivo.” Ele usa estas palavras, porque o homem que se omite de recomendar-se a Deus, de imediato começa a ser corrompido com os pecados. A oração é também chamada alimento da alma, porque o corpo não pode ser suportado sem o alimento; nem pode a alma, diz Sto. Agostinho, se manter viva sem oração: “Como a carne é alimentada pela comida, assim o homem é suportado pelas orações,” Todas estas comparações usadas pelos santos Padres são por eles utilizadas para ensinar a absoluta necessidade da oração para a salvação de todos.

O QUE É ORAÇÃO?

· O Apóstolo escreve a Timóteo: “Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens.”(1 Tim. 2:1). S. Tomás explica, que a oração é propriamente a elevação de alma a Deus. A súplica é aquela espécie de oração que rogamos por um determinado objetivo; quando a coisa procurada é indeterminada, como quando nós dizemos, “Vinde em meu auxílio, Ó Deus!” é chamada súplica. Obsecração (prece fervorosa e humilde) é uma solene adjuração, ou representação dos campos sobre os quais nós ousamos pedir um favor; como quando dizemos: “Pela Vossa Cruz e Paixão, Ó Senhor, livrai-nos!” Finalmente, a ação de graças é a retribuição pelos benefícios recebidos, onde, diz S. Tomás, nós merecemos receber favores maiores. A oração, no sentido restrito, diz o santo Doutor, significa recorrer a Deus; porém no seu significado geral, inclui todas as espécies acima enumeradas.

Condições para obter infalivelmente aquilo que se pede.
 
Listamos três condições: 
 
1.O homem deve orar para o que é necessário para a sua salvação, orar devotamente, e orar com perseverança.
 
2. Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”(1 Tim. 2:4). É agradável a Ele quando alguém ora por aquilo que é necessário para a sua salvação ou para a salvação do próximo. Por exemplo, ele pode suplicar a Deus: “concede-me o pão que me é necessário” (Prov. 30:8), para se salvar, para se prevenir de cometer o pecado mortal, para desempenhar alguma ação salutar, ou mesmo o dom da perseverança final.
 
3. Orar devotamente significa: com humildade, confiança, atenção, e súplica em nome de Cristo.
 
I. HUMILDADE - O Senhor, de fato, não considera as orações de Seus servos, a não ser dos que são humildes. “Quando ele aceitar a oração dos desvalidos e não mais rejeitar as suas súplicas.”(Salmo 101:18). “O Senhor está perto dos contritos de coração, e salva os que têm o espírito abatido.”(Salmo 33:19). Outras Ele não considera, mas os rejeita: “...Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes.”(Tiago 4:6). Deus não ouve a oração dos orgulhosos que crêem na sua própria força; mas por esta razão, deixa-os na sua própria fraqueza; e, se continuarem neste estado desprovido do auxílio de Deus, eles certamente perecerão. É da propriedade da fé, que sem o auxílio da graça, não podemos realizar qualquer boa obra, nem mesmo ter bons pensamentos. “Sem a graça os homens não faz o bem nem no pensamento e nem nas obras” diz Sto. Agostinho. Podemos concluir com Sto. Agostinho, a grande ciência do Cristão - SABER QUE O HOMEM É NADA, E NÃO PODE FAZER NADA. Isto é a íntegra da Grande Ciência, saber que o homem é nada. Pois assim ele nunca negligenciará de se abastecer, pela oração a Deus, que com aquela força, que ele não possui em si, e que ele necessita a fim de resistir à tentação, e de fazer o bem; e assim, com a ajuda de Deus, que nunca recusa nada para o homem que ora a Ele na humildade, será capaz de fazer tudo: “A oração do humilde penetra as nuvens; ele não se consolará enquanto ela não chegar (a Deus) e não se afastará, enquanto o Altíssimo não puser nele os olhos.” (Eclesiástico 35:21).
 
II. CONFIANÇA - A instrução principal que S. Tiago nos dá, se pela oração nós queremos obter graça de Deus, é que nós oremos com confiança de estarmos sendo ouvidos, e sem hesitação: “Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação...” (Tiago 1:6). Deus se satisfaz mais com a nossa confiança na Sua misericórdia, pois então nós honramos e exaltamos aquela bondade infinita que era o Seu objetivo em nos criar para manifestá-lo ao mundo. Deus protege e salva todos aqueles que confiam Nele: “...Ele é o escudo de todos os que Nele se refugiam.”(Salmo 17:31), “...Vós que salvais dos adversários os que se acolhem à vossa direita.”(Salmo 16:7). Isaías fala daqueles que depositam a sua esperança em Deus: “mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para frente sem se fatigar.”(Is. 40:31). E quando aconteceu que tendo o homem confiado em Deus, se perdeu? “... sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido.” (Eclesiástico 2:11). Davi chama de feliz aquele que confia em Deus: “... feliz o homem que em vós confia.”(Salmo 83:13). E por quê? Porque, diz ele, aquele que confia em Deus se encontra sempre rodeado de misericórdia de Deus. “...Mas quem espera no Senhor, sua misericórdia o envolve.”(Salmo 31:10). De tal forma que ele é envolvido e guardado por Deus em todos os lados que ele será protegido de perder a sua alma.
 
III. ATENÇÃO - Nós devemos orar com atenção, i. e., com concentração e foco de toda a nossa energia psicológica na oração, no significado da oração ou no próprio Deus.
 
IV. ORE EM NOME DE CRISTO - Nosso Salvador promete-nos: “Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará.” (João 16:23) (“Em verdade, em verdade vos digo”, que segundo Sto. Agostinho, é uma espécie de juramento). O que Nosso Senhor diz corresponde a: Vão para Meu Pai em Meu Nome, através dos Meus méritos peçam o favor que vocês querem, e Eu digo a vocês que quaisquer que sejam seus desejos, Meu Pai os concederá. Ó Deus que grande consolo um pecador pode ter após a sua queda e saber com certeza que tudo que ele pede de Deus em nome de Jesus Cristo será dado a ele! Eu disse “tudo” porém eu devo ressaltar que são apenas as coisas que se referem à sua salvação eterna: pois com relação aos bens temporais, nós já mostramos que Deus, mesmo que receba o pedido, às vezes não o concede; pois Ele sabe que estes bens podem nos prejudicar a alma. Porém no que diz respeito aos bens espirituais, sua promessa de nos ouvir não é condicional, mas absoluta; e portanto Sto. Agostinho nos diz, que aquelas coisas que Deus promete de forma absoluta, nós devemos solicitar com a absoluta certeza de recebê-las: Aquelas coisas que Deus promete, procurem com certeza. E como, diz o Santo, pode Deus negar-nos sua graça do que nós para recebê-las! “Ele está mais disposto a ser munificente (generoso) de seus benefícios a vós do que vós sois desejosos de recebê-los.”
 
4. Cada um deve orar com perseverança. A graça da salvação não é uma graça simples, porém uma corrente de graças, todas pelo menos ligadas com a graça da perseverança final. Ora, para esta corrente de graças deve corresponder outra corrente de nossas orações se nós, omitindo-nos da oração, quebramos a corrente da oração, a corrente das graças se quebrará também; e como por este meio é que devemos obter a salvação, não seremos salvos. Fr. Suarez diz que qualquer um que ora para a perseverança final a obterá, infalivelmente. Porém, não é suficiente, diz S. Belarmino, pedir a graça da perseverança uma única vez, ou poucas vezes: nós devemos pedir sempre, todos os dias até a morte, se desejamos obtê-la: “Ela deve ser pedida dia a dia. Assim ela será obtida dia a dia". Aquele que pede-a um dia, obtém-na por aquele dia: porém se ele não a pede no dia seguinte, no dia seguinte ele tropeçará. O Senhor repetiu de tempos em tempos a necessidade da perseverança na oração até nós conseguirmos o que pedimos. Lembre da parábola do amigo que veio pedir pelo pão (Lucas 11:5-13), do mal juiz e da viúva importuna (Lucas 18:1-5), o episódio comovente da mulher de Caná que insistiu apesar da aparente recusa (Mateus 15:21-28), e o exemplo sublime do próprio Cristo, que freqüentemente passava as noites em oração e em Getsêmani orou em grande angústia para o seu Pai celeste (Lucas 6:12; 22:44). “Vigiai, pois, orando sem cessar, a fim de que vos torneis dignos de evitar todos estes males que devem suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do homem.” (Lucas 21:36). “Orai sem cessar.”(1 Tessalonicenses 5:17). Para obter perseverança nós devemos sempre recomendar-nos a Deus de manhã à noite, meditação, na Missa, na Santa Comunhão, e sempre; especialmente na hora da tentação, quando devemos continuar repetindo, “Senhor me ajudai; Senhor me assisti; mantende Vossa mão sobre mim; não me deixeis; tende piedade de mim!” Há algo mais fácil de dizer que Senhor ajudai-me, assisti-me! No Evangelho Jesus declara, “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.”(Lucas 11:9).

Continua...

O Santíssimo Nome de Jesus - História e Significado

“Deus o exaltou soberanamente e lhe conferiu o Nome que está acima de todo Nome, a fim de que ao Nome de Jesus todo joelho se dobre, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.”
(Fil. 2,9-11)


O próprio Deus revelou o Nome a ser imposto ao Verbo Encarnado, para significar a sua missão de Salvador do gênero humano. É um nome grande e eterno, poderoso e terrível, vitorioso e misericordioso, o único que nos pode salvar. É melodia para o ouvido, cântico para os lábios e alegria para o coração... “Ilumina, conforta e nutre; é luz, remédio e alimento”. (São Bernardo) A devoção ao Santíssimo Nome de Jesus já arraigada na Igreja desde o seu início, foi pregada e inculcada de modo particular por São Bernardo, São Bernardino de Sena e pelos Franciscanos, os quais difundiram pequenos quadros trazendo as letras do Nome de Jesus.
No caminho para a capela na qual São Felipe orava, em Monte Spaccato, percebem-se algumas inscrições reproduzidas na pedra ao lado do atalho; círculos com as inscrições YHS. Elas foram reproduzidas pelo próprio São Bernardino, pois era sua missão proclamar o Nome de Jesus, e foi daquela forma que ele abreviou o Nome Santo, embora outros o tenham substituído pela forma mais familiar IHS. O nome “Jesus Cristo” nos foi dado em grego, e pode ser escrito em letras maiúsculas gregas deste modo:

IHCOYC XPICTOC

Por séculos, a forma padrão de abreviar este nome foi usar simplesmente a primeira e a última letras IC XC, como se encontra na maioria dos ícones orientais. São Bernardino, no começo do século 15, mudou tudo, escolhendo usar as duas primeiras letras com a última, portanto IHC e XPC. A letra grega “c” é na verdade um “s”, então era natural escrever IHS XPS, forma na qual o Nome Santo se tornou muito familiar. Mas por que São Bernardino quis inserir o “h” (que é, na verdade, um “e”)? E por que mudar o “i” em “y”, uma letra não usada em italiano nem em latim? A resposta é que estudiosos cristãos cabalísticos deram atenção ao fato de que o Nome de Jesus, em sua forma original hebraica, contém as quatro letras no Nome Impronunciável de Deus revelado no Antigo Testamento. Com o acréscimo de duas letras hebraicas extras, torna-se pronunciável o Nome Impronunciável. O Nome revelado a Moisés no Êxodo (Ex 3) é apropriadamente escrito apenas com consoantes, YHWH. De acordo com uma tradição de 3.000 anos, não é permitido tentar pronunciá-lo, e ninguém realmente saberia como fazê-lo, mesmo se pudesse ser feito.
Isso porque o Nome YHWH não é simplesmente um nome como outro qualquer, ele tem um significado, que é: nosso Deus é Aquele que É, o único Ser essencial, o “fundamento do nosso ser”. Nós apenas existimos por causa Dele. O nome inefável expressa que: Ele é e Ele Será. Revelando o Seu Nome a Moisés, Deus revelou algo absolutamente essencial sobre Ele e sobre a Sua relação com o Seu povo. Os deuses de outras nações têm nomes comuns como qualquer pessoa, Moloch ou Astarte, Diana ou Baco. Estes nomes nos dizem algo sobre as pessoas que os usam, mas não muito... São realmente nomes comuns que muitas pessoas poderiam usar, e São Paulo mesmo enumerou um Apolo e um Dionísio entre seus amigos. O Nome de Deus é diferente. Mas, o Nome se tornou um nome humano, pelo acréscimo das letras hebraicas „shin‟ e „ain‟ às quatro originais, produzindo Yehoshuwah; a forma hebraica do nome que conhecemos por JESUS. Assim o Nome Divino se torna um nome humano, o inacessível e impronunciável se torna próximo e familiar. Assim Deus se torna um de nós, e o Nome realmente é “Emmanuel – Deus conosco”.
A São José é dado o tremendo privilégio de Lhe dar o nome: “Ela dará a luz um filho e tu porás o nome de Jesus”. Assim fazendo, São José transfere para a criança a plenitude da rica herança de Israel, tornando Nosso Senhor o herdeiro de todos os nomes que lemos nas genealogias de Mateus e Lucas. O Nome é dado novamente por Pôncio Pilatos, pela forma hebraica da inscrição na Cruz, usando as quatro letras do Nome Divino como as iniciais das quatro palavras: Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus:

Yeshu HaNozri WaMelek Ha Yehudim
Y H W H 

As letras iniciais das quatro palavras que foram escritas na placa afixada na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo são as mesmas que compõem o Nome de Deus, revelado a Moisés no Êxodo. Não é de se admirar que os chefes dos sacerdotes tivessem ficado tão preocupados com tal inscrição! (Jo 19, 19-22) Pois Pilatos, de improviso, escreveu – e para todo mundo ver! – que o seu galileu crucificado é o Deus eterno, o Criador, assim como o Redentor do Mundo!

A devoção
 
São Bernardino de Sena, ao pregar, costumava segurar uma pequena prancheta de madeira na qual o monograma IHS que ele privilegiava, era circundado por doze raios de luz, e ele encorajava “cada joelho a se dobrar” perante o monograma. A devoção ao Nome Santo espalhou-se pela Europa com rapidez surpreendente. Em 1432, o Papa Eugênio IV emitiu uma Bula promovendo a devoção ao símbolo IHS escrito. A devoção popular levou à composição de um Ofício do Nome Santo, e ao estabelecimento de um dia comemorativo. Em Camaiore di Luca, na Itália, começou-se a celebrar a festa, depois de aprovada para a Ordem dos Franciscanos (1530) e sob o pontificado de Inocêncio XIII (1721), estendida a toda a Igreja.
O dia de festa variou através dos séculos, mas muitos o lembram como o domingo depois do Natal, até 1969, quando foi suprimido. O Santo Padre João Paulo II, na mais recente edição do Missal Romano, restabeleceu a Festa do Santíssimo Nome de Jesus no dia 3 de janeiro.

O Poder contido no Santo Nome de Jesus.
Cada vez que pronunciamos, amorosamente, o Nome de Jesus:

1º - damos grande glória a Deus.
2º - alcançamos grandes graças para nós mesmos.
3º - Ele, Jesus, nos livra de muitos males, doenças, dores e castigos.
4º - a Igreja nos concede Indulgência Parcial, que podemos aplicar às almas do Purgatório;
5º - Nosso Divino Salvador garante, nos Evangelhos, que tudo o que pedirmos ao Pai, em Seu Nome, receberemos.

Por isso a Igreja conclui as orações, na Santa Missa e no Ofício Divino, com o Nome de Jesus, garantia certa de alcançar o que pede. Invoquemos com amor o Nome de Jesus em todas as circunstâncias. Basta apenas repetir, com muito amor, fé e ternura: JESUS, JESUS, JESUS... Há também algumas jaculatórias (orações curtas) que aprendemos com o Santo Nome: “Jesus, creio em Vós!” , “Jesus, eu confio em vós!”
Por fim, não podemos nos esquecer da afirmativa de São Paulo: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10,13)

(Fonte: Missal Romano e sinopse feita por Jerome Bertram do livro O Nome Divino na Sagrada Escritura, do Pe. Michael Lewis, tradução de Luciene Lopes e Armando Tomzhinski apud 3º Milênio – Informativo católico, janeiro/2003.)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

VIA SACRA - A ORIGEM DA DEVOÇÃO ÀS DORES SOFRIDAS POR JESUS CRISTO NOS CAMINHOS PERCORRIDOS EM SUA PAIXÃO E MORTE.

Para sabermos sobre a origem da profunda contemplação e veneração à paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo que os católicos praticam recordando os locais por onde passou o Salvador, e que se tornaram sagrados devido ao místico sofrimento e morte ali ocorridos, é necessário que conheçamos os escritos da beata Anna Catharina Emmerich (*).

Possuidora de muitos carismas, além de ter também recebido os estigmas de Cristo, esta alma abençoada viu, em transe, a vida, paixão e glorificação de Jesus e registrou tudo que lhe foi mostrado com riqueza de detalhes. Dessa forma, chega até nós nos dias de hoje um magnífico registro das etapas vividas por Jesus, que serve para nossa mais completa compreensão, crescimento de fé, piedade e amor.

A Via Sacra (via=caminho; sacra=sagrado) é o nome atribuído à atividade contemplativa que se desenvolve ao percorrer espaços contendo cruzes e/ou quadros representativos que têm por finalidade remeter-nos mentalmente aos acontecimentos vividos por Jesus nos caminhos percorridos durante sua paixão e morte. Esta prática devocional, iniciada pela Virgem Maria, para que possa ser realizada, requer quatorze cruzes postas em série (com alguma imagem ou inscrição, se possível) e devidamente bentas. O cristão deve percorrer essas cruzes, meditando a Paixão e a Morte do Senhor (pode utilizar algum livro de meditação). Caso o exercício da Via Sacra se faça na igreja, com grande afluência de fiéis, de modo a impossibilitar a locomoção de todos, basta que o dirigente do sagrado exercício se locomova de estação a estação. A mãe de Jesus, conforme veremos logo abaixo, foi a primeira criatura que, mobilizada pelo imenso amor por seu Filho, quis reviver em cada local por onde Ele passou suas dores e sofrimentos. Percorrendo várias vezes o caminho que Jesus seguiu desde a casa de Pilatos até o lugar do Santo Sepulcro, começaram a juntar-se a Maria alguns dos primeiros cristãos. Dessa forma iniciou-se a referida devoção.
 
ORIGEM DA VIA SACRA
(Extraído do Livro: Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus)
“...
Durante toda a acusação perante Pilatos, a Mãe de Jesus, Madalena e João ficaram no meio do povo, num canto das arcadas do Fórum, ouvindo com profunda dor a gritaria raivosa dos acusadores. Quando Jesus foi conduzido a Herodes, João voltou com a Santíssima Virgem e Madalena por todo o caminho da Paixão. Foram até a casa de Caifás e a de Anás, atravessando Ofel, até chegarem a Getsémani, no monte das Oliveiras e em todos os lugares onde ele caíra ou onde lhes tinham causado um sofrimento, paravam e em silêncio choravam e sofriam com ele. Muitas vezes a Santíssima Virgem se prostrava no chão, beijando a terra onde Jesus caíra, Madalena torcia as mãos e João, chorando, consolava-as, levantava-as e continuava com elas o caminho. Foi esse o começo da Via Sacra e da contemplação e veneração da Paixão de Jesus, antes mesmo que estivesse terminada. Foi nessa ocasião que começou, na mais santa flor da humanidade, na Santíssima Virgem Mãe de Deus e do Filho do homem, a devoção da Igreja às dores do Redentor. Já naquele momento, quando Jesus ainda trilhava o caminho doloroso da Paixão, a Mãe cheia de graça venerava e regava com lágrimas as pegadas de seu Filho e Deus. Oh, que compaixão! Com que violência lhe entrou a espada no coração, ferindo-o sem cessar! Ela, cujo bem-aventurado seio trouxera, que concebera, acariciara e nutrira o Verbo, que era desde o princípio com Deus e era mesmo Deus. Ela, que em si lhe tivera e sentira a vida, antes que os homens, seus irmãos, lhe recebessem a bênção, a doutrina e a salvação, ela participava de todos os sofrimentos de Jesus, inclusive a sua sede da salvação dos homens, pela dolorosa Paixão e Morte.

Assim a Virgem puríssima e imaculada inaugurou para a Igreja a Via Sacra, para juntar em todos esses lugares os infinitos merecimentos de Jesus Cristo, como se juntam pedras preciosas ou colhê-los como se colhem flores à beira do caminho e oferecê-los ao Pai Celeste, por aqueles que crêem. Tudo que tinha havido e haverá de santo na humanidade, todos que têm almejado a salvação, todos que já uma vez celebraram compadecidos o amor e os sofrimentos do Senhor, fizeram esse caminho com Maria, choraram, rezaram e sacrificaram no coração da Mãe de Jesus, que também é terna Mãe de todos os seus irmãos, os fiéis da Igreja. Madalena estava como que desvairada pela dor. Tinha um imenso e santo amor a Jesus, mas quando queria verter a alma aos pés do Salvador, como lhe vertera o óleo de nardo sobre a cabeça, abria-se um horrível abismo entre ela e o Bem-Amado. O arrependimento dos pecados, como a gratidão pelo perdão, lhe eram sem limites e quando o seu amor queria fazer subir a ação de graças aos pés do Divino Mestre, como uma nuvem de incenso, eis que o via maltratado e conduzido à morte, por causa dos pecados dela, que Ele tomara sobre si. Então se lhe horrorizava a alma, diante de tão grande culpa, pela qual Jesus tinha de sofrer tão horrivelmente; precipitava-se-lhe no abismo do arrependimento, que não podia nem exaurir, nem encher; e de novo se elevava, cheia de amor e saudade, para seu Mestre e Senhor e via-o sofrendo indizíveis crueldades. Assim tinha a alma cruelmente lacerada, vacilava entre o amor e o arrependimento, entre a sua gratidão e a dolorosa contemplação da ingratidão do povo para com o Redentor; todos esses sentimentos se lhe manifestavam no rosto, nas palavras e nos movimentos. João sofria em seu amor; conduzia a Mãe de seu Santo Mestre e Deus, que também o amava e sofria por ele; conduzia-a, pela primeira vez, nas pegadas da Via Sacra da Igreja e lia-lhe na alma o futuro.”
 
Extraímos, aqui, parte do texto que aborda o momento em que Jesus é condenado à morte...

“Quando, porém, acrescentou ainda que achava essa sentença justa, - ele (Pilatos), que por várias horas continuara a declarar Jesus inocente - quase não pude conter-me mais à vista desse homem infame e mentiroso. Ele disse ainda: “Por isso condeno Jesus Nazareno, rei dos judeus, a ser pregado na cruz.” Depois deu ordem aos algozes que fossem buscar a cruz. Também me lembro, mas não tenho plena certeza, que ele quebrou uma vara comprida, cuja metade era visível e lançou os pedaços aos pés de Jesus. A essas palavras, a Mãe de Jesus caiu por terra sem sentidos e como morta; agora então estava decidido: era certa a morte de seu santíssimo e amantíssimo Filho e Salvador, morte horrível, dolorosa, ignominiosa. As companheiras e João levaram-na para fora da multidão, para que aqueles homens cegos de coração não pecassem, insultando a dolorosa Mãe do Salvador; mas Maria não podia deixar de seguir o caminho da Paixão de Jesus. As companheiras viram-se obrigadas a levá-la outra vez de lugar em lugar, pois o culto misterioso de unir-se-lhe nos sofrimentos impelia a Santíssima Mãe a oferecer o sacrifício de suas lágrimas em todos os lugares onde o Redentor, seu Filho, sofrera pelos pecados dos homens, seus irmãos. E assim, a Mãe do Senhor consagrou com as lágrimas todos esses santos lugares e tomou posse deles para a futura veneração pela Igreja, Mãe de todos nós, como Jacó erigiu uma pedra e, ungindo-a com óleo, consagrou-a em memória da promissão que ali recebera.

Maria e as amigas vão ao Calvário.

Depois do doloroso encontro da Santíssima Virgem com o Divino Filho carregando a cruz, quando Maria caiu sem sentidos sobre a pedra angular, Joana Chusam, Suzana e Salomé de Jerusalém, com auxílio de João e do sobrinho de José de Arimatéia, conduziram-na para dentro da casa impelidos pelos soldados e o portão foi fechado, separando-a do Filho bem-amado, carregado do peso da cruz e cruelmente maltratado. O amor e o ardente desejo de estar com o Filho, de sofrer tudo com Ele e de não o abandonar até o fim davam-lhe uma força sobrenatural. As companheiras foram com ela à casa de Lázaro, na proximidade da porta Angular, onde estavam reunidas as outras santas mulheres, com Madalena e Marta, chorando e lamentando-se; com elas estavam também algumas crianças. De lá saíram em número de 17, seguindo o caminho doloroso de Jesus. Vi-as todas, sérias e decididas; não se importavam com os insultos da gentalha, mas impunham respeito pela sua tristeza. Passaram pelo Fórum, a cabeça coberta pelos véus. No ponto onde Jesus tomara ao ombro a cruz, beijaram a terra. Depois seguiram todo o caminho da Paixão de Jesus, venerando todos os lugares onde ele mais sofrera. Maria e as que eram mais inspiradas procuravam seguir as pegadas de Jesus e a SantíSsima Virgem, sentindo e vendo-lhes tudo na alma, guiava-as, onde deviam parar e quando deviam prosseguir nessa Via Sacra. Todos esses lugares se lhe imprimiram vivamente na alma; ela contava até os passos e mostrava às companheiras os santos lugares. Desse modo, a primeira e mais tocante devoção da Igreja foi escrita no coração amoroso de Maria, Mãe de Deus; escrita pela espada profetizada por Simeão. Os santos lábios da Virgem transmitiram-na aos companheiros do sofrimento e por esses a nós. Esta é a santa tradição vinda de Deus ao coração da Mãe Santíssima e do coração da Mãe aos corações dos filhos; assim continua sempre a tradição na Igreja. Quando se vêem as coisas como as vejo, parece este modo de transmissão mais vivo e mais santo. Os judeus de todos os tempos sempre veneraram os lugares consagrados por uma ação santa ou por um acontecimento de saudosa memória. Eles não esquecem um lugar onde se deu uma coisa sobrenatural: marcam-no com monumento de pedras e vão em peregrinação, para rezar. Assim também nasceu a devoção da Via Sacra, não por uma intenção premeditada, mas da natureza dos homens e das intenções de Deus para com seu povo, do fiel amor de uma mãe e, por assim dizer, sob os pés de Jesus, que foi o primeiro que a trilhou.”

Pode-se obter indulgência plenária rezando a Via Sacra de acordo com o costume, que consiste em fazer as leituras, orações e meditações de cada Estação diante do respectivo quadro, ou cruz, colocados habitualmente ao longo das paredes das igrejas. Quando a Via Sacra é rezada em conjunto e há dificuldade de todos se movimentarem ordenadamente, de uma Estação para outra, basta que o dirigente se desloque. É necessário ainda, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado, até venial, o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice (costuma-se rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória). Uma confissão pode valer para se obterem todas as indulgências plenárias durante o período de um mês.

Indulgências para quem pratique o exercício da Via Sacra
É concedida indulgência plenária para quem praticar o exercício da Via Sacra, desde que o fiel:
  1. Esteja em estado de graça;
  2. Tenha a disposição interior do completo afastamento do pecado, mesmo só venial; se confesse sacramentalmente dos seus pecados;
  3. Receba a Santíssima Eucaristia (certamente é melhor recebê-la participando na Santa Missa, mas para a Indulgência só é necessária a sagrada Comunhão);
  4. Ore segundo as intenções do Sumo Pontífice.
Quem não possa realizar a Via Sacra nas condições acima, lucra indulgência plenária lendo e meditando a Paixão do Senhor pelo espaço de meia-hora ao menos.
 
(*) Sobre Anna Catharina Emmerich
 
Beata Anna Catharina Emmerich, filha de camponeses pobres, mas piedosos, nasceu na aldeia de Flamske, perto de Coesfeld, na Westfália (Alemanha), no dia 8 de Setembro de 1774 e foi batizada no mesmo dia. Desde a primeira infância, não cessou de receber do céu uma direção superior. Via frequentemente o Anjo da Guarda e brincava com o Menino Jesus, nos prados e no jardim. A estigmatização deu-se-lhe a 29 de Dezembro de 1812. Nesse dia, às 3 horas da tarde, estava deitada, com os braços estendidos, em êxtase, meditando na Sagrada Paixão de Jesus. Esse estado e a estigmatização tornaram-se públicos na cidade, em Março de 1813. Depois de muitos e indizíveis sofrimentos, chegou o dia da sua morte - 9 de Fevereiro de 1824. A 15 de Janeiro desse ano dissera a Serva de Deus: "Na festa de Natal o Menino Jesus me trouxe muitos sofrimentos, hoje me deu ainda maiores, dizendo: "Tu me pertences, és minha esposa: sofre como eu sofri; não perguntes porque, é para a vida e para a morte". Anna Catharina achou muitos veneradores na Alemanha e longe, além das fronteiras, que se alegraram pela abertura do processo chamado de informação, feito pela autoridade diocesana de Muenster, no ano de 1892. Encerrou-se esse processo no ano de 1899, sendo os documentos enviados à Santa Sé em Roma, para pedir a beatificação da piedosa sofredora. Sua beatificação ocorreu em 3 de outubro de 2004.
 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

COMO SURGIRAM AS LADAINHAS

O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo (Tm 2, 1-3), recomendou-lhe que ensinasse o povo a fazer pedidos, orações, súplicas e ações de graças por todos.  Como síntese dessas orações, nasceram as “orações dos fiéis”, rezadas antes da apresentação das oferendas na missa, e as “ladainhas”. A mais antiga que se conhece é a de Todos os Santos (há textos do ano 400!). Não havia uma ladainha única, cada região ou comunidade acabava criando a sua, com o nome dos santos de sua devoção. A partir do século XII, começaram a se multiplicar ladainhas dedicadas unicamente a Nossa Senhora. Na verdade, desde que o anjo Gabriel saudara Maria em nome do Senhor, havia o costume de louvá-la e enaltecê-la a partir das virtudes e graças recebidas. No século XVI, surgiu, entre os peregrinos que iam à Santa Casa de Loreto, o costume de rezar uma ladainha própria, chamada Ladainha. Lauretana, com invocações e pedidos à Mãe de Deus. A forma como temos hoje foi aprovada pelo papa Clemente VIII (1592-1605), com um decreto de 6.9.1601. Com sua aprovação, vinha uma determinação: qualquer modificação nessa ladainha só poderia ser feita pelo órgão do Vaticano que hoje tem o nome de Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos. A partir dessa aprovação papal, a Ladainha de Nossa Senhora (1) passou a ser rezada no mundo todo, com poucos acréscimos posteriores. O mais recente deles é a invocação: “Rainha da família”, que deve ser feita após “Rainha do Rosário” e antes de “Rainha da paz” (cf. Congregatio de Culto DIVINO ET Disciplina Sacramentorum, Notitiae 357, pp. 189-90, 4/1996.)


 LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho Redentor do Mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, (após cada invocação) Rogai por nós,
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das Virgens,...
Mãe de Jesus Cristo,...
Mãe da Divina Graça,...
Mãe Puríssima,...
Mãe castíssima,...
Mãe imaculada,...
Mãe Intacta,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Mãe da Igreja,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem venerável,...
Virgem louvável,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Virgem benigna,...
Espelho da Justiça,...
Sede da Sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Vaso Espiritual,...
Vaso Honorífico,...
Vaso Insigne de Devoção,...
Rosa Mística,...
Torre de Davi,...
Torre de Marfim,...
Casa de Ouro,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos Enfermos,...
Refúgio dos Pecadores,...
Consoladora dos Aflitos,...
Auxílio dos Cristãos,...
Rainha dos Anjos,...
Rainha dos Patriarcas,...
Rainha dos Profetas,...
Rainha dos Apóstolos,...
Rainha dos Mártires,...
Rainha dos Confessores,...
Rainha das Virgens,...
Rainha de Todos os Santos,...
Rainha concebida sem Pecado Original,...
Rainha Assunta ao Céu,...
Rainha do Santíssimo Rosário,...
Rainha da Família,...
Rainha da Paz,...
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Ó Deus, pela Imaculada Conceição da Virgem, preparastes ao Vosso
Filho uma digna mansão, nós vos rogamos que a tendo preservado de toda a
mancha, na previsão da morte do vosso mesmo Filho, nos concedais pela sua
intercessão chegarmos até vós também purificados de todo o pecado. Pelo
mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

Fonte: Livro “Com Maria, A Mãe de Jesus”, de Dom Murilo S.R.Krieger, scj (pág. 210)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PEDIDO DOS FILHOS

Semana passada fui convidada para assistir uma excelente palestra de um renomado Psicólogo,  Professor e Mestre em Educação, Dr.  Marcos Meier falando sobre educação de filhos. Uma palestra estupenda que me abriu os horizontes, o tema foi "Limites: como largar sem abandonar e segurar sem prender", fico muito grata à minha querida irmã que é pedagoga e me deu esse agradável presente. Para minha surpresa, navegando pela net encontrei esse texto primoroso que Dom Orlando escreveu e que tem tudo a ver com o que eu fui assitir nesse encontro de pais e mestres. Obrigada minha irmã por este presente!

Por Dom Orlando Brandes - Arcebispo de Londrina
Os filhos pedem a seus pais e educadores vinte solicitações.

1. Não tenham medo de ser firmes comigo. Sua firmeza me dá segurança.

2. Não me tratem com excesso de mimo. Nem tudo o que eu peço me convém.

3. Não me corrijam na frente de outras pessoas. Isso me revolta.

4. Não permitam que eu forme maus hábitos. Dependo de vocês para saber o que é certo e o que é errado.

5. Não façam promessas apressadas. Sinto-me mal quando as promessas não são cumpridas.

6. Não me sufoquem com suas preocupações. Eu também preciso aprender com o sofrimento e com os erros.

7. Não sejam falsos comigo. A falsidade faz eu perder a fé em vocês.

8. Não me incomodem com ninharias. Irei fazer-me de surdo.

9. Não dêem a impressão de serem perfeitos, infalíveis. O choque será muito grande quando eu descobrir seus defeitos.

10. Não deixem sem respostas minhas perguntas. Do contrário, deixarei de fazê-las e buscarei informações em outros lugares.

11. Não se sintam humilhados ao ter que pedir desculpas. O perdão me aproxima de vocês.

12. Não digam que minhas preocupações e problemas são tolices. Tentem compreender-me. Ficarei mais sereno.

13. Não esqueçam que estou crescendo e mudando rapidamente. Tentem acertar o passo comigo.

14. Não me comprem presentes. O melhor presente é a presença de vocês. Com vocês sinto-me seguro, forte, amado.

15. Acolham-me desde a fecundação, alimentem-me com aleitamento materno, dêem-me colo, toquem-me porque preciso de tudo isto para crescer saudável e equilibrado.

16. Preciso de um pai forte e amigo, de uma mãe equilibrada e feliz. Seu jeito de ser é que fica marcado em mim. Poderei esquecer suas palavras, não esquecerei seus gestos.

17. Não imponham nem direcionem minha profissão e vocação. Podem aconselhar-me, mostrar-me suas razões, mas deixem-me a liberdade de escolher.

18. Se vocês se amam eu me sinto amado por vocês. Se vocês brigam, não dialogam, não se perdoam, eu me sinto um órfão de pais vivos.

19. Porque vocês foram fracos no bem, eu agora sou forte no mal. Se vocês são pais despreparados eu cresço desequilibrado.

20. Se vocês não me elogiarem, se me castigarem injustamente, se não me ensinarem a rezar, se satisfizerem todos os meus desejos, vocês estragam minha vida.


Os filhos aprendem imitando. Daí a necessidade do casal se querer bem e dar bom exemplo. Dizia um filho aos pais: "peço que vocês me amem quando eu não mereço, porque é aí que eu mais preciso ser amado." Nada disso é fácil. O nascimento dos filhos traz grandes mudanças na família. Os cônjuges esquecem de ser esposos, trocam os papeis, e começam a ser somente pais. Apegar-se aos filhos e esquecer o cônjuge é um perigo. O primeiro amor na família é sempre o amor conjugal, depois o amor filial.

Além disso, temos pais agressivos e pais permissivos, mas precisamos de pai e mãe participativos. Os pais apegados aos filhos sofrem demais quando eles devem deixar o lar. Os desequilíbrios dos filhos levam ao desajuste do casal e vice-versa. Os pais conscientes tratam os filhos conforme a idade que eles têm. É preciso saber mudar de marcha. Pais ajustados, filhos equilibrados.

Um filho escreveu para seus pais: "Eu sou forte no mal porque vocês foram fracos no bem. Por isso estou preso". Os pais nunca podem abdicar do diálogo, devem estar abertos em buscar soluções e aceitar ajuda. Ninguém é infalível. Os pais aprendem com os filhos, mas devem sempre colocar limites e apresentar valores. Lares sem disciplina criam filhos folgados e onipotentes que se tornam delinqüentes. É a tirania dos filhos sobre os pais.

Temos hoje a "família filiarcal" que sucedeu à família matriarcal e depois à patriarcal. Filiarcalismo é fazer dos filhos pequenos deuses. Eles não ajudam em nada nos trabalhos da casa, deixam roupas sujas em cada canto, só comem o que querem, dominam os pais que se tornam seus escravos e reféns. Pais permissivos são mais prejudiciais que os autoritários.

Os filhos emitem sintomas que sinalizam a presença de problemas familiares. Quando os pais vão mal os filhos entram em ansiedade. Hoje a grande tentação é resolver as crises com o "divórcio fácil". É preciso crer nas soluções, na reorganização da família. O filho problema pode tornar-se o melhor. A ovelha negra se torna uma benção, quando recorremos a Deus, ao perdão, ao diálogo, à disciplina. Quem olha as soluções não cai nas acomodações. Os heróis se forjam nas carências e crises.

A arte de ser bons pais começa já no útero materno. A preparação para a missão de ser pai e mãe é assunto do namoro e noivado. Pais despreparados, filhos desequilibrados; pais ausentes, filhos delinqüentes; pais permissivos, filhos onipotentes; pais omissos, filhos rebeldes. Carregamos dentro de nós a criança que fomos no passado. Vale a pena investir no casal para que os filhos cresçam sadios, seguros e amorosos. A família é a esperança da sociedade e o futuro do mundo.
 

“JOELHOFOBIA”

Liturgia


Por Francisco Dockhorn

No simbolismo litúrgico oficial da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, o ato de ajoelhar é o mais significativo gesto corporal de adoração à Nosso Senhor Jesus Cristo, Presente Verdadeiramente no Santíssimo Sacramento do Altar em Corpo, Sangue, Alma e Divindade (Catecismo da Igreja Católica, 1373-1381). Tenho escutado, entretanto, repetidos relatos de situações que fiéis católicos tem passado tanto aqui no Brasil como em outros países, diante de sacerdotes e ministros da comunhão eucarística que tem negado ministrar o Corpo de Nosso Senhor à quem deseja recebê-Lo ajoelhado, muitas vezes determinando que o fiel se levante em plena fila da Sagrada Comunhão, fazendo-o passar por uma situação humilhante e constrangedora e gerando um escândalo enorme. Mas o que diz a lei da Santa Igreja à respeito disso? 

A este respeito, a Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino publicou, em Julho de 2002 um documento proibindo a atitude de sacerdotes que negam ministrar a Comunhão a quem deseja receber Nosso Senhor ajoelhado. Diz o documento: "A recusa da Comunhão a um fiel que esteja ajoelhado, é grave violação de um dos direitos básicos dos fiéis cristãos. (...) Mesmo naqueles países em que esta Congregação adotou a legislação local que reconhece o permanecer em pé como postura normal para receber a Sagrada Comunhão, ela o fez com a condição de que os comungantes desejosos de se ajoelhar não seria recusada a Sagrada Eucaristia. (...) A prática de ajoelhar-se para receber a Santa Comunhão tem em seu favor uma antiga tradição secular, e é um sinal particularmente expressivo de adoração, completamente apropriado, levando em conta a verdadeira, real e significativa presença de Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo das espécies consagradas. (...) Os sacerdotes devem entender que a Congregação considerará qualquer queixa desse tipo com muita seriedade, e, caso sejam procedentes, atuará no plano disciplinar de acordo com a gravidade do abuso pastoral." (Protocolo no 1322/02/L) Tal intervenção foi reiterada em 2003. 

Também a instrução Redemptionis Sacramentum, instrução publicada pela mesma congregação em 2004, determina: "Qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé." (RS, 91). Com efeito, a forma tradicional que a Santa Igreja tem de receber o Corpo de Nosso Senhor é de joelhos (e diretamente na boca), em sinal de adoração à Nosso Senhor. Se as normas litúrgicas atualmente permitem que se receba o Corpo de Nosso Senhor em pé, é preciso que tenhamos clareza que, se por um lado a concessão torna isso moralmente lícito, por outro lado isto é uma concessão à regra tradicional, e que aqueles que desejarem receber o Corpo de Nosso Senhor ajoelhados, em sinal de adoração, são livres para fazê-lo. 

Vejo ainda muitos afirmarem que também na Consagração Eucarística deve-se permanecer em pé e não ajoelhado, e muitos afirmam inclusive que aprenderam isso em Cursos de Liturgia (!). Mas também quanto à isso à lei da Santa Igreja é clara em afirmar na Instrução Geral no Missal Romano determina que os fiéis estejam "de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração." (IGMR, 43). Temos então, nestas situações em que citamos, algo como se fosse uma "joelhofobia", em desacordo com o senso litúrgico e em desobediência explícita à lei da Santa Igreja. E escuto para isso argumentações como: "Deve-se estar não de joelhos, mas em pé como sinal de prontidão"; ou "A Eucaristia é banquete e ninguém come ajoelhado"; ou ainda "A Eucaristia é para ser comida, não para ser adorada". Ora, todas estas argumentações estão equivocadas! 

A Consagração e a Comunhão Eucarística são, antes de qualquer coisa, momentos sublimes de adoração, pois a Hóstia Consagrada é a Presença Real de Nosso Senhor; já dizia Santo Agostinho, Doutor da Santa Igreja: "Ninguém coma desta Carne se antes não A adorou."  A Santa Missa é a Renovação do Único e Eterno Sacrifício de Nosso Senhor, e embora tenha uma dimensão de banquete e ceia, é um banquete essencialmente sacrifical, que perde totalmente o sentido se não reconhecermos nele a dimensão de Sacrifício. Na Santa Missa não nos alimentamos de uma comida qualquer como em um banquete ou ceia comuns, mas sim do Carne e do Sangue de Nosso Senhor, escondidos sob a aparência do pão e do vinho. Por isso nos ensinou o saudoso Papa João Paulo II que não se pode esquecer que o "banquete eucarístico tem também um sentido primária e profundamente sacrifical" (Mane Nobiscum Domine, 15). Ocorre que, na atual crise doutrinária e litúrgica que vivemos, muitos "católicos" ditos "progressistas" negam ou obscurecem a Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento do Altar e o caráter sacrifical da Santa Missa, vivendo-a como se fosse um simples banquete, ceia, festa ou reunião social. Sobre isso, lamenta o saudoso Papa João Paulo II na sua fabulosa encíclica Ecclesia de Eucharistia: "As vezes transparece um compreensão muito redutiva do mistério eucarístico. Despojado do seu valor sacrifical, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesma. Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial, que se fundamenta na sucessão apostólica, fica às vezes obscurecida, e a sacramentalidade da Eucaristia é reduzida à simples eficácia do anúncio. (...) 

Como não manifestar profunda mágoa por tudo isto? A Eucaristia é um Dom demasiadamente grande para suportar ambiguidades e reduções." (EE 10) Consequência natural disso é a desvalorização e o desaparecimento, em muitos lugares, do sinais e símbolos litúrgicos que expressam a fé católica no que diz respeito ao Santo Sacrifício da Missa, tais como: os paramentos litúrgicos, as velas, o incenso, a genuflexão, o dobrar os joelhos e assim por diante. É necessário uma nova tomada de consciência entre os católicos, para que, em obediência ao Sumo Pontífice Gloriosamente Reinante - o Papa Bento XVI -, o Santo Sacrifício da Missa seja conhecido e valorizado em sua essência, seus sinais e símbolos sejam também valorizados e as leis litúrgicas sejam, de fato, obedecidas, contrapondo-nos à isto que é como se fosse uma "joelhofobia" e à todos os demais abusos litúrgicos, para a Glória de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento. 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

No ano 1634, Nossa Senhora do Bom Sucesso previu o eclipse da Igreja Católica no século XX

No dia 02 de fevereiro de 1634, repentinamente, apaga-se misteriosamente a luz do santuário da capela do Convento das irmãs Concepcionistas de Quito, Equador. A Santíssima Virgem, em seguida, revela-Se à Madre Mariana e explica que aquele fenômeno simbolizava a Igreja no século XX. Portanto, segundo a Mãe do Verbo, a Igreja de Cristo —luz do mundo— estaria eclipsada a partir do século XX. 

 

Os cinco significados da luz que se apaga no santuário

Segundo as palavras de Nossa Senhora, a luz que naquele momento extinguira no santuário, e hoje está extinta em nosso mundo, representa o seguinte: 
Primeiro, a propagação de heresias nos séculos 19 e 20 que apagaria a luz preciosa da fé nas almas;

Em segundo lugar, a catástrofe espiritual no Convento e, por extensão, em toda a Igreja;

Terceiro, a impureza maciça que saturaria a atmosfera. "Como um mar sujo, a impureza inundará ruas, praças e locais públicos, com uma liberdade nunca vista", disse Ela. "Quase não haverá nenhuma alma virgem no mundo";

Em quarto lugar, a corrupção da inocência das crianças e a crise no clero;

Quinto, o laxismo e a negligência dos ricos, que testemunhariam indiferentes o calvário da Igreja, a virtude sendo perseguida e o triunfo do mal, sem fazerem uso de suas riquezas para combater o erro e restaurar a fé.

Uma grave crise mundial na Igreja e na sociedade que se iniciaria no século XIX

Refletindo sobre as profecias mais importantes de Nossa Senhora do Bom Sucesso, vemos que elas reportam a uma grave crise mundial na Igreja e na sociedade que se iniciaria no século XIX e se estenderia ao longo do século XX. Durante esse tempo, a Mãe do Verbo advertiu que haveria uma quase total corrupção de costumes e que Satanás quase reinaria completamente por meio das seitas maçônicas. 
Na Igreja Católica, os sacramentos seriam profanados e abusados, e a luz da fé seria quase completamente extinta nas almas. Verdadeiramente almas religiosas seriam reduzidas a um número tão pequeno e muitas vocações pereceriam. Ela adverte que uma grande impureza passaria a reinar e as pessoas tornar-se-iam descuidadas das questões espirituais. 

A Mãe do Verbo fala de uma apostasia que se estabeleceria no vértice da Igreja

Em diversas ocasiões a Mãe do Verbo fala de uma apostasia que se estabeleceria no vértice da Igreja. Por exemplo, na aparição de 02 de fevereiro de 1634, depois de advertir Madre Mariana sobre o comportamento de muitos maus Superiores que iriam destruir o espírito da religião, a Santíssima Virgem disse: "Tempos difíceis virão, quando justamente aqueles que deveriam defender os direitos da Igreja ficarão cegos. Sem temor servil ou respeito humano, eles se juntarão os inimigos da Igreja para ajudá-los a realizar seus projetos".
"Ai do erro dos sábios, de quem governa a igreja, o pastor do rebanho, ao qual Meu Santo Filho mais confiou seus cuidados!
Mais adiante, Ela acrescentou. referindo-se ao papel ruim das autoridades religiosas na crise:
"Mas quando eles aparecerem triunfantes e quando a autoridade abusar de seu poder, cometendo injustiças e opressão aos fracos, a sua queda estará próxima. Paralisados, eles cairão ao chão ".
Portanto, ao mesmo tempo em que a mensagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, como a de Nossa Senhora de Fátima, falam de um grande castigo, elas também oferecem a grande esperança de uma restauração da Santa Igreja. 

Consolo e alívio

Assim, paradoxalmente, os detalhes sombrios desta profecia oferecem um consolo e alívio para aqueles que reconhecem a grave crise na Igreja e, consequentemente, na sociedade dos nossos dias. 
As profecias nos dão o consolo de saber que a Santíssima Virgem predisse claramente a presente situação calamitosa, que Ela viu e continua vendo o nosso sofrimento presente. Sobretudo, prometeu ajudar-nos a perseverar na luta, sempre que recorrermos a Ela. 

Reconhecimento da Igreja

A intervenção de Nossa Senhora do Bom Sucesso não é uma nova aparição. Aconteceu no início do século 17. As revelações de Nossa Senhora do Bom Sucesso e a devoção à sua estátua milagrosa foram aprovadas pela Igreja Católica desde o início. Foi o nono bispo de Quito, Salvador de Ribera, quem aprovou em documentos oficiais a confecção milagrosa da estátua feita por São Francisco de Assis e os três Arcanjos - São Miguel, São Gabriel e São Rafael. Ele próprio presidiu a unção da solene consagração da estátua na Igreja do Real Convento da Imaculada Conceição, em 02 de fevereiro de 1611.

A devoção e as aparições também foram autorizadas e promovidas pelo Bispo próximo de Quito, Pedro de Oviedo, que governou a Diocese de 1630-1646. Cada Bispo desde então – e também o Arcebispo atual - aprovou a devoção e comemoração da festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

Em 1991, o Arcebispo de Quito pediu a Roma para uma coroação canônica de Nossa Senhora do Bom Sucesso como Rainha de Quito, numa cerimônia que teve lugar em 02 de fevereiro. 

Madre Mariana voluntariamente se imolou para expiar, reparar e apressar o dia da restauração triunfal da Igreja Católica

Por sua vez, a Venerável Madre Mariana de Jesus Torres, uma das madres fundadoras do Convento da Imaculada Conceição, em Quito, Equador, durante a sua vida de 72 anos, foi agraciada com muitas aparições e favores da Santíssima Virgem.
Para expiar as muitos profanações, blasfêmias e abusos e para apressar o dia da restauração triunfal da Igreja Católica, Madre Mariana foi convidada a se tornar uma vítima expiatória para aqueles momentos que são esses nossos. Não é difícil descobrir que a crise prevista para o século XX foi Concílio Vaticano II e suas conseqüências. 
Por vários séculos, como Nossa Senhora tinha dito, a vida ea história da Madre Mariana caiu no esquecimento, embora a devoção a Nossa Senhora do Bom Sucesso tenha florescido no interior do Convento. Então, em 08 de fevereiro de 1906, o corpo da Mãe Mariana teve de ser exumado por causa de um projeto de construção. O túmulo foi aberto e seu corpo encontrado incorrupto e inteiro.


FONTE

sábado, 6 de novembro de 2010

O PURGATÓRIO


Por Pe. Marcelo Tenório

Todos fomos criados para Deus, para o céu. Ver a Deus é a nossa plena felicidade, é a nossa meta. Nosso único objetivo: "Senhor é a vossa face que procuro" (Sl 27,8). A Santa Igreja ensina a existência de duas realidades eternas para a alma: uma é o céu: a visão beatífica, a posse da felicidade plena que é a participação na vida divina e trinitária. São Paulo nos fala e nos estimula a buscar "As coisas do Alto" e nos diz: "olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam" ( I Cor 2,9). Outra realidade, portanto, é o inferno, a perda eterna, por culpa própria, do Sumo Bem: "Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão e Isaque e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora" (Lc 13, 28).

É doutrina infalível da Igreja, portanto de Fé Católica, a existência de um estágio intermediário para alma que precisa de uma maior purificação antes de entrar no céu, na vida de Deus. É um "local" onde ficam as almas que morreram em estado de graça, isto é, sem pecado mortal, mas que necessitam de maior purificação, visto que os pecados cometidos na terra e, contritamente, chorados e perdoados pela confissão sacramental, imprimiram na alma uma macha (culpa temporal do pecado) e esta deverá ser retirada, visto que Deus sendo Sumo Bem e de Santidade inefável, nada admite em si que não seja santidade perfeita, pois no céu nada de impuro pode entrar (Ap 21, 27). A sagrada Escritura nos traz alusão ao purgatório. Nosso Senhor ensina a sua existência, por isso podemos dizer que é de Verdade Positiva, revelada pelo próprio Deus. Vejamos:
"Reconcilia-te com o teu adversário... enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao ministro e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que, de modo nenhum, sairás dali, enquanto não pagares até o último centavo" (Mt 5, 25-26).
Agora, S. Paulo:  I Cor 3, 12-15: "...Aquele, cuja obra (de ouro, prata, pedras preciosas) sobre o alicerce resistir, esse receberá a sua paga, aquele, pelo contrário, cuja obra, (de madeira, feno, ou palha), for queimada, esse há de sofrer prejuízo; ele próprio, porém, poderá salvar-se, mas como que através do fogo".

Aqui ficam apenas esses dois textos, embora existam mais. Também fazendo uso da razão poderíamos pensar para onde iriam as almas que não foram tão más, mas que tinham algumas imperfeições e defeitos a vencer, que não eram bastante santas para irem diretas ao céu, nem tão pérfidas para descerem aos infernos... Vejamos esse texto do AT, onde já se acreditava na necessidade de se rezar pelos mortos, para ajudá-los em seu estágio de purificação. 

"Judas, tendo feito uma coleta, mandou duas mil dracmas de prata a Jerusalém, para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição... Santo e salutar pensamento de orar pelos mortos. Eis porque ele ofereceu um sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres de seus pecados." ( II Mc 12, 43)
Não é difícil de se ver aqui, com clareza, a fé na existência do purgatório, visto que depois de mortos, podem ser livres de seus pecados pelo "sacrifício expiatório", logo não se trata do inferno, pois este é eterno, mas de um estado intermediário para alma. Esta Verdade de Fé foi promulgada pelo Santo Concílio de Trento, em sua sessão XXV (cf. Sess. XXV, D. B. 983).

Das Penas Temporais do Pecado.

Falemos das Penas Temporais do Pecado, pois são elas que levam muitas almas ao purgatório, onde depois de um certo "tempo", livres de toda macha, entram na Felicidade Eterna de Deus. Vejamos: quando alguém gera um dano ao outro, embora perdoado pelo mesmo, tem a obrigação de reparar o mal que causou. Se alguém rouba uma jóia, se arrepende, é perdoado pelo lesado, mas tem a obrigação moral de devolver o objeto roubado. Na Sagrada Escritura encontramos exemplos claros de expiação da culpa temporal.
Davi é perdoado pelo adultério e assassinato de Urias, assim que humildemente reconheceu a sua culpa, mas teve que sofrer a perda do filho (2Sm 12, 13); Moisés e Araão por não terem tido, algumas vezes em suas vidas, firmeza de fé, foram, por castigo, privados de entrar na Terra da Promessa (Nm 2, 12s). Imaginemos ainda uma camisa branca, exposta à poeira. Ora tem certas manchas que basta abrir a torneira, molhar um pouco, leve esfregão e... pronto. Outras manchas já não saem tão rápido: deve-se colocar sabão, esfregar... outras mais intensas demoram a sair e usa-se de outros recursos: água sanitária, detergente, deixa-se de "molho" por algumas horas, um dia... e tem dona de casa que gosta de colocar no sol, afim de amolecerem as manchas e com isso saírem mais facilmente. Na confissão bem feita e contrita, nos livramos das Penas Eternas do Pecado (o inferno), mas as manchas que o pecado provocou em nós (penas temporais) ficam em nossa alma e devem ser retiradas ainda nesta vida através de várias práticas, tais como jejuns, penitencia, esmolas, indulgência recebida, acolhimento resignado do sofrimento, ou no purgatório após a morte.

Da duração das penas.

As almas no purgatório já estão salvas, por isso as chamamos de "benditas", entretanto sofrem imensamente no fogo purificador por causa dos pecados cometidos. Alguns santos da Igreja, em suas experiências místicas nos falaram sobre a realidade do purgatório. S. Vicente Ferrer nos fala que há almas que ficaram no purgatório um ano inteiro por um só pecado cometido. Santa Francisca afirma que a maioria das almas do purgatório lá sofrem de trinta a quarenta anos. Muitos santos viram almas destinadas a sofrer no purgatório até o fim do mundo. Nossa Senhora, ela mesma em Fátima, indagada pelo destino de algumas pessoas da convivência de Lúcia e, respondendo particularmente sobre uma certa Maria da Luz, diz: "Esta estará no purgatório até o fim do mundo". Os santos também ensinam que as almas simples e humildes, sobretudo as que muito sofreram neste mundo com paciência e se conformaram perfeitamente com a vontade de Deus, podem ter um purgatório muitíssimo abreviado, às vezes horas... S. Paulo da Cruz, estando em oração, ouviu que batiam à porta com força. – “Que queres de mim", pergunta.
"- Quanto sofro. Quanto sofro, meu Deus! Sou a alma daquele padre falecido. Há tanto tempo estou num oceano de fogo, há tanto tempo!... Parecem mil anos!"

São Paulo da Cruz, comovido, reconheceu o padre e disse: "mas faz tão pouco tempo que você faleceu e já fala de mil anos?". O santo orou muito por ele e no dia seguinte celebrou a Missa pelo defunto. Viu-o, então, entrar triunfante no céu, na hora da comunhão. Santa Lutgarda viu Papa Inocêncio III dizendo que deveria ficar no purgatório até o fim do mundo por algumas faltas no governo da Igreja. Nosso Senhor mostrou-lhe ainda quatro padres que estavam lá já mais de cinquenta anos, por administrarem mal os Ss. Sacramentos. Santa Verônica Juliani: Ela fala de uma irmã que deveria ali permanecer tantos anos quantos passou neste mundo. Ao padre Scoof, de Louvain, foi revelado que um banqueiro de Antuérpia estava no purgatório há mais de duzentos anos porque tinham rezado pouco por ele.

Os Terríveis Sofrimentos no Purgatório.

Santo Tomás nos ensina que no purgatório não há tempo, mas etapas psicológicas sucessivas, o que ele chama de Evo. O que os santos doutores da Igreja nos falam sobre os terríveis sofrimentos no purgatório, deveria nos encher de grande misericórdia e nos fazer rezar mais e mais pelas almas que ali se encontram. S. Boaventura ensina que nossos maiores sofrimentos ficam muito aquém dos que ali se padecem. São Tomás diz que o menor dos seus sofrimentos ultrapassam os maiores tormentos que possamos suportar. Confirmam esse ensinamento Santo Ambrósio e São João Crisóstomo: "que todos os tormentos que o furor dos perseguidores e dos demônios inventaram contra os mártires, jamais atingirão a intensidade dos que padecem em tal lugar de expiação".

Quanto ao fogo do purgatório.

É um fogo real, embora não material. As almas nele são lançadas inteiramente: um fogo ativo, penetrante que vai até o mais íntimo do ser, que queima intensamente à medida da consciência que lá se toma do amor incondicional de Deus e da resposta negativa que a ele se deu pelo pecado. Agora, a alma iluminada pela Verdade e Luz divinas vê-se queimada por dentro, em sua essência. Diz Santo Antônio que esse fogo é de tal maneira rigoroso que comparado com o nosso, da terra, o nosso parece às almas no purgatório, como pintura de painel... elas bem desejariam está no nosso fogo material... Santa Catarina de Gênova teve uma visão do purgatório e exclamou: "Que coisa Terrível! Confesso que nada posso dizer e nem conceber que se aproxime sequer da realidade. As penas que lá se padecem são tão dolorosas como as penas do inferno". S. Nicolau Tolentino viu em êxtase "um imenso vale onde multidões de almas se retorciam de dor num braseiro imenso e gemiam de cortar o coração. Ao perceberem o Santo, bradavam suplicantes, estendendo os braços e pedindo misericórdia e socorro. 'Padre Nicolau, tem piedade de nós! Se celebrares a Santa Missa por nós, quase todas seremos libertadas de nossos dolorosos tormentos'. São Nicolau celebrou sete missas em sufrágio dessas almas. Durante a última missa apareceu-lhe uma multidão de almas resplandecentes de glória que subiam ao céu".

No purgatório não há ingratidão. Elas jamais se esquecem daqueles que rezaram e se sacrificaram por elas. E, uma vez, entrando no céu por nossas orações, pedirão incessantemente pela nossa salvação eterna. Não as deixemos sozinhas. Rezemos, mandemos celebrar missas e missas em sufrágio das pobres almas. Elas já nada podem fazer por elas, necessitam só e somente só das nossas orações. Para elas passaram o tempo e agora se encontram nos suplícios expiatórios. Há almas que ficam mais "tempo" no purgatório por falta de oração e sacrifício da nossa parte. Cuidemos delas e elas cuidarão de nós. E ao chegar o dia dos mortos, com os sinos que dobram em sinais de tristeza, rezemos por esses nossos irmãos que já transpuseram os umbrais da eternidade e unidos à Santa Igreja neste dia, rezemos:

Requiem æternam dona eis, Domine,
et lux perpetua luceat eis.
*****************************************************************
Rezar pelas almas do purgatório é um ato de CARIDADE, pensemos em nós quando chegar a nossa hora. Para quem não acredita na existência de um lugar onde vamos expiar nossas almas, acreditem apenas que no céu não entraremos com as "vestes toda manchada e os pés sujos". Eu rezo pelas almas do purgatório TODOS OS DIAS, e no dia em que me encontro cansada e com muito sono, no seguinte eu rezo dobrado e geralmente é um terço. Tenho consciência da minha miséria e sei que todo sacrifício do mundo não expiaria os meu pecados aqui neste mundo, por isso recorro ao auxílio de irmãos que certamente verão a Deus primeiro do que eu. A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Élida
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EIS O RETRATO DA FALTA DE AMOR, RESPEITO AO PRÓXIMO E PRINCIPALMENTE, A FALTA DE DEUS NO CORAÇÃO.

Depois da vitória de Dilma nordestinos são ridicularizados 

Fotos:Redação vooz Alguns eleitores do sul ultrapassaram o limite em suas colocações

Alguns eleitores do sul ultrapassaram o limite em suas colocações

Segunda-feira, 01 de novembro de 2010
Um post infeliz da estudante de Direito de São Paulo @mayarapetruso quando comentava sobre a vitória da presidenta eleita, Dilma Rousseff, sobre o ex-governador José Serra, desencadeou uma onda de protestos que prossegue no microblog Twitter. A jovem postou na noite de 31 outubro a seguinte frase: "Nordestisto não é gente, faça um favor a Sp, mate um nordestino afogado!".
Ela apagou os posts pouco depois e extinguiu o perfil durante a madrugada, mas os usuários foram mais rápidos e fizeram prints que foi repassado e está circulando com pedidos de denúncias de preconceito.
As denúncias são feitas aqui e as provas estão aqui. Lamentável sobre todos os aspectos que ainda  aconteça esse tipo de coisa. Somos todos irmãos. Veja a hashtag #nordestisto.

E o pessoal da internet já criou um novo perfil @nordestistos


Lei 7.716, de 1989, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente:
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza:
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
I – o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II – a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.
III – a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de computadores.



Mais um lamentável caso de preconceito no Twitter:

E não para por ai:

e tem mais:

Veja também














 E a famosa Mayara Petruso também atacou no facebook

 Preconceito dá cadeia

Delegacias de Crimes Eletrônicos: cliquem neste link
Denuncie pela SaferNet (ONG): http://www.safernet.org.br/site/denunciar
Site da Procuradoria Geral da República: http://www.pgr.mpf.gov.br/
Diga não ao preconceito você também, clique nos links acima e denuncie!

Nós, nordestinos, embora sejamos rudemente perseguidos e vítimas de discriminação por parte de alguns preconceituosos, sentimos orgulho da nossa cultura, do nosso sotaque e da nossa contribuição para o crescimento do Brasil. Enfim, sejamos piauienses, baianos, cearenses, pernambucanos, mineiros, gaúchos, paulistas ou nascidos em outros Estados, somos todos brasileiros e responsáveis por fazer deste País uma grande Nação, livre de preconceitos.

Fonte

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MEU DEUS COMO ÉS LINDO!



Que bom Senhor, ir ao teu encontro,
Poder chegar e adentrar a tua casa
Sentar-me contigo e partilhar da mesma mesa
Te olhar, te tocar e te dizer meu Deus como és lindo

Ó meu Senhor, sei que não sou nada.
Sem merecer fizeste em mim tua morada.
Mas ao receber-te, perfeita comunhão se cria.
Sou em Ti, és em mim, minh'alma diz meu Deus como és
lindo. 


Anjos de Resgate

DEVO HONRAR MEUS PAIS MESMO SEM ELES MERECEREM?

Por Mike Bozeman

Há princípios críticos para o sucesso na família. Considere alguns:

O plano de Deus é sempre melhor. Como criador da família, Deus tem a autoridade e sabedoria para fazer leis e dar liderança para os melhores relacionamentos possíveis.

Esforçando-se para o ideal. Devemos esforçar-nos para deixar as nossas famílias o mais próximo possível do ideal, em vez de procurar brechas ou exceções como desculpas para nossas preferências ou falhas.

Eu sou responsável por mim. O plano de Deus é baseado em cada indivíduo fazer o melhor. Cada um deve cumprir com suas responsabilidades pessoais independente daquilo que cônjuges/filhos/pais/sociedade... fazem.

Olhar para os outros. A chave para relacionamentos bem-sucedidos e satisfatórios é considerar que os outros são mais importantes do que nós mesmos. Ter a segurança pessoal capaz de sacrificar pelos outros é a única base certa para uma família ideal...

Com Deus, todas as coisas são possíveis. Pela deterioração da família na sociedade pareceria que é impossível ter uma família devota. Mas o cristão acredita em Deus, não em si mesmo. Confiar em Deus e seguir seus planos é o único caminho ao sucesso verdadeiro.

Quando esses princípios são negligenciados, famílias falham

Quando uma família cresce e prospera não é por acaso. Da mesma forma quando famílias falham não é por acaso. Muitas vezes é porque algum princípio na palavra de Deus tem sido negligenciado.
Um princípio crítico para o crescimento espiritual de uma família, no entanto freqüentemente negligenciado é o da honra. Os apóstolos ensinaram que os cristãos deviam honrar uns aos outros. “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida...” (1 Pedro 3:7 RC). “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Efésios 6:1-3). “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10).

A definição de honra

No Velho Testamento, a palavra honra literalmente significava “pesado”. No Novo Testamento, honra significava “um apreço”. O apóstolo Pedro disse que o sangue do Filho de Deus era pesado, extremamente precioso e muito mais valorizado do que “coisas corruptíveis, como prata ou ouro” (1 Pedro 1:18). Honrar a Deus é colocar um valor maior nele do que em qualquer coisa na terra ou no céu.
Da mesma forma, quando “honramos” uma pessoa falamos que ela é extremamente valiosa aos nossos olhos. Dizemos que quem ela é e o que ela diz tem um peso grande. O apóstolo Paulo disse, “e os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra” (1 Coríntios 12:23). Paulo disse aos filipenses sobre Epafrodito, “Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse” (Filipenses 2:29).

A definição de desonra

O oposto aplica-se à desonra. Podemos, pelo o que falamos e a maneira que tratamos uma pessoa, comunicar a ela que ela é de pouco valor para nós; que as suas palavras e seus esforços tem “pouco peso” no nosso modo de ver. A palavra desonra nos dias de Jesus significava “neblina” ou “vapor” que sobe de uma panela de água fervente. Era a coisa mais insignficante para os gregos. Uma grande ilustração de desonra está em Mateus 27:9-10. “…Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram; e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor” (a palavra preço era a mesma palavra grega que honra.) Em outras palavras, eles colocaram o valor do precioso Filho de Deus em trinta moedas de prata. A desonra está no preço. Seu valor para Judas era apenas um pouco mais do que o vapor que sobe de uma panela de água. Ele não tinha valor para Judas.

Ilustrações de desonra na família 

A gora vamos fazer algumas aplicações concretas na família. Uma pesquisa foi feita com famílias nos Estados Unidos e perguntaram às pessoas “Quais são os dez atos mais desonrosos no lar?” Aqui estão os resultados: 
1.    Ignorar ou não considerar as opiniões, os conselhos ou as crenças de outras pessoas.
2.    Envolver-se na televisão ou no jornal enquanto outra pessoa tenta se comunicar conosco.
3.    Fazer piadas sobre as fraquezas ou falhas de uma outra pessoa.
4.    Fazer ataques verbais regulares contra um amado: criticar severamente, julgar, dar broncas sem carinho.
5.    Não dar a devida importância à família do cônjuge ou a outros parentes no seu planejamento e comunicação.
6.    Ignorar ou simplesmente não expressar gratidão por atos bons feitos para nós.
7.    Praticar hábitos de mal gosto em frente da família – mesmo quando pedem que paramos.
8.    Comprometer-nos exageradamente com outros projetos ou pessoas de maneira que tudo fora do lar pareça ser mais importante do que aquilo dentro do lar.
9.    Lutas pelo poder que deixam uma pessoa se sentindo que é uma criança ou que está sendo severamente dominada.
10.  Falta de vontade de admitirmos que estamos errado ou de pedir perdão.

A maioria de nós já observou até certo ponto esse tipo de comportamento seja nos nossos lares ou nos dos outros. Às vezes são os filhos desonrando os pais, e outras vezes são os pais desonrando os próprios filhos.

As conseqüências de negligenciar esse princípio

Cada decisão que tomamos ignorando o plano de Deus traz conseqüências. No caso de uma família onde não há honra, casamentos são arruinados e filhos se rebelam. Paulo avisou aos pais para “não provoqueis vossos filhos à ira” (Efésios 6:4) e “não irriteis os vossos filhos” (Colossenses 3:21). Certamente isso acontece quando os pais rebaixam seus filhos, ignoram-os, criticam-os severamente, dão broncas sem carinho, comprometem-se exageradamente a outras coisas, ou quando um pai comete um erro e se recusa a pedir o perdão dos seus filhos. Raiva, irritação e rebelião resultam porque o que nós dizemos ou a maneira que tratamos uma criança mostra-lhe que é de pouco valor para nós. Também não é incomum ver um cônjuge deixar um casamento porque é maltratado.  Por que tratamos as pessoas que “amamos tanto” com tão pouco respeito? Às vezes é o que aprendemos dos nossos pais. Às vezes é relacionado a ego. Uma pessoa que tem pouco respeito para ela mesma às vezes tentará se sentir maior humilhando outra pessoa. Seja qual for o motivo, os danos são incalculáveis.

Como podemos restaurar a honra nos nossos lares?

1. Decidir honrar ou valorizar mais as outras pessoas. Enfatizamos a palavra decidir porque honra não é um sentimento, é uma decisão. Deus não ordena sentimentos, mas nos ordena a pensarmos e agirmos de certa formas. Deus disse, “tratai todos com honra” (1 Pedro 2:17), “preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10), “considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3), e “os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra” (1 Coríntios 12:23). Primeiro temos de decidir que as pessoas são valiosas e principalmente aquelas que Deus pôs sobre nossos cuidados.
Alguém teve uma idéia brilhante. Decidiram chamar móveis velhos de “antigüidades”. Agora pessoas compram esse móveis velhos por preços absurdos. Até pagam quantidades razoáveis para restaurar os móveis antigos para fazê-los parecerem novos. O que aconteceu para aqueles móveis antigos se tornarem antigüidades? Seu valor aumentou. Por que? Porque decidimos que eles são mais valiosos para nós do que antes. Se podemos fazer isso com móveis, podemos fazer com pessoas.

2. Agir de acordo com nossa decisão. Enfatizamos a palavra agir porque honra envolve fazer, mostrar e expressar. O apóstolo Paulo disse para os maridos serem o cabeça, amarem suas esposas, sacrificarem-se por elas, alimentarem e cuidarem delas (Efésios 5:22-31). Às esposas foi dito para serem submissas, temerem e respeitarem seus maridos (Efésios 5:22-33). É dito aos filhos que devem obedecer seus pais (Efésios 6:1). Há muitas outras coisas que podemos fazer para mostrar que valorizamos as pessoas da nossa família. Como seria se quando o marido voltasse do trabalho, sua família o encontrasse na porta, os filhos demonstrassem alegria com a sua chegada e a esposa se arrumasse para mostrá-lo que ele é valioso para ela? E como seria se quando a esposa chegasse do mercado encontrassem-na na porta com um tapete vermelho, encorajassem a a sentar e descansar enquanto os filhos guardassem as compras e o marido preparasse um jantar especial para ela? Como seria se, quando os filhos chegassem da escola, os pais parassem o que tivessem fazendo, preparassem um lanche e ouvissem enquanto os filhos lhes dissessem como foi seu dia? A atitude de honra e as ações que acompanham criarão um ambiente saudável e aconchegante onde a família possa crescer.

E se as pessoas não merecem honra?

É verdade que algumas pessoas possam não merecer honra devido a sua conduta. Talvez um cônjuge agiu com ódio ou sem amor, ou um filho foi rebelde. Mas é interessante o que Pedro disse: “tratai todos com honra” (1 Pedro 2:17). Ele continuou a dar exemplos de quem devemos respeitar. Ele disse “Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor...também ao perverso” (1 Pedro 2:18). Ele disse “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,” (1 Pedro 3:1). Parece que Pedro estava indicando que nossa obrigação a mostrar honra aos outros não depende da maneira que eles nos tratam.. Paulo disse a Timóteo “Não repreendas ao homem idoso” quando ele precisasse de correção (1 Timóteo 5:1), e para “Todos os servos que estão debaixo de jugo considerem dignos de toda honra o próprio senhor, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados” (1 Timóteo 6:1). As pessoas talvez não mereçam honra, mas nossa preocupação com Deus e sua glória nos levará a tratar até as pessoas desonrosas com respeito. Vale a pena observar que o próprio Deus nos deu valor quando não merecíamos nada. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8). Isso torna todos os homens iguais. Somos todos pecadores. Nenhum de nós merece honra pela virtude de obediência perfeita ao Senhor. O apóstolo João disse, “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1 João 4:10-11). Apenas quando nos vemos como receptores do favor não merecido de Deus, podemos decidir a amar e honrar as pessoas da nossa família mesmo que elas não “mereçam” nosso amor.

Conclusão

No Velho Testamento, muitas vezes, Deus nos deixou olhar pela janela de várias famílias – Adão e Eva, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Davi. Suas janelas freqüentemente eram deixadas abertas para que pudêssemos ver como elas foram abençoadas quando obedeciam a Deus e como tiveram dificuldades quando desobedeciam. Freqüentemente sofreram porque não estavam olhando para as coisas uns dos outros, mas apenas para as próprias. Às vezes, pelo fato de não honrarem uns aos outros, havia amargura, ciúmes e até assassinato. O que uma pessoa veria se olhasse pela sua janela? Mais importante ainda é: o que Deus vê quando observa os pais e filhos no seu lar? Ele vê amor, respeito, consideração, valorização e honra? Se não, você deve considerar o primeiro princípio mencionado neste artigo – o plano de Deus é sempre melhor. Se queremos famílias fortes, saudáveis e felizes, teremos de reconhecer que o plano de Deus é o melhor, implantar esse plano nas nossas próprias vidas e depois dividir esse plano com os outros na nossa família.