E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

terça-feira, 26 de abril de 2011

FORMAÇÃO IV - PORQUE SOU CATÓLICO

Capítulo II
Outros Movimentos Cristãos

Há algum tempo, e cada vez mais, a imprensa noticia que milhares e milhares de cristãos estão a se afastar da Igreja Católica para seguir novos movimentos religiosos. Vemos assim que o católico costuma ser pacífico e bom ouvinte. Por outro lado, sabemos que muitos católicos assim se declaram, porque foram batizados quando crianças, não tendo, após isso, uma verdadeira vida cristã: nunca foram à Igreja, nunca tiveram interesse em participar nos grupos comunitários, e nunca se aprofundaram no estudo bíblico e doutrinário da Igreja, fazendo no máximo a primeira comunhão.

Para discutir este problema, existem hoje duas correntes de pensamento dentro da própria Igreja Católica: a primeira acha positivo este “êxodo”, já que ocorre uma purificação interna dentro da própria Igreja, uma vez que, como está comprovado, só deixam de ser católicos aqueles que pouco interesse têm pela Igreja. A segunda, embora reconhecendo que essa ‘purificação’ possa ser positiva para o aumento da qualidade dos fiéis católicos, afirma que não é justo permitir o afastamento do ‘joio’, já que estes foram, na maioria das vezes, conquistados de forma ilícita, isto é, por desconhecerem a sã doutrina da Igreja Católica, mudando de fé, graças a atitudes pouco ecumênicas por parte da maioria dos dirigentes de outras “igrejas”, que aproveitando o fato do pouco conhecimento religioso de boa parte dos católicos, converte-os às suas respectivas religiões usando, para isso, de artimanhas verdadeiramente anti-ecumênicas.

De uma forma ou de outra, a própria Igreja Católica reconhece que é necessário uma nova evangelização, buscando aprofundar as raízes de todos os fiéis católicos, bem como de todos os homens de boa vontade.

Primeira grande divisão no Cristianismo

Relembremos que a primeira grande divisão dentro do Cristianismo ocorreu em 1054 D.C. (aproximadamente mil anos após a fundação da Igreja). É o que se chama de Cisma Oriental. Antes disso, grandes polêmicas tinham surgido dentro do seio do Cristianismo mas, mesmo assim, sempre se chegava a um consenso geral através da realização de grandes Concílios Ecumênicos, que reuniam bispos de todo o mundo até então conhecido. 

Aqueles que não se adequavam às decisões eram afastados da Igreja, criando - como hoje em dia - comunidades heréticas que o próprio tempo tratou de exterminá-las. Mas o Cisma Oriental foi a primeira divisão que realmente abalou o mundo cristão. Doutrinariamente, os orientais, baseados em Constantinopla, acusaram a Igreja do ocidente de ter acrescentado o termo filioque ao credo niceno-constantinopolitano, resultando na procedência do Espírito Santo a partir do Pai e do Filho e não apenas do Pai, como originalmente registava tal credo, o que dava a impressão que o Espírito Santo passou a "existir" após o Pai e o Filho. Muito embora a Igreja católica tenha demonstrado e comprovado que tal acréscimo nada modifica na fórmula original, nem impõe uma ordem de procedência, já que se trata do Deus único, a Igreja Ortodoxa jamais aceitou voltar à plena comunhão com a Igreja de Roma, o que bem demonstra que a divisão não ocorreu por motivo simplesmente doutrinário.

Mas então qual seria o verdadeiro motivo da separação? Política! Desde o séc. VII, Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, desejava ter os mesmos direitos da Sé de Roma, tendo conseguido obter, no máximo, o reconhecimento do privilégio da segunda, logo depois de Roma. Assim, o argumento do "acréscimo ilícito" do filioque foi usado apenas para garantir a separação na ordem política! Isso é História.

Esclarecimento sobre a Reforma Protestante

Após essa separação, uns séculos mais tarde, no século XVI, acontece a Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero. A filosofia que Lutero aprendeu na Universidade, era o aristotelismo interpretado por Guilherme Ockham e a sua escola era a chamada “via moderna”, também dita “Nominalismo”. O Nominalismo levava ao conceito de Deus Soberano Arbitrário, mais terrível do que amável, identificado com uma vontade toda-poderosa e quase caprichosa e tirânica, que tanto poderia condenar um justo como salvar um pecador sem apagar o pecado deste. 

A 2 de Julho de 1505 deu-se um fato decisivo: quando voltava da casa de seus pais para Erfurt, onde morava, quase foi fulminado por um raio. Impressionado, Lutero exclamou: “Ajuda-me, Santa Ana, e serei frade!”. Confessou posteriormente que se arrependeu de ter feito tal voto; os amigos quiseram-no dissuadir de cumpri-lo, mas Lutero julgava-se obrigado a fazê-lo; nem o pai conseguiu desviá-lo do propósito. Sendo assim, catorze dias após proferir o voto, ou seja, em 16/07/1505, Lutero, com vinte e dois anos de idade incompletos, entrou no convento dos Agostinianos de Erfurt, tido como uma casa religiosa de observância fervorosa. 

No convento, o frade improvisado procurou cumprir a Regra, orando, jejuando, obedecendo, vivendo em castidade. Todavia sentia-se angustiado e inquieto pelo temor de não estar a agradar a Deus. De modo especial perturbava-o a incerteza da predestinação: estaria ele irremediavelmente destinado ao inferno? Era-lhe difícil conceber uma resposta, visto que a filosofia nominalista que aprendera, lhe insuflava a idéia de um Deus misteriosamente arbitrário em seus desígnios e tremendamente justiceiro, em vez do conceito de um Pai misericordioso, cuja vontade salvífica universal se evidencia no fato de ter entregado o seu Filho pela salvação dos homens. Durante esta crise, confessa Lutero que “não amava, mas odiava o Deus justiceiro, que castigava os pecadores e, se não blasfemava em silêncio, ao menos murmurava, terrivelmente indignado contra Deus”. Atormentado por dúvidas e remorsos, corria a confessar-se, acusando culpas que talvez não fossem tais senão na sua imaginação altamente excitada. Afinal o Deus tirânico que ele forjara, não era o Deus da Tradição cristã, mas sim o Deus sugerido pelo regime de educação severa e ela formação filosófica que recebera. 

Em 1515, Lutero foi designado pelos Superiores da Ordem de S. Agostinho para lecionar as epístolas de São Paulo. Lendo e meditando tais textos, o frade foi descobrindo a solução do seu problema, que constava de dois princípios básicos:
· O pecado deteriorou irremediavelmente a natureza humana, de modo que o homem é incapaz, por si, de praticar o bem, nem tem liberdade para isso. Precisa da graça para fazer boas obras; mas mesmo as obras boas dos Santos são más: “Mesmo praticando boas obras, pecamos”. O pecado permanece sempre, porque a concupiscência desregrada também permanece sempre; o Batismo não a extingue.
· Se somos sempre pecadores, não são as nossas boas obras que nos salvam, mas a fé ou a confiança em Cristo. Se alguém tem fé, Deus deixa de imputar os seus pecados e aplica-lhe os méritos de Cristo. A esta modalidade de justificação, Lutero chama de “imputativa, forense, judiciária e não ontológica”. Não há regeneração e santificação real da alma humana. O homem é simultaneamente justo e pecador: pecador na realidade e justo na aparência que Deus dele faz; justo porque tem fé em Cristo, pecador porque não cumpre a lei e não está isento da concupiscência desregrada: “De modo nenhum nos condena o facto de sermos pecadores, contanto que desejemos ser justos... Convém, pois, permanecer nos pecados e gemer por nos libertarmos deles na esperança da misericórdia de Deus”.

          A Teologia ensina que o sentir a concupiscência não é pecado se o cristão não lhe dá consentimento. Mas, em virtude de sua formação ockhamista, Lutero valorizava o sentir, mais do que o raciocínio, de modo que sentir a vontade, mesmo sem lhe consentir, já lhe parecia ser pecado. Em síntese, Lutero julgava que a concupiscência desregrada é o próprio pecado original. Visto que aquela jamais se extingue no homem, segue-se que o pecado original não é apagado pelo Batismo; por isto todo homem é corrupto e rejeitado pela santidade de Deus; em tudo o que ele faça (mesmo nas boas obras), ele peca; a vontade não é livre para praticar o bem. Donde se conclui que a justificação se faz unicamente pela fé, dom de Deus, sem colaboração ativa do homem. Foi sobre este pano de fundo que sobreveio o episódio das indulgências.

As indulgências e a Reforma Protestante

          A temática das indulgências é geralmente mal entendida e relatada por historiadores profanos que descrevem a reforma luterana. Aqui apresentaremos apenas os fatos como se deram na época de Lutero, influindo sobre as atitudes do frade agostiniano. Em 1514 teve origem na Alemanha uma situação pouco honesta. Com efeito, Alberto de Hohenzollem, com 24 anos de idade, foi nomeado Arcebispo de Magdeburgo (em Fevereiro) e Administrador Apostólico de Halberstadt (em Setembro). No ano seguinte, o cabido de Mogúncia elegeu-o para esta diocese primacial da Alemanha. Caso aceitasse a eleição, teria que renunciar às duas outras dioceses. 

Suplicou, porém, ao Papa Leão X que lhe permitisse acumular as três dioceses--o que não era oportuno para a vida pastoral dos diocesanos. Todavia, o Pontífice permitiu, por razões de conveniência ocasional, contanto que pagasse à Câmara Apostólica 10.000 ducados de ouro por tal dispensa, além dos 14.000 florins renanos já desembolsados para receber o palio (insígnia) de arcebispo e a confirmação pontifícia. Para pagar tal dívida, Alberto resolveu pedir emprestado ao banqueiro Tiago Függer, de Ausburgo, a quantia de 21.000 ducados e 500 florins, equivalente aproximadamente a 29.000 florins renanos.

A fim de conseguir reembolsar ao banqueiro, os príncipes eleitores Alberto e seu irmão Joaquim entenderam-se com a Cúria Romana no sentido de se promover a pregação de indulgências nas três dioceses de Alberto e no território de Brandenburgo submetido a Joaquim de Hochenzollern, sob a condição de que a metade do dinheiro arrecadado se destinasse à construção da basílica de São Pedro em Roma e a outra metade ficasse para Alberto, arcebispo de Mogúncia. Em Outubro de 1515 o Imperador Maximiliano interveio, exigindo durante três anos a contribuição de mil florins anuais em favor da igreja de São Tiago em Innsbrück.
 
A pregação dessas indulgências foi confiada ao frade dominicano João Tetzel, fervente pregador e de costumes íntegros, mas mais orador popular do que autêntico teólogo. Com retórica tratou de comover e convencer os fiéis a dar sua contribuição. Não vendia bulas papais que prometessem o perdão dos pecados, como se tem dito, mas soube usar de dialéctica abusiva e imprudente, o que, em parte, se compreende pelo facto de que o seu trabalho era controlado por funcionários do banqueiro Függer. Tetzel seguia as normas estabelecidas por Alberto de Mogúncia no libelo “Instructio Summaria pro Subcommissariis”. Deve-se confessar que todo esse plano de arrecadar dinheiro e as suas finalidades não merecem aprovação.
 
Quando a “Instructio Summaria” chegou às mãos de Martinho Lutero, este insurgiu-se “como um cavalo cego”, e protestou energicamente junto ao respectivo autor, Alberto de Mogúncia. Escreveu, indignado, uma carta de protesto ao arcebispo de Mogúncia, enviando-lhe também um exemplar das suas teses. A carta pedia que fosse retirada de circulação a “Instructio” e corrigido o modo de pregar as indulgências.
 
Diante da intransigência do Papa Leão X, Lutero confirma, desenvolve e endurece as suas posições. Tem início a Reforma. Em 1521, é declarado herético, mas já tem adeptos no seio do Império. Refugia-se junto de Frederico da Saxónia, traduz a Bíblia para alemão, casando-se em 1525. Numerosos discípulos vêm posteriormente apoiar a sua obra doutrinal. Publica em 1530 A Confissão de Augsburgo, carta do luteranismo que, em 1555, se torna oficial em certos Estados do império.
 
Os princípios da Reforma e as suas correntes não pararam de crescer por toda a Europa provocando o nascimento de numerosas “igrejas particulares”, por causa das divergências de doutrina, sendo as principais, a Igreja Luterana, fundada pelo próprio Lutero e a Igreja Reformada fundada por Calvino. Pode se dizer que as outras saíram destas duas: batistas, metodistas, presbiterianas, pentecostais, adventistas; etc.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

A SEMANA das semanas

 Avançamos mar adentro nas águas da Semana Santa. Mesmo que muitos não tenham feito mortificações, recordando com a Igreja o sofrimento dos primeiros Cristãos, ou se mortificando para alcançarem graças da época da Quaresma. E mesmo que, o nosso sacrifício seja tão fraco e pequeno, por outro lado, o Tempo da Paixão nos estabelece um novo parorama diante da Cruz do nosso Salvador. Ali então, se tivermos sido generosos nas quatro primeiras semanas, descobriremos maravilhados tantos reflexos luminosos do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. E esta palavra - Sacrifício - soará em nossos ouvidos e vibrará em nosso peito no seu significado profundo: Sacrum facere - fazer o sagrado.

De fato, o Pai enviou o seu próprio Filho, Deus de Deus, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, com esta missão específica. Qual? Alguns dirão que Cristo veio ao mundo para pregar o Evangelho; outros que veio ensinar aos homens o caminho da paz. E têm razão. Mas nem a pregação do Evangelho nem a paz que lhe segue, podem manifestar o fundo da missão do Messias. Ele veio para oferecer um único Sacrifício agradável ao Pai, um Sacrifício Propiciatório e Perfeito.

São Paulo não deixa de advertir aos hebreus que a doutrina sobre o Cristo Sacerdote e sobre o seu ÚNICO SACRIFÍCIO é elevada e exige do fiel já ter perseverado na vida de oração e de estudo das Escrituras. Não são os rudimentos, mas as coisas mais elevadas da doutrina. (Hebreus, 5) E como o Apóstolo se dirige aos Hebreus convertidos ao Cristianismo, adverte-os sobre o perigo de cairem na apostasia diante da elevação do seu ensinamento e reza para que aqueles seus filhos perseverem na fé. (Hebreus, cap. 6) E que doutrina! Deixo aos leitores buscarem no próprio texto da Epístola a descrição precisa, minuciosa, dessa lindíssima doutrina sobre o Sacerdócio de Cristo (Hebreus, cap. 5 a 7).

A idéia principal de S. Paulo é mostrar que o sacerdócio de Cristo e o Sacrifício próprio desse sacerdócio não é deste mundo. Se fosse um sacerdócio humano, como o da Antiga Lei, diz o Apóstolo, Cristo nem sacerdote seria, pois não era da tribo de Levi, mas sim da tribo real de Judá, da casa do rei Davi. E ele conclui dizendo:

"Mas Cristo recebeu um ministério tanto mais elevado quanto é mediador de melhor aliança, a qual foi estabelecida sobre melhores promessas. Pois se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, não se procuraria uma segunda (Hebreus 8, 6-7).

É no profeta Jeremias que São Paulo vai apoiar esta afirmação. Ele cita a passagem indicando que se trata de uma repreensão de Deus a seu povo:

"Eis virão dias, diz o Senhor, em que eu contrairei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma nova aliança, não como a aliança que fiz com seus pais no dia em que lhes peguei pela mão para os tirar da terra do Egito; visto que eles não perseveraram na minha aliança... (Jeremias 31, 31-34).

Mas Cristo, vindo como Pontífice dos bens futuros, passando pelo meio de um tabernáculo mais excelente e perfeito, não feito por mão de homem, isto é, não desta criação, e não com sangue de bodes ou dos bezerros, mas com seu próprio sangue, entrou uma só vez no Santo dos Santos, depois de ter adquirido uma redenção eterna." (Hebreus 9, 9-12)

Eis que a doutrina santa, revelada, luminosa, do santo Apóstolo vem esclarecer para nós o Tempo da Paixão, vem elevar nossas almas para que não deixemos passar um só minuto desses dias santificados sem estarmos concentrados na Cruz do nosso Deus, do nosso Redentor. Só ela nos trouxe a salvação; só ela é sinal eficaz de uma Aliança verdadeira que nos liga para sempre com o Messias, anunciado com tanta precisão pelos profetas, realizado com toda perfeição pela vida, pela morte e pela ressurreição de Jesus Cristo.

É neste espírito que entramos no Tempo da Paixão, meditando no único sacrifício, holocausto verdadeiro e eficaz que nos traz a salvação.

NÓS VOS ADORAMOS E BENDIZEMOS, Ó JESUS!
QUE PELA VOSSA SANTA CRUZ REMISTES O MUNDO!
 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

CONTINUAÇÃO - PORQUE SOU CATÓLICO


Capítulo I

O Nascimento da Igreja

            Em primeiro lugar, gostaríamos de esclarecer onde, como e quando teve origem a chamada Igreja Católica. A palavra “Igreja” explica-se claramente pela sua origem latina Ecclesia, que significa «assembléia». Na verdade, designa a reunião dos primeiros cristãos para celebrar a Eucaristia, mas também o edifício, a construção na qual se desenrola esta celebração e o local de encontro da comunidade. O termo “católica” vem do grego katholikos e significa «universal», estando em conformidade com o desejo do seu fundador, JESUS CRISTO: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15). Como já foi dito, a Igreja tem origem divina (Jesus Cristo: verdadeiro homem e verdadeiro Deus). Mas antes mesmo de ser fundada, Jesus fez questão de manifestar esta sua vontade e interesse divino aos seus Apóstolos.
É no Evangelho de São Mateus que podemos confirmar este seu desejo: “Ao chegar à região de Cesárea de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céus; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu” (Mt 16, 13-19). Assim, vemos que Jesus promete edificar a Sua Igreja sobre Pedro que, momentos antes testemunhara em seu nome e no dos demais Apóstolos a Messiandade e Filiação Divina de Cristo. A Igreja de Jesus terá como principal característica a indestrutibilidade, mesmo quando sondada pelas artimanhas do demônio.
            A Igreja, portanto, ainda não havia sido fundada, mas já tinha o seu chefe (Papa) escolhido entre os discípulos: é Pedro que recebe as chaves do Reino, com o poder de ligar e desligar as coisas do Céu. Posteriormente, Jesus volta a falar da Sua futura Igreja, confirmando a sua autoridade perante os seus fiéis: “Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreendo-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganhado o teu irmão. Se não te der ouvidos, toma contigo uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a atender a própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu” (Mt 18, 15-18).
Vemos assim que o pecador que não escutasse o seu irmão e fosse entregue à Igreja, se ainda assim permanecesse no pecado, não ouvindo os seus irmãos na fé e nem, por último, a Igreja (isto é, não se submetendo à autoridade eclesiástica), deveria ser excluído da comunidade cristã [eis aqui a remota origem da excomunhão]. O versículo 18 estende o poder de “ligar e desligar” aos demais apóstolos, porém, sem retirar de Pedro a primazia (= chaves) sobre os demais, como podemos confirmar nas passagens que se seguem: “E o Senhor disse: «Simão, Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.»” (Lc 22, 31-32); “Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de Jonas, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.» Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.» E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: “Tu és deveras meu amigo?”Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21, 15-17). Temos, então, que a Igreja do Senhor foi fundada após a ressurreição de Jesus. É o livro dos Atos dos Apóstolos (segunda parte dos escritos de Lucas, já que a primeira é o seu Evangelho), a partir do capítulo 1, versículo 12, que oferece os dados mais importantes sobre o início da Igreja.        Poucos dias antes da fundação oficial da Igreja, em aparição aos seus discípulos e antes de ascender aos céus, Jesus promete-lhes o Espírito Santo para que o Evangelho possa atingir todas as nações: “Estavam todos reunidos, quando lhe perguntaram: «Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?» Respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade. Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria e até aos confins do mundo» (Act 1, 6-8). Assim, os discípulos aguardam em Jerusalém a vinda do Espírito Santo, que marcará o início da Igreja e, enquanto esperam, elegem o substituto para a vaga deixada por Judas Iscariotes, o traidor que cometera suicídio: “… designaram dois: José de apelido Barsabás, chamado Justo, e Matias. Fizeram, então, a seguinte oração: «Senhor, Tu que conheces o coração de todos, indica-nos qual destes dois escolheste para ocupar, no ministério apostólico, o lugar abandonado por Judas, que foi para o lugar que merecia. “Depois, tiraram a sorte, e a sorte caiu em Matias, que foi incluído entre os onze Apóstolos” (Act 1, 15-26).

A Igreja e o Espírito Santo

            Chega, então, o dia da festa de Pentecostes e os Apóstolos estão todos reunidos no Cenáculo; eis que de repente se cumpre a promessa de Jesus e o Espírito Santo vem sobre todos os discípulos que começam a pregar a Palavra de Deus em vários idiomas, de forma que pudessem ser compreendidos por todos, especialmente pelos estrangeiros que estavam presentes em Jerusalém para as festividades. Como poderiam aqueles homens rudes — boa parte compostos por pescadores ignorantes – estarem demonstrando cultura, expressando-se perfeitamente em línguas que jamais tiveram oportunidade de conhecer: “Quando chegou o dia de Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar. De repente, ressoou vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde eles se encontravam. Viram então aparecer umas línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem. Ora, residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou estupefata, pois cada um os ouvia falar na sua própria língua” (At 2, 1-6). Pedro aproveita a oportunidade e, como líder primaz da Igreja, discursa testemunhado fervorosamente a favor de Jesus Cristo e obtém a conversão de aproximadamente 3000 pessoas de uma só vez! É a ação do Espírito Santo em favor da sua Igreja (At 2, 14-41). Essa comunidade cristã passa-se a reunir no primeiro dia da semana (Domingo), recordando o dia da ressurreição de Jesus, para a realização da fração do pão e orações, isto é, para celebrarem a Santa Missa na sua forma mais primitiva: “Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações” (Act 2, 42). Mas a Igreja deve ainda pregar as boas novas de Jesus a todos os povos e, para isso, necessita de missionários que estejam dispostos a partir para outras nações. É certo que todos os Apóstolos partiram em missão, permanecendo apenas Tiago, parente de Jesus, em Jerusalém. Para aumentar a expansão da Igreja pelo mundo pagão, o próprio Senhor seleciona a dedo um dos seus grandes perseguidores: Saulo de Tarso. Após converter-se por intermédio de uma visão particular de Jesus (At 9, 3-9) e mudar o seu nome para Paulo, este ex-perseguidor passa a ser o principal missionário da Igreja primitiva, e realiza importantes pregações entre os pagãos, podendo ainda ter atingido a Espanha! (Rom 15, 24-28). A Igreja cresce e a hierarquia começa a surgir, com a nomeação de presbíteros e diáconos para liderar as várias comunidades que surgem a partir de então: “Por esses dias, como o número de discípulos ia aumentado, houve queixas dos helenistas contra os hebreus, porque as suas viúvas eram esquecidas no serviço diário. Os Doze convocaram, então, a assembléia dos discípulos e disseram: «Não convém deixarmos a palavra de Deus, para servirmos às mesas. Irmãos. É melhor procurardes entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria; confiar-lhes-emos essa tarefa. Quanto a nós, entregar-nos-emos assiduamente à oração e ao serviço da Palavra.» A proposta agradou a toda a assembléia e escolheram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócuro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito (convertido) de Antioquia. Foram apresentados aos Apóstolos que, depois de orarem, lhes impuseram as mãos. A palavra de Deus ia-se espalhando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém, e grande número de sacerdotes obedeciam à Fé ” (At 6, 1-7). Porém, como a mensagem cristã foi primeiramente voltada para os judeus, surgindo as primeiras conversões a partir desse grupo, logo, com a conversão dos gentios (pagãos), surgiu um dilema: estariam estes obrigados a seguir a Lei de Moisés como os judeus? Os missionários judaizantes (cristãos convertidos do judaísmo) por conta própria, começam a impor as regras mosaicas - inclusive a circuncisão – também para os gentios e, em pouco tempo, passam a confrontar Paulo diretamente, que defendia a não validade da Lei para estes. A solução para o problema é obtida mediante um Concílio reunido em Jerusalém (At 15), onde os Apóstolos, seguindo a orientação de São Pedro (o 1º Papa), decidem que os gentios não estão obrigados a observar a Lei mosaica, com exceção de pouquíssimos detalhes claramente disciplinares e, por isso mesmo, de aplicação temporária. Estava agora a Igreja - por inspiração do Espírito Santo - liberta de uma vez por todas das correntes que a prendia ao judaísmo e, daí para frente, expandiu-se por todo o mundo, tornando a mensagem salvífica de Cristo, “Universal” (Católica), isto é, conhecida por todos os povos e guardando até hoje, com respeito e cuidado, o sagrado Depósito da Fé (Doutrina da Igreja Católica). Mas para o sucesso da expansão do Evangelho, foi primordial a mudança estratégica da sede da Igreja, deixando Jerusalém e estabelecendo-se definitivamente em Roma, de onde partiam todas as estradas para o mundo até então conhecido, o que certamente facilitou as missões: “Manda-vos saudações a comunidade dos eleitos que está em Babilônia e, em particular, Marcos, meu filho” (1 Pe 5, 13).

Características da Igreja de Cristo

            Concluindo, percebemos que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo possui várias características:

1.      É Una: porque tem um só Senhor, Jesus Cristo, professa uma só fé, nasce dum só Batismo e forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista duma única esperança: Ressurreição. Confirmemos: “Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos” (Ef 4, 4-6).
2.      É Santa: porque o seu autor é o Deus Santíssimo; Cristo, seu Esposo, por ela Se entregou para santificá-la; vivifica-a o Espírito de Santidade. Embora encerre pecadores no seu seio, ela é SEM PECADO, FEITA POR PECADORES. Nos Santos brilha a sua santidade; em Maria, mãe do Salvador, ela já é totalmente santa.
3.      É Católica: porque anuncia a totalidade da Fé; é enviada a anunciar o Evangelho a todos os povos, dirigindo-se a todos os homens, abrangendo todos os tempos; é por sua própria natureza, missionária.
4.      É Apostólica: porque está edificada sobre alicerces duradouros, que são “os Doze Apóstolos do Cordeiro” (Ap 21,14) ; é indestrutível; é infalivelmente mantida na verdade: Cristo é quem a governa por meio de Pedro e dos outros Apóstolos, presentes nos seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos.
5.      É Romana: porque o chefe visível da Igreja (o Papa) está estabelecido em Roma; com ele, todos os Bispos do mundo devem estar em plena comunhão (At 15). [Observação: o título “romana” não tem sentido de nacionalidade ou restrição, em contraste com o título “Católica”, que tem o sentido de universalidade; “romana” simplesmente indica a localização da sede mundial da Igreja, e apenas isso]. De modo semelhante, o próprio Jesus, Salvador de todos os homens, foi chamado “Nazareno”, porque, convivendo com os homens, precisava de um endereço, que foi a cidade de Nazaré.

            Convém também esclarecer que a expressão “Igreja Católica” teve origem por volta do ano 107 D.C., sob a pena de S. Inácio, Bispo de Antioquia, o qual escreveu: “Onde quer que se apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus nos assegura a presença da Igreja Católica”. É bom lembrar que, já nessa altura, existiam correntes ou “igrejinhas” heréticas, separadas da Igreja grande, fundamentando a necessidade de dar um nome à Igreja autêntica e única fundada por Jesus Cristo.

CONTINUA...

TESTEMUNHO DE UMA CONVERSÃO - POR QUE SOU CATÓLICO? POR CAUSA DE COISAS ASSIM...

Leandro na infância, vivia com vovó Maria. Com dois anos e meio de idade, desenvolveu uma doença grave no intestino. Foi desenganado pelos médicos. Sua vovó num ato de desespero, levou-o à capela do hospital e diante da imagem de Nossa Senhora, entre lágrimas fez uma oração dizendo: “Minha Senhora, você sabe como é difícil perder um filho, não deixe que o meu morra”. Saiu da capela e foi levando o menino para casa, alegando ao médico que se fosse para ele morrer que morresse perto dela, em casa.  Doutor receitou vários medicamentos e o liberou.
                  
Chegando em casa, Dona Maria não deu nenhum remédio  para o neto e o alimentou com feijão, arroz, carne, etc. Aos poucos o menino foi ficando corado, forte e bonito. Na adolescência, por problemas familiares, o garoto foi morar com uma tia, da igreja evangélica Quadrangular. Educou o jovem na sua religião. O rapaz  assumiu com garra os ensinamentos da Igreja Evangélica e dedicou-se  no estudo da Sagrada Escritura, porque queria ser Pastor. Na medida em que estudava a Bíblia, aumentava sua aversão pelo catolicismo. Foi nomeado pastor numa cidade pequena, Farol que fica perto de Campo Mourão. Ali ele foi arrastando a maioria de católicos mornos para sua Igreja. Visitava as famílias e as convencia sobre a idolatria. As pessoas entregavam as imagens de santos sem muita resistência. Ele as levava para sua casa e no meio de zombaria, gargalhadas, destruía tudo. Uma Imagem de Nossa Senhora Aparecida não conseguiu destruir e nem queimar. Jogou-a no lixeiro, alegando sarcasticamente que, um dia alguém a encontraria em algum rio...
                    
Leandro era um Pastor incansável e foi convidado para participar de uma convenção, em Curitiba. Como pernoitasse lá, ele e mais dois participantes não estavam com sono e saíram para evangelizar quem quer que fosse. Pobres, mendigos, etc. Estando eles na praça, viram uma senhora aparentando 60 anos, vindo em sua direção com um terço e uma Bíblia na mão. Leandro falou: “Vou evangelizar essa católica, idólatra. Outros tiraram sarro lhe dizendo: Cuidado para ela não arrastar você pro lado de lá”. E riam... Chegando perto deles, a senhora olhou para o Leandro e disse  que a Nossa Senhora iria visitá-lo e fazer uma obra grandiosa na vida dele.E se retirou... O ardente Pastor ficou encucado. ¨Que visita??¨ ¨Que obra¨.  E murchou!!  Claro! Os companheiros tiraram uma casquinha dele... A convenção acabou, voltaram para casa. Por aqueles dias, Leandro foi convidado para ministrar uma palestra com o tema A fidelidade na bíblia. Na hora de preparar o assunto, abriu a Sagrada Escritura justo na passagem da Anunciação do Nascimento de Jesus. Pensou.:..¨Caramba! Logo aqui! Eu falar sobre a Maria dos católicos... Mas, preparou e o tema foi: MARIA EXEMPLO DE MÃE E SERVA FIEL. Ministrou a palestra que caiu como uma “bomba” na igreja Quadrangular. Os Pastores fizeram uma reunião e chamaram-no para discipliná-lo.

_¨Como! você então resolveu  falar da Maria dos católicos na nossa igreja? Explique isso? Pensou na repercussão  que isso vai dar??!!
                      
O pastor valente sentiu-se acuado e medroso. No seu pensamento cozinhava idéias sobre a Bíblia. Segundo ele, teve uma luz do Espírito Santo e desafiou a assembléia: ¨Ok! Na Escritura Sagrada consta que Moisés um homem íntegro e fiel a Deus, matou um homem e enterrou na areia. Davi, muito bom, fazia salmos, amava Deus além de ser assassino se deu a luxuria.  ‘Apontem-me um só pecado que Maria fez e que a Bíblia prova’. Silêncio total na sala... _‘Pois é, a partir de hoje eu me demito como pastor, de agora em diante vou freqüentar a igreja como um simples participante’ e saiu... Leandro participava dos cultos sem ânimo. Ficava no fundo da igreja, cada vez mais atolado no seu “NADA.”
                       
Elírio, um carismático católico, entra na história de Leandro. Convida-o para missa e adoração do Santíssimo, após à missa. Com muita insistência obedeceu ao amigo e foi. Sentou bem atrás e permaneceu assim. Criticando tudo, mentalmente. Na hora da adoração, “vichi”... A coisa pegou: “onde já se viu adorar um recipiente de ouro, dizendo que o Jesus está lá”. Porém foi agüentando firme lá, no banco. Os cristãos começaram a cantar hinos de louvor acompanhado de alguns instrumentos. A Adoração foi ficando bonita e ele sentiu-se inebriado gostando porque ali, também tinha louvor a Deus. Vários convites foram feitos pelos carismáticos e aos poucos os amigos o convenceram de participar das missas e eventos.
                     
A família toda evangélica, descobriu e foi outra “bomba”! Começaram a rejeitá-lo, debochavam alegando que agora ele pertence para Maria dos católicos, etc, etc. O clima ficou tão pesado que  o rapaz não suportou e voltou para casa da Vó  que o acolheu com alegria porque é única que é católica. No dia 03 de junho de 2010, voltando ele da Missa resolveu passar a noite na casa da mãe dele. Sentiu muito sono e foi dormir cedo. Pelas 02h30m. Da madrugada acordou bem disperto. Logo sentiu um carinho meio estranho na sua cabeça. Imaginou que a mãe não podia ser porque isso ele tinha só, quando era bem pequeno e era diferente. Ele sentia algo estranho e ficou com muito medo, pavor! O quarto onde estava encheu-se de luz, muita luz.  Sua mãe gritava do quarto dela para ele apagar a luz da sala.

Porém ele tinha certeza que a luz estava apagada e essa claridade era diferente. Tomado de pavor, não queria virar o rosto para o lado da claridade e algo alisava seu cabelo. Buscou coragem e virou-se rápido. Viu uma mulher muito linda, suspensa no ar perto dele. Estava vestida com uma túnica branca e um manto azul bem clarinho que cobria sua cabeça e escorria pela túnica. Ela deu um sorriso e falou: “Você é muito amado” e desapareceu. O ambiente encheu-se de tanto cheiro de rosas que a mãe ficou impressionada, porém Leandro não lhe contou nada.  Foram se passando dias e o perfume de rosas continuava.  Sua mãe ficou muito preocupada, procurando rosas dentro de casa, foi aí que Leandro contou e levou um belo deboche: “É Maria dos católicos”¨. E riu... No dia 17 de junho de 2010, depois da missa novamente, foi para casa da mãe. 

À noite foi dormir mais cedo, estava pressentindo que algo iria acontecer. Leu um trecho da Bíblia e deitou. Logo viu a mesma claridade no seu quarto. Nossa senhora apareceu-lhe do mesmo jeito e com sorriso, disse: ¨Você é muito amado. Tinha duas alianças na mão e colocou uma no dedo de Leandro, fechou o punho e ficou com outra. Solicitou um papel e uma caneta e mandou-o escrever o que Ela iria ditar:  

- Diga aos meus filhos que o filho de satanás, o iníquo, nascerá entre Vós. Vigiai e Orai. Sela isso.
- Diga aos meus filhos também, que haverá união entre os cristãos. Protestantes se unirão a Santa Igreja.
- Rezai a Jesus Misericordioso, sem cessar.
- Diga aos meus filhos que depois disto, haverá uma grande tribulação e perseguição dos cristãos no mundo e no Brasil.
- E virá a amada noiva de Cristo. Um grande avivamento sobrenatural, onde grandes sinais, prodígios e maravilhas acontecerão.
- Haverá grandes catástrofes pela multiplicação dos pecados dos homens.
- “Orai a Jesus Misericordioso.” Depois disto Ela desapareceu, exalando o perfume de rosas.
  
Hoje, Leandro é convertido ao catolicismo, trabalha na renovação carismática e é ministro de oração por cura da libertação. Tem muita ansiedade em acertar os caminhos de Deus.Amém!
----------------------------------------------------------------------
Devoção a Jesus Misericordioso está bem explicada aqui, as palavras de Jesus são firmes e acima de tudo, cheia de piedade e misericórdia. Só posso dizer uma coisa: entender os mistérios, não basta apenas a MENTE (inteligência), mas acima de tudo a humildade e o amor a Ele.

FONTE 

domingo, 3 de abril de 2011

FORMAÇÃO III: PORQUE SOU CATÓLICO??

FORMAÇÃO II: FORA DA IGREJA CATÓLICA, NÃO HÁ SALVAÇÃO

FORMAÇÃO I: SER CATÓLICO É... AMAR A ÚNICA IGREJA VERDADEIRA FUNDADA POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

“Eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela”. (Mt 16,18).

Cristo mandou aos santos Apóstolos, sob a chefia de São Pedro Apóstolo, que governassem e ensinassem sua Igreja; e Ele próprio instituiu a Santa Missa e os Sacramentos com meios para a santificação de todas as pessoas. Finalmente, Jesus Cristo garantiu-lhes que sua presença seria contínua dizendo: “Eu estarei convosco todos os dias até a consumação dos tempos” (Mt 28,19.20). A Igreja é portanto, a união de Cristo com a Humanidade numa sociedade hierárquicamente organizada.

São Paulo Apóstolo afirma: “É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e a sua Igreja” (Ef 5,32). “A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da Comunhão de Deus e dos homens” (CIC Nº 780). São João Crisóstomo (350-407), exortava: “Não te afaste da Igreja: Nada é mais forte do que ela. Ela é a tua esperança, o teu refúgio. Ela é mais alta que o céu e mais vasta que a terra. Ela nunca envelhece”.

A Esposa de Cristo não pode ser adulterada, ela é incorrupta e pura, não conhece mais que uma só casa, guarda com casto pudor a santidade do único tálamo. Ela nos conserva para Deus, entrega ao reino os filhos que gerou. Quem se aparta da Igreja e se junta a uma adultera, separa-se das promessas da Igreja. Quem deixa a Igreja de Cristo não alcançará os prêmios de Cristo. É um estranho, um profano, um inimigo. Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe. Se alguém se pôde salvar dos que ficaram fora da arca de Noé, também se salvará os que estiverem fora da Igreja. O Senhor nos admoesta e diz: “Quem não está comigo está contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa” (Mt 12,30). Torna-se adversário de Cristo quem rompe a paz e a concórdia de Cristo; aquele que noutra parte recolhe, fora da Igreja, dispersa a Igreja de Cristo”.

“FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO”

  A Igreja é una pela sua fonte: “Deste mistério, o modelo supremo e o princípio é a unidade de um só Deus na Trindade de Pessoas, Pai e Filho e Espírito Santo”. A Igreja é una pelo seu Fundador: “Pois o próprio Filho encarnado, príncipe da paz, por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos em um só Povo, em um só Corpo”. A Igreja é una pela sua “alma”: “O Espírito Santo que habita nos crentes, que plenifica e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e os une tão intimamente em Cristo, que ele é o principio de Unidade da Igreja”(CIC Nº 813). “Que estupendo mistério! Há um único Pai do universo, um único Logos do universo e também um único Espírito Santo, idêntico em todo lugar, há também uma única virgem que se tornou mãe, e me agrada chamá-la Igreja” afirma São Clemente de Alexandria (C.155 – C.225).   “A única Igreja de Cristo, … é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la … 

Para entender a santidade da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, devemos examinar a Igreja em seus dois aspectos inseparáveis: enquanto é divina, a Igreja é imaculada, indefectível, infalível, imutável, perfeita; enquanto é humana, a Igreja muda, evolui e cresce, e pode apresentar imperfeições passageiras por causa dos homens que a forma. Um sacerdote, um bispo e até um papa podem descuidar de seus deveres, mas isto não impede que a Esposa de Cristo, a Igreja, continue sempre santa, imaculada, gloriosa e irrepreensível em seu aspecto divino. A Santa Igreja de Deus foi, é e será santa sempre em razão:

1) de sua alma que é o próprio Espírito Santo (Mt 3,11;28,19; At 2,4; Ef 1,13.14).

2) de sua cabeça que é Cristo, o santo dos santos (Cl 1,18; Ap1,13-18).

3) de seu fim que consiste na sua santificação das almas (1 Cor 1,2; Ef 1,2-4; Cl 3,12; 1 Tess 4,3; 1 Pd 1,15-16).

4) de seus meios que são sua doutrina, sua moral, seu culto, seus sacramentos, seu sacrifício Eucarístico em que se oferece continuamente a Deus Pai “uma hóstia pura, santa imaculada (Jo 6,53-58;15,12-14)”.

5) de muitos de seus membros que são santos: seus pobres de espírito, seus mansos, seus aflitos, seus justos, seus misericordiosos, seus apuros de coração, seus pacificadores, seus perseguidos por causa da justiça, isto é, seus inumeráveis santos e mártires (canonizados ou anônimos) de ontem e de hoje.

 A Igreja é o Corpo de Cristo e é santificado por Ele mesmo; e, por Ele e nele torna-se santificante. Nós sabemos que a Igreja é santa e perfeita, todavia, seus filhos são pecadores e imperfeitos. Os inimigos da Igreja não sabem distinguir uma da outra. Quando seus filhos erram, a Santa Madre Igreja recebe ofensas terríveis. Será que os críticos não sabem que o médico pode errar, mas não a medicina? O soldado pode ser indisciplinado, mas não todo o quartel. O parlamentar pode ser corrupto, mas não todo o Congresso?

“Nada se pode conceber de mais glorioso, mais nobre, mais honroso do que pertencer à Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana, pela qual nos tornamos membros de um Corpo tão santo, somos dirigidos por um chefe tão sublime, somos penetrados por um único Espírito Divino; enfim somos alimentados neste exílio terrestre por uma só doutrina e um só Pão celeste, até que finalmente tomemos parte na única e eterna bem aventurados celeste’ ( Pio XII – Mystici Corporis Christi nº 90 – 29/06/1943)”. (1).

Está escrito na Epístola aos Hebreus: “Portanto, também nós com tal nuvem de testemunho ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” (Hb 12,1-2).  Rejeitando rigorosamente o pecado procuremos com todos o ardor do nosso coração a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12,14).  

O verdadeiro testemunho do cristão é a sua santidade! Longe dos Cristãos cardos e espinhosos para não fazer sangrar o Corpo de Cristo. Não sejamos pedras de tropeços e de escândalos a ninguém. Corramos com os olhos fixos em Cristo, para que sejamos trigo e ovelhas no pasto do santo Pastor. 

“ A Igreja… é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Pois Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o ‘único Santo’, amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu-a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus”. A Igreja é, portanto, “o Povo santo de Deus”, e seus membros são chamados “santos” (CIC Nº 823).

Conclusão

“Credo Unam, Sanctam, Catholicam et Apostolicam Ecclesiam” (“Eu creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica”). Que maravilhosa, que felicidade, sermos católicos pela graça do bom Deus. Que firmeza e serenidade professarmos a nossa fé na (“unica Christi Ecclesia… subsistit in Ecclesia catholica, a successore Petri et Episcopis in eius communione gubernata”(“única Igreja de Cristo… subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”) (LG, 8). Pertencemos ao “redil” de Jesus Cristo, à “vinha” do Senhor, à “Construção” e “templo” de Deus, à “Jerusalém celeste”, à “Esposa Imaculada do Cordeiro Imaculado” (Ef 5,25-27), (LG, 6). Só existe uma Igreja verdadeira, para um só Senhor, Mediador e Salvador, fora desta Igreja, a Católica, não há salvação. Esta Igreja é plenamente santa, em sua doutrina, em seus sacramentos, em sua divina liturgia e em seus filhos que se santificaram seguindo seus ensinamentos. É católica, ou seja, universal, porque nela está presente Cristo: “Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica)” (Santo Inácio de Antioquia). A sua missão e pregar a Boa Nova a todos os povos, em qualquer tempo e a qualquer que seja a cultura a que pertençam. Obedecer o ide do seu Pastor para formar “um só rebanho” (Mt 28,19; Jo 10,16). É apostólica porque foi constituída sobre os fundamentos dos santos Apóstolos e seus sucessores (Ef 2,20;3,5). Esta Igreja é, sobretudo, una com a tríplice unidade de Fé, de culto e de governo. Esta tríplice unidade foi providenciada por Cristo, pela instituição do Primado de Pedro e de seu sucessor, o Santo Padre, o Papa, constituído por ele “princípio perpétuo e o fundamento visível desta unidade na Fé e na Caridade” (Pastor Aeternus” DS, 3051 e LG, 18). O ínclito ‘Doutor da Graça’ Santo Agostinho, bispo de Hipona, no Norte da África afirmou magistralmente: “Alegremo-nos, portanto, e demos graças por nos termos tornado não somente cristão, mas o próprio Cristo. Compreendeis irmãos, a graça que Deus nos concedeu ao dar-nos Cristo como Cabeça? Admirai e rejubilai, nós nos tornamos Cristo. Com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça e nós somos os membros, o homem inteiro é constituído por ele e por nós. A plenitude de Cristo é, portanto, a cabeça e os membros; que significa isto: a cabeça e os membros? Cristo e a Igreja” (CIC Nº 795). “Aquele que abandona a Igreja, não espere que Jesus Cristo o recompense, é um estranho, um profano, um inimigo. Não terá Deus por Pai, quem não tiver a Igreja por Mãe” disse São Cipriano. “Quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo” disse o Papa Paulo VI. Numa expressão sublime de amor a Igreja de Cristo, o Cardeal Henri de Lubac afirmou: “A Igreja é a minha Mãe”. Nela eu nasci pelo Batismo, nela eu recebo o Corpo do Senhor, nela eu sou lavado no Sangue pela confissão, nela somos casados, nela recebemos todos as graças… nela viveremos a eternidade”.  Amamos sim, com amor abissal a Santa Igreja Católica e com ela caminhamos na estrada vida e da libertação para melhor conhecê–la, servi-la e honrá-la como obediente filho.

Pe. Inácio José do Vale
***********************************************************************

Reflexão:


1) O que é ser católico para você?
2) O que quer dizer a expressão "FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO"?
3) De onde veio o termo CATÓLICO e o que segnifica?