E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O PAI NOSSO

Não se deve inventar letra ou oração alguma para substituir o Pai Nosso. Reze-se o Pai Nosso com o texto liturgicamente previsto, sem acréscimos ou omissões. Quando for cantado, também não é permitido acrescentar nem omitir nada do texto aprovado nem o tristemente disseminado "Pai Nosso que estais nos céus, Pai Nosso que estais aqui." A oração do Pai Nosso deve ser feita tal qual está no Missal, e não com uma letra diferente, ainda que só ligeiramente alterada.

Só o sacerdote levanta as mãos, pois está rezando em nome da comunidade. Dispensável, pois, que os fiéis as levantem. Não há, entretanto, proibição expressa para isso, e muitos liturgistas experientes e bastante ortodoxos, como o Mons. Peter Elliott, consultor do Vaticano e autor de Cerimonies of the Modern Roman Rite (em espanhol, Guia Pratica de la Liturgia) e de Liturgical Question Box, não se posicionam contrários a que os fiéis também levantem as mãos. Como a questão é controvertida, somos da opinião de que, como tudo o que é dispensável em liturgia e que não esteja prescrito deve ser evitado, os fiéis não as levantem.

Não se pode, outrossim, dar as mãos durante o Pai Nosso, como é costume, infelizmente, em muitas paróquias. Além de não estar previsto no Missal, não há sentido algum em dar as mãos, eis que não aponta para o ato sacrifical, além de conferir um certo ar esotérico incompatível com a Fé católica. A origem da oração de mãos dadas está nas devoções particulares, próprias de alguns movimentos, e, em si, é lícita. Ocorre que a liturgia, por seu caráter público, não é ocasião propícia para que sejam utilizados elementos da piedade individual.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

ORAÇÃO EUCARÍSTICA (continuação)

"O Per Ipsum (por Cristo, com Cristo, em Cristo) por si mesmo é reservado somente ao sacerdote. Este Amém final deveria ser enfatizado sendo feito cantado, desde que ele é o mais importante de toda a Missa." (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Instrução Inestimabile Donum, 4)

"No fim da Oração Eucarística, o Sacerdote, tomando a patena com a hóstia e o cálice ou elevando ambos juntos, profere sozinho a doxologia "Por Cristo". Ao término, o povo aclama "Amém". Em seguida, o Sacerdote depõe a patena e o cálice sobre o corporal." (Instrução Geral do Missal Romano, 151)

"A doxologia final da Oração Eucarística é proferida somente pelo Sacerdote celebrante principal, junto com os demais concelebrantes, não, porém, pelos fiéis." (Instrução Geral do Missal Romano, 236)

Quanto a estender a mão para o altar, como que para se unir ao sacerdote, é outro ato que, além de não ser previsto pelas normas litúrgicas o que mostra sua proibição tácita, segundo o costume de interpretação da liturgia, demonstra-se estéril, desprovido de qualquer sentido. Unir-se ao sacerdote para que? Para oferecer também o sacrifício? Com que autoridade? A do Batismo, que confere aos fiéis um sacerdócio comum, não é suficiente, necessitando-se da autoridade do sacerdócio hierárquico conferido pela Ordem. Se não se pode falar a oração, tampouco fazer outro gesto com o mesmo objetivo.

O documento da Igreja que acompanha cada edição oficial do Missal em rito romano é claro ao explicar o modo de escolha da Oração Eucarística:

A escolha entre as várias Orações eucarísticas, que se encontram no Ordinário da Missa, segue, oportunamente, as seguintes normas:

a) A Oração eucarística I, ou Cânon romano, que sempre pode ser usada, é proclamada mais oportunamente, nos dias em que a Oração eucarística tem o Em comunhão próprio ou nas Missas enriquecidas com o Recebei, ó Pai, próprio, como também nas celebrações dos Apóstolos e dos Santos mencionados na mesma Oração; também nos domingos, a não ser que por motivos pastorais se prefira a Terceira Oração eucarística.

b) A oração eucarística II, por suas características particulares, é mais apropriadamente usada nos dias de semana ou em circunstâncias especiais. Embora tenha Prefácio próprio, pode igualmente ser usada com outros prefácios, sobretudo aqueles que de maneira sucinta apresentem o mistério da salvação, por exemplo, os prefácios comuns. Quando se celebra a Missa por um fiel defunto, pode-se usar a fórmula própria proposta no respectivo lugar, a saber antes do Lembrai-vos também.

c) A Oração eucarística III pode ser dita com qualquer Prefácio. Dê-se preferência a ela nos domingos e festas. Se, contudo, esta Prece for usada nas Missas pelo fiéis defuntos, pode-se tomar a fórmula especial pelo falecido, no devido lugar, ou seja, após as palavras: Reuni em vós, Pai de misericórdia todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro.

d) A Oração eucarística IV possui um Prefácio imutável e apresenta um resumo mais completo da história da salvação. Pode ser usada quando a Missa não possui Prefácio próprio, bem como nos domingos do Tempo comum. Não se pode inserir nesta Oração, devido à sua estrutura, uma fórmula especial por um fiel defunto. (Instrução Geral do Missal Romano, 365)

Além dessas preces universais, existem outras para circunstâncias especiais, compostas por diferentes conferências episcopais e aprovadas pela Santa Sé. Cada uma delas seja usada conforme a necessidade (v.g., para crianças, para celebrações que enfatizem a reconciliação etc).

Evite-se, por isso, cair no uso de apenas uma das orações, valorizando, sobretudo, o Cânon Romano, presente já na forma tradicional da Missa, dita tridentina, e preservada na reforma de Paulo VI.

Durante a Consagração, é obrigatório o silêncio! Infelizmente popularizou-se, especialmente por grupos de música ligados à espiritualidade da Renovação Carismática Católica, o costume de entoar cantos de louvor ao Santíssimo Sacramento após ou durante a Consagração. Isso está terminantemente proibido! Nem mesmo acompanhamento instrumental é permitido. É silêncio absoluto! Conferir Instrução Geral do Missal Romano, 32.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

ORAÇÃO EUCARÍSTICA

Cân. 907 “Na celebração eucarística, não é lícito aos diáconos e leigos proferir as orações, especialmente a oração eucarística, ou executar as ações próprias do sacerdote." (Código de Direito Canônico)


Por sua vez, uma instrução da Cúria Romana explicita o assunto, ao disciplinar: "Está reservado ao sacerdote, em virtude de sua ordenação, proclamar a Oração Eucarística, a qual por sua própria natureza é o ponto alto de toda a celebração. É, portanto, um abuso que algumas partes da Oração Eucarística sejam ditas pelo diácono, por um ministro subordinado ou pelos fiéis. Por outro lado isso não significa que a assembléia permanece passiva e inerte. Ela se une ao sacerdote através do silêncio e demonstra a sua participação nos vários momentos de intervenção providenciados para o curso da Oração Eucarística: as respostas no diálogo Prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da Consagração, e o Amém final depois do Per Ipsum." (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Instrução Inestimabile Donum, 4)

"A proclamação da Oração Eucarística, que por sua natureza, é pois o cume de toda a celebração, é própria e exclusiva do sacerdote, em virtude de sua mesma ordenação. Por tanto, é um abuso fazer que algumas partes da Oração Eucarística sejam pronunciadas pelo diácono, por um ministro leigo, ou ainda por um só ou por todos os fiéis juntos. A Oração Eucarística, portanto, deve ser pronunciada em sua totalidade, tão somente pelo Sacerdote." (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Instrução Redemptionis Sacramentum, 52)


A Oração Eucarística contém a Consagração, i.e., o próprio sacrifício, e também outras partes que, por sua essência, conferem os motivos pelos quais oferecemos o mesmo sacrifício. O que, por isso, não é ato sacrifical a Consagração, é ou a preparação para ele ou a explicitação das razões pelas quais oferecemos aquele. Portanto, como sacrifício ou parte essencialmente anexa, deve ser feita a Oração Eucarística pela pessoa investida na dignidade sacerdotal, dotada, pelo sacramento da Ordem, da virtude do sacerdócio de Cristo. Por conseguinte, os leigos não podem dizer nenhuma parte da Oração Eucarística, somente as respostas próprias que sejam prescritas pelo Missal. O celebrante que oferece aos leigos, ou a clérigos desprovidos da dignidade sacerdotal, que digam a Oração Eucarística, está ignorando sua posição no Corpo de Cristo, está desprezando o caráter sacrificador que foi impresso em sua alma quando do recebimento do sacramento da Ordem. Por mais que digam o contrário, há sim diferença entre o leigo e o padre, entre o sacerdócio hierárquico deste e o sacerdócio comum daquele, e diferença de essência, não apenas de grau. A Oração Eucarística não pode ser interrompida, nem mesmo para explicações pretensamente catequéticas: a melhor catequese é a liturgia bem celebrada! "O Presidente (n.a.: da celebração) não intervenha durante a Oração Eucarística." (Instrução Geral do Missal Romano, 31) Por isso, exclui-se também qualquer instrução no meio da Oração Eucarística, ainda que de poucas palavras.

A Missa é sacrifício, já sabemos. O ato próprio em que Cristo, a Vítima, é sacrificado, se dá na Consagração do pão e do vinho, que suas substâncias mudam-se no Seu Corpo e Sangue. Todavia, se a Consagração é o sacrifício em si, há um momento em que ele é oferecido ao Pai. Depois de sacrificar a vítima, devemos oferecê-la ao destinatário. Na Santa Missa, o oferecimento do sacrifício ao Pai ocorre quando o sacerdote diz o "Per Ipsum", o "Por Cristo". Pela letra do texto, vemos que se trata de um oferecimento mesmo do Cristo sacrificado durante a Consagração. Ora, tal oferecimento é ato propriamente sacerdotal, e, como tal, é feito por Jesus Cristo, único e Sumo-Sacerdote. E o modo como Jesus Sacerdote age na Missa é através dos que a Ele se unem pelo sacramento da Ordem, os padres, em virtude do qual passam esses últimos a desempenhar sua ação sacerdotal que brota de Cristo. Não há sentido nos leigos rezarem tal oração. É como se os leigos pudessem consagrar. Não se trata de simples proibição, ainda que também o seja, mas de uma afirmação da esterilidade dessa oração ser recitada por quem não goza do sacerdócio hierárquico da Igreja.


**************************************************************************************


Continua na próxima...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

4ª PARTE: OFERTÓRIO

Ordinariamente, os objetos utilizados na Liturgia Eucarística vasos sagrados, missal, dons etc devem estar não sobre o altar, mas na credência, espécie de mesa auxiliar.

Terminada a Liturgia da Palavra, o diácono prepara o altar. (cf. IGMR, 74) Nas Missas sem diácono, qualquer ministro leigo pode preparar o altar. O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice, a pala e o missal. (Instrução Geral do Missal Romano, 139)

Durante o Ofertório, os fiéis são convidados a manifestar sua gratidão a Deus mediante contribuições financeiras e, principalmente, pela união de seus corações ao de Cristo que se oferece no Sacrifício da Missa. Não se incorpore, todavia, ao rito da Missa orações não previstas pelos livros litúrgicos, como a disseminada Oração do Dizimista ou a esta assemelhadas, principalmente se substituir a Oração sobre as Oferendas, o que, neste último caso, é considerado abuso gravíssimo!

O principal ato do Ofertório, todavia, é o agradecimento que o sacerdote faz dos dons pão e vinho sobre os quais irá orar, mudando-os, na hora da Consagração, no Corpo e no Sangue do Senhor.

"Convém que a participação dos fiéis se manifeste através da oferta do pão e do vinho para a celebração da Eucaristia, ou de outras dádivas para prover às necessidades da igreja e dos pobres. As oblações dos fiéis são recebidas pelo Sacerdote, ajudado pelo acólito ou outro ministro. O pão e o vinho para a Eucaristia são levados para o celebrante, que os depõe sobre o altar, enquanto as outras dádivas são colocadas em outro lugar adequado." (Instrução Geral do Missal Romano, 140)

O celebrante eleva um pouco a patena com a hóstia, dizendo em silêncio as palavras de agradecimento. Depois, no lado do altar, derrama o vinho no cálice com um pouco de água, falando, ainda em silêncio, as palavras que o rito manda que se digam (Por esta água...). Em seguida, retorna ao centro do altar e faz com o cálice de vinho o mesmo que fez com a patena contendo o pão. Afasta-se um pouco e inclina-se profundamente, rezando uma prece específica prescrita pelo Missal: De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus. (Missal Romano; Ordinário da Missa; Preparação das Oferendas) Volta o sacerdote ao lado do altar, e procede ao lavabo, em que pode ser auxiliado por um acólito ou servo, pedindo a Deus a purificação de seus pecados para melhor oferecer o sacrifício. É proibido fazer o Ofertório dos dois dons pão e vinho ao mesmo tempo.

Pode haver uma procissão em que os fiéis levam os dons do pão e do vinho ao presbitério. Pode, além disso, haver um canto de ofertório. Esse canto, opcional como dissemos, é entoado durante a preparação do altar, durante a procissão das oferendas e durante o Ofertório propriamente dito, ou somente na primeira parte, e ainda apenas na primeira e na segunda. Se, durante as orações de agradecimento do Ofertório "Bendito sejais..." , não houver canto, elas são ditas em voz alta, ocasião na qual os fiéis devem responder: Bendito seja Deus para sempre.

A Oração sobre as Oferendas, como a Coleta e a Oração depois da Comunhão, são parte do Próprio da Missa. Cada Missa tem a sua, e o sacerdote, depois de feito o Ofertório, convida os fiéis a se unirem a ele, em silêncio, na oração. Antigamente, a Oração sobre as Oferendas era chamada Secreta.

Chama o sacerdote o povo com as palavras habituais: "Orai, irmãos e irmãs..." A assembléia, ao ouvir esse convite, levanta-se e responde: "Receba o Senhor por tuas mãos..." Em seguida, o celebrante reza a oração, ao final da qual todos respondem com o amém costumeiro. O acólito pode segurar o missal para auxiliar o padre na leitura da prece. Repetimos que não é possível substituir essa oração por qualquer outra, nem pela chamada "do Dizimista".

FONTE: shemaemdefesadafe.blogspot.com

terça-feira, 7 de julho de 2009

3ª PARTE: POSIÇÃO DO CORPO E MODO DE RECEBER A SANTA COMUNHÃO

Posições do corpo

As posições utilizadas na Missa refletem o estado que a alma do fiel deve ter no momento em que ela é utilizada. Mais do que atos externos e mecânicos, elas salientam a importância de determinadas partes da Missa e apontam ao fiel como deve se portar interiormente nelas.

Assim, a posição em que mais tempo ficamos durante a Missa é em pé. Ficamos em pé durante os Ritos Iniciais, na Seqüência, na Aclamação ao Evangelho e em sua Proclamação, na Profissão de Fé, na Oração Universal, e desde logo antes do 'Orai, irmãos...' durante o Ofertório até a Epíclese ou a Consagração conforme o costume , desde a Aclamação que se segue ao 'Eis o Mistério da Fé' até a Comunhão do Sacerdote, e da Oração depois da Comunhão até a Despedida. Ficamos sentados durante as leituras da Liturgia da Palavra, durante a Homilia, e durante o Ofertório. Podemos ficar sentados também enquanto outros fiéis estão na procissão para recepção da Comunhão, ou após comungarmos, na Ação de Graças. Ficamos, por fim, ajoelhados, na Consagração, e, onde for costume, também após receber a Santa Comunhão e no Ato Penitencial. É costume, outrossim, que os que não podem comungar, por qualquer motivo, ajoelhem-se para fazer um ato de comunhão espiritual, que, todavia, pode ser feito de pé ou mesmo sentado, ainda que o recomendável seja a primeira posição de joelhos.

A genuflexão é um ato que consiste em dobrar apenas o joelho direito, encostando-no no chão e não apenas fazendo uma espécie de "meia genuflexão". O sacerdote faz tal gesto logo após a Consagração, uma vez depois de cada espécie (portanto, temos aí duas genuflexões). Também deve o celebrante genufletir antes de comungar (terceira genuflexão). Se houver sacrário no presbitério, o sacerdote e os ministros genufletem quando passarem por ele, no início e no fim da Missa, exceto o acólito que carrega a cruz processional, mas não durante a mesma. Os fiéis devem genufletir, durante e fora da Missa, sempre que passarem pelo sacrário, exceto se caminharem processionalmente; havendo apenas o altar sem o tabernáculo, faz-se a inclinação profunda vênia.
Faça-se inclinação de cabeça aos nomes de Jesus, de Maria Santíssima e ao nomear conjuntamente as Pessoas da Trindade.

Modo de receber a Santa Comunhão Eucarística



O fiel deve receber a Comunhão com reverência e piedade. Para isso, a prática tradicional da Igreja é a de distribuir a Eucaristia aos fiéis estando eles de joelhos, e diretamente na língua. É permitido que, apesar dessa prática ser a normativa, o fiel receba a Comunhão de pé, desde que, antes de o fazer, demonstre respeito pelo sacramento, inclinando-se diante da Eucaristia. Estando de pé, e tendo se inclinado antes de receber a Comunhão, pode comungar diretamente na língua ou nas mãos, fazendo, se esse optar por esse modo, das mãos um trono. Nunca pode o fiel receber a Comunhão nas mãos em forma de pinça!

A Igreja sempre pediu dos fiéis, respeito e reverência pela Eucaristia no momento de recebê-la. No que diz respeito à maneira de ir para a Comunhão, o fiel pode recebê-la de ambos os modos: ajoelhando-se ou ficando de pé, de acordo com as normas estabelecidas pela conferência episcopal: Quando o fiel comunga ajoelhado, nenhum outro sinal de reverência pelo Santíssimo Sacramento é requerido, uma vez que ajoelhar é por si só um sinal de adoração. Quando se recebe a Comunhão estando em pé, é rigidamente recomendado que, ao vir em procissão, faça-se um sinal de reverência antes de receber o Sacramento. Isto pode ser feito no exato momento e lugar, de forma que a ordem das pessoas que vêm e voltam da Comunhão não fique interrompida. (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Instrução Inestimabile Donum, 11)

A Comunhão de joelhos e na língua é a forma tradicional de receber a Sagrada Eucaristia. Por isso, nenhum sacerdote pode proibir o fiel de fazer uso desse direito. Tampouco pode proibir que o receba na língua, se estiver de pé, e haja indulto para que receba de pé. Em casas de congregações religiosas, capelas e circunscrições eclesiásticas nas quais vige a disciplina sacramental do Missal de 1962, pode o Ordinário ou Superior determinar que a única forma de comungar seja a tradicional, de joelhos e na língua; em todas as outras, há liberdade para o fiel, não podendo o sacerdote negar-lhe a Comunhão por este preferir ajoelhar-se ou receber na língua. Jamais se obrigará algum fiel a adotar a prática da comunhão na mão. (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Notificação de 3 de abril de 1985)

De qualquer maneira, o sacerdote ou outro ministro que distribua a Comunhão Eucarística, tenha o máximo cuidado de não perder nenhum dos fragmentos do Santíssimo Corpo nem alguma gota do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme o sábio conselho dos Padres: Se algum fragmento vieres a perder, seja para ti como se estivesses perdendo um de teus membros. (São Cirilo de Jerusalém. Catequeses Mistagógicas, 5,21: PG 33,1126).

Fonte: shemaemdefesadafe.blogspot.com

segunda-feira, 6 de julho de 2009

2ª PARTE: ATO PENITENCIAL E HINO DO GLÓRIA

Ato Penitencial

Convidando os fiéis a um ato de arrependimento, o sacerdote celebrante os introduz ao rito, com a fórmula prevista no Missal. Após uma breve pausa, utiliza uma das três fórmulas: a) o Confiteor; b) o Tende compaixão; c) o Kyrie. Conclui com uma absolvição, que, por ser desprovida de força sacramental, não possui a eficácia do Sacramento da Penitência celebrado na confissão dos pecados ao sacerdote.

Podem ser cantadas músicas de Ato Penitencial, desde que a letra utilizada seja de alguma das formas prescritas. Quaisquer outros cantos, ainda que implorem o perdão de Deus e demonstrem arrependimento dos pecados, estão excluídos por não se encaixarem no ordinário da Missa, do qual o Ato Penitencial é integrante.

O Ato Penitencial é omitido quando se celebra, no início da Missa, o rito do Asperges, e também quando a celebração for imediatamente precedida de um ofício da Liturgia das Horas com caráter penitencial. Nos demais casos, muito mais comuns, é imprescindível!

Quando as invocações do Kyrie, Senhor, tende piedade de nós..., não forem utilizadas no Ato Penitencial, devem ser proferidas após a absolvição que se segue àquele. Isso significa que sempre que o Ato Penitencial consistir no Confiteor ("Confesso a Deus todo-poderoso...") ou no Tende compaixão, o Kyrie é feito em um ato próprio.

Depois do Ato Penitencial inicia-se sempre o Senhor, tende piedade, a não ser que já tenha sido rezado no próprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o cantor. (Instrução Geral do Missal Romano, 52)

É possível que o Kyrie rezado seja substituído por uma música que tenha as invocações na letra.


Glória ou Hino de Louvor


O Glória deve cantado ou dito nos Domingos fora do Advento e da Quaresma, nas solenidades e nas festas. Seu texto antiqüíssimo não deve ser substituído por outro (cf. Instrução Geral do Missal Romano, 53). O costume, infelizmente disseminado em muitas paróquias, de substituir tal hino por um simples canto de glória encontra expressa proibição na Instrução Geral. Nem mesmo o famoso canto de glória com letra de louvor à Santíssima Trindade, que alguns afirmam ser suficiente, serve para ser executado nesse momento. O hino do Glória faz parte do Ordinário da Missa, e deve ser cantado ou dito integralmente, como está no Missal!

Fonte: shemaemdefesadafe.blogspot.com

domingo, 5 de julho de 2009

MISSA PARTE POR PARTE: 1ª PARTE

Entrada, Sinal-da-Cruz e Saudação

O sacerdote e os ministro, concelebrantes, diáconos, acólitos, cerimoniários se dirigem ao presbitério, diretamente da sacristia ou em procissão do fundo da igreja. Durante esse tempo, é cantado um canto de entrada, ou a Antífona da Entrada, que, aliás, pode ser simplesmente dita.

Chegando ao presbitério, o celebrante e seus auxiliares genufletem, se houver tabernáculo, ou fazem vênia ao altar, se não houver ou se aquele estiver deslocado para uma capela lateral. Após a genuflexão ou a vênia, conforme o caso, deve o celebrante beijar o altar.

Na falta de canto de entrada, o sacerdote canta ou diz a Antífona da Entrada após a Saudação. Nas Missas sem povo, a Antífona da Entrada é dita após o Ato Penitencial e antes do Kyrie. Do contrário, segue diretamente para esta, após uma breve monição introdutória à Missa do dia.

Está proibido o uso de elementos, na procissão de entrada, que não apontem para a essência do ato sagrado, i.e., para o caráter sacrifical da Santa Missa, e que, por isso mesmo, não estão descritos nas rubricas. Dessa forma, os acólitos e demais ministros podem carregar, na entrada, o Missal ou o Evangeliário, o turíbulo com o incenso, e a cruz processional. Outros símbolos, como cartazes explicativos, por exemplo, mesmo que tenham significado religioso, não podem ser usados: primeiro por não estarem previstos nas normas litúrgicas; segundo por não apontarem para o caráter sacrifical da Missa. Já vi em uma procissão de entrada, ministros levando pombas na Missa de Pentecostes, e ramos de árvores em uma na qual o Evangelho do dia falava da videira que é Cristo. Ora, tais são exemplos do que é totalmente inadmissível na celebração do Santo Sacrifício da Missa.

A Saudação é dirigida pelo sacerdote. O sinal-da-cruz é feito por todos os fiéis, mas sua fórmula é dita somente pelo padre! Ele é quem oferece o sacrifício e preside os atos dos fiéis; só ele é essencial para que haja Missa válida, ainda que seja preciso ao menos um assistente para que ela seja lícita, exceto por alguma razão que justifique essa ausência. Só o padre diz a fórmula do sinal-da-cruz porque é ele quem está se apresentando diante do santuário sagrado de Deus, Nosso Senhor. Não se pode substituir a fórmula própria e tradicional por outra, ainda que pouca diferença ou com meros acréscimos àquela. Não se inventem musiquetas com a letra do sinal-da-cruz para uso na Missa! Os fiéis, à fórmula do sinal-da-cruz, respondem Amém, expressando sua adesão à intenção do celebrante.

Após, o sacerdote dirige a Saudação propriamente dita, segundo uma das fórmulas previstas no Missal Romano, a qual é respondida apropriadamente pelos fiéis, segundo as mesmas disposições das rubricas.

A Santa Missa é um sacrifício de Deus Filho a Deus Pai, na unidade de Deus Espírito Santo. Ainda que a humanidade, representada pelo povo que está na igreja, seja a beneficiária do sacrifício, Deus é o destinatário. É a Ele que a Missa é dirigida, e não aos fiéis, não à assembléia. Não está o sacerdote na Missa para dirigir um espetáculo ao povo. Tampouco é a Missa uma palestra do padre à assembléia em oração, ou uma exposição sua acerca do mistério da Cruz: ela é o próprio mistério da Cruz tornado novamente presente!

Dessa maneira, não é conveniente que o sacerdote cumprimente os fiéis, no início da Missa, como se fosse um mestre-de-cerimônias, ou como se a eles fosse a celebração dirigida. O padre está na Missa para oferecer um sacrifício ao Pai: é um diálogo do sacerdote com Deus, e não do primeiro com o povo. Aliás, as intervenções dialogadas entre o padre e os fiéis são uma motivação a estes para que, junto com o sacerdote, apresentem-se unidos a Cristo no sacrifício oferecido ao Pai. Os pólos da Missa não são o padre, de um lado, e o povo de outro, e sim esses dois padre e povo de um, e Deus de outro. É Deus quem deve ser cumprimentado.

A única saudação é a própria do início da Missa, que serve como uma bênção de Deus, através do sacerdote, para os fiéis que a Ele vieram oferecer Seu Filho. O uso de outra saudação, como bom dia, boa tarde, além de sua falta de senso em face do destinatário da adoração prestada na Missa, faz com que a saudação litúrgica fique sem sentido.

Fonte: shemaemdefesadafe.blogspot.com





sábado, 4 de julho de 2009

RELEXÃO SOBRE A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS - Vassula Ryden

Quando Me flagelaram, cuspiram sobre Mim e deram-Me tantas e tão violentas pancadas na cabeça que Me deixaram atordoado. Deram-Me pontapés no estômago que Me tiraram a respiração e Me fizeram cair por terra, trespassado pela dor. Fizeram de Mim um verdadeiro brinquedo do seu divertimento, dando-Me pontapés, um após outro. Estava irreconhecível. O Meu corpo estava trespassado tal como o estava também o Meu Coração. A Minha Carne, esquartejada em pedaços, pendia de todo o Meu Corpo. Um deles levantou- Me e arrastou-Me, porque as Minhas pernas já não podiam sustentar-Me. Depois, vestiram-Me com um dos seus vestidos, atiraram-Me para a frente e, continuando a dar-Me pancadas, bateram-Me no Rosto, partiram-Me o Nariz e torturaram-Me. Ouvia as suas injúrias, Minha filha. As suas vozes ressoavam com um tal ódio e zombaria, que aumentavam o Meu Cálice! Ouvia-os dizer: "Onde estão os teus amigos, agora que o seu rei está aqui, connosco? Todos os hebreus serão assim tão traidores como eles? Olhai para o seu rei!" E coroaram-Me, com uma Coroa de Espinhos, Minha filha. "Onde estão agora os teus hebreus, vindos para te saudar? Tu ÉS rei, Não é verdade? Poderias, então, imitar um rei? RI! Não chores. Tu és rei, não é verdade? Porta-te, pois, como tal".

Ligaram-Me os pés com cordas e obrigaram-Me a caminhar até à Minha Cruz. Mas, Minha filha, Eu não podia caminhar, porque Me tinham ligado os Pés. Lançaram-Me, então, por terra e arrastaram-Me, pegando-Me pelos cabelos até a Minha Cruz. O Meu Sofrimento era intolerável. Alguns pedaços da Minha Carne, que haviam ficado pendentes, depois da Flagelação, foram-Me arrancados. Aliviaram, então, os laços dos Meus Pés e deram-Me pontapés para obrigar-Me a levantar e a levar o Meu fardo aos Ombros. Eu não podia ver sequer onde estava a Minha Cruz, uma vez que os Espinhos, que se Me haviam enterrado na Cabeça, Me enchiam os Olhos de Sangue, que se Me colava no Rosto. Levantaram, então, a Minha Cruz, puseram-Ma aos Ombros e empurraram-Me para a porta. Ó Minha filha, como era pesada a Cruz que Eu tive de levar! Avancei, às apalpadelas, para a porta. O Meu caminho era traçado apenas pelo azorrague que Me batia. Procurava ver o Meu caminho através do Sangue que Me queimava os Olhos. Senti, então alguém que Me enxugava o Rosto, inchado. Ouvi-as chorar e lamentar-se; ouvi-as."Benditas sejais!" disse-lhes Eu. O Meu Sangue lavará todos os pecados da humanidade. Olhai, Minhas filhas, o tempo da vossa salvação chegou". Endireitei-Me com dificuldade. A multidão tinha-se enraivecido. Eu não via nenhum amigo à Minha volta; ninguém estava ali, para Me consolar. A Minha agonia parecia aumentar e caí por terra. Receando que Eu morresse antes da Crucifixão, os soldados deram ordem a um homem, de nome Simão, para que levasse a Minha Cruz. Minha filha, não se tratava de um gesto de bondade ou de compaixão, mas de uma simples forma de Me poupar para a Cruz.

Chegados ao Monte, lançaram-Me por terra, arrancaram-Me os vestidos e deixaram-Me nú para assim Me exporem à vista de todos. As Minhas feridas reabriram-se e o Meu Sangue corria pela terra. Os soldados deram-Me vinho misturado com fel. Eu recusei-o, porque tinha já no Meu íntimo a amargura que Me haviam provocado os Meus inimigos. Pregaram-Me, primeiro os Pulsos e, depois de Me terem fixado à Cruz com os Cravos, estenderam o Meu Corpo já trespassado, atravessaram-Me os Pés com violência. Minha filha, ó Minha filha, que sofrimento! Que agonia! Que tortura para a Minha Alma! Abandonado pelos Meus bem-amados, renegado por Pedro, sobre o qual Eu mesmo havia fundado a Minha Igreja; re-negado pelo resto dos Meus amigos; deixado só, abandonado pelos Meus inimigos. Chorei. A Minha Alma estava repleta de dor. Os soldados levantaram a Minha Cruz e colocaram-na no buraco preparado.De onde Me encontrava, contemplei a multidão. Tentando ver, com dificuldade, com os Meus Olhos inchados, observei então o mundo. Não vi amigo algum, por entre aqueles que escarneciam de Mim. Ninguém viera para Me consolar: "Meu Deus! Meu Deus! Por que Me abandonaste?" Abandonado por todos os que Me amavam.O Meu Olhar pousou, então, sobre a Minha Mãe. Contemplei-A e os Nossos Corações falaram 1 : "Dou-te os Meus filhos muito amados, para que sejam também Teus filhos. Tu serás a sua Mãe".Tudo estava consumado, a salvação estava próxima. Vi os Céus abrirem-se e todos os anjos estavam petrificados e em silêncio.

"Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito. Agora, estou Contigo".

Eu, Jesus Cristo, ditei-te a Minha agonia. Leva agora a Minha Cruz, Vassula; leva-a por Mim. A Minha Cruz implora a Paz e o Amor. Eu mesmo te mostrarei o Caminho, porque te amo, Minha filha.

-------------------------------------------------------------------------------------------------


1. Jesus quer dizer que Se compreenderam sem palavra alguma, mas só com os Seus Corações


quinta-feira, 2 de julho de 2009

O PECADO

Adão e Eva foram submetidos, a seu modo, a um vestibular, e não passaram na prova. Com isso, todos os homens pecaram em Adão, segundo São Paulo. Com efeito, tendo o demônio falado através da Serpente, seduziu Eva e esta por sua vez levou seu marido a comer também do fruto proibido. A essa tentação seguida da desobediência, chamamos de pecado original.

Além da expulsão do paraíso terrestre, da sujeição aos sofrimentos, da fadiga no trabalho, das discórdias, das guerras, das doenças e da propria morte, o pecado original ainda deixou nossa natureza corrompida, com três inclinações particularmente más: o orgulho ou soberba, a sensualidade e a avareza. Essa malícia acompanha o homem do berço à sepultura.

Mas por que Deus permite que seus filhos sejam tentados? Tendo Ele nos criado livres dá-nos ocasião, por meio de repetidas provas, de exercitarmos o espírito de luta contra os nossos defeitos, para assim adquirirmos méritos. No mais das vezes, os mais amados são os mais provados. O Arcanjo Rafael disse a Tobias: “Porque era agradável a Deus, foi necessário que a tentação te provasse”.

São Paulo nos consola ao ensinar que não existem tentações acima de nossas forças, pois a vontade de Deus é que tiremos proveito da própria tentação para alimentarmos em nós o espírito de humildade, de oração e de vigilância. No Padre-Nosso se afirma: “E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo o mal”.

Para vencer as tentações temos que fazer de nossas almas como que cidadelas no alto das montanhas. O castelo forte representa os princípios enraizados na alma, enquanto os píncaros simbolizam as leituras e estudos das verdades eternas, seguidos da reflexão constante em descobrir os ataques do adversário e os meios mais eficazes para as batalhas.

As muralhas da fortaleza significam as virtudes que protegem a alma, à maneira do trabalho, que afugenta o ócio, causador de maus pensamentos e das más imaginações. São João Crisóstomo nos ensina que a ociosidade é a mãe de todos os vícios e o nosso Divino Mestre nos encareceu com a seguinte exortação: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”.

Quem reza evita cair em tentação e, conseqüentemente, deixa de ofender a Deus. Como a cidade fortificada encontra-se preparada para resistir à investida de um exército inimigo, nossas almas, através de batalhas constantes e renhidas, devem estar fortalecidas, para vencermos em primeiro lugar a nós mesmos, pois quem não combate os seus defeitos ficará desguarnecido, tornando-se presa fácil das tentações.


Pe. David Francisquini

http://agenciaboaimprensa.blogspot.com

quarta-feira, 1 de julho de 2009

São João Maria Vianey (Cura d´Ars)

Comemorado no dia 04 de agosto

São João Maria Vianney. Sacerdote pároco de Ars, da Terceira Ordem (1786- 1859). Canonizado por Pio XI, em 31 de maio de 1925.

João Maria Vianney nasceu em 08 de maio de 1786 em Dardilly, perto de Lion, filho de Mateus e Maria Beluze. Sua infância foi marcada pelos acontecimentos trágicos da revolução francesa. Em 1799, recebeu a Primeira Comunhão clandestinamente em uma casa particular e de sua própria mãe,a instrução religiosa.

Por causa de seu ardente desejo de ser sacerdote, enfrentou uma dura luta para ter êxito nos estudos, por que sua intelectualidade estava abaixo da média. Mas, o amor às vezes consegue mais do que o talento. Era enorme seu amor pelas almas.

A 13 de agosto de 1815, depois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.

No início de 1800, inesperadamente brilhou uma nova luz em toda a França, passado o furacão napoleônico, que havia deixado ruínas materiais e espirituais por toda parte.

Em 1818 João Maria tinha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia desejado ficar.

Ele lá chegou como um bom filho de São Francisco, humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres e logo tentou conquistar aquelas almas. 0 espírito franciscano que havia assimilado na Ordem Terceira da Penitência, o sustentou e o guiou no ministério pastoral.

Em seu confessionário, onde às vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertertendo- se em uma espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa.

O Santo Cura D’Ars nunca saiu ao vestíbulo para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longo tempo em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite.

Ainda que detraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a acudir e vendo o Pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. Antes de dois anos Ars converteu-se em caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.

0 sacerdote tardio de inteligência, que no primeiro momento não havia tido licença para exercer o ministério da confissão, converteu-se no confessor dos mais obstinados pecadores, e em Ars encontraram a luz da fé. Os peregrinos acorriam antes de amanhecer à aquela Igreja que trinta anos antes se encontrara vazia:

“Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu”, havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. O caminho do céu ele havia indicado a milhares de almas, e também se mostrou àquele pastorzinho, que pouco dias depois da morte de seu Pároco o alcançou no céu. O Santo morreu em 4 de agosto de 1859, aos 73 anos.

(Fonte: http://www.ffb.org.br)