E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

domingo, 9 de janeiro de 2011

A IGREJA CELEBRA HOJE O BATISMO DO SENHOR


Is.40,1-5.9-11 / Tt.2,11-14;3,4-7 / Lc.3,15-16.21-22 (Leituras alternativas: Is.42,1-4.6-7/At.10,34-38/Lc.3,15-16.21-22)
Antes de colocar a vida vegetal, animal e humana sobre a terra, Deus preparou a superfície do planeta. Após criar Adão, Deus soprou nele, infundindo-lhe a vida eterna e adotando-o como filho. Nenhum pai adota um filho para depois abandoná-lo. Antes do pecado, Deus aparecia a Adão e Eva. Deus sempre se manteve fiel. Mas o primeiro casal se separou de Deus ao cometer o primeiro pecado e não se arrependendo no momento em que Deus o procurou para perdoá-los (Cf.Gn.3,9-13). Em conseqüência Deus amaldiçoou a terra e desorganizou a sua superfície, tornando-a inóspita (Cf.Gn.3,17-19). Apesar disto, Deus continua sendo o criador de tudo, também do homem. Para resgatar o homem separado pelo pecado, Deus enviou Jesus.  
Para restaurar a união entre Deus e o homem é necessário eliminar o pecado. Para eliminar o pecado e restaurar a união entre Deus e o ser humano, Jesus precisava fundar a Igreja Católica e instituir os sacramentos. João Batista tinha a função de preparar o povo para aceitar Jesus assim que começasse a anunciar a Boa Nova. Seguindo a expectativa dos judeus, João Batista esperava que o Messias eliminasse totalmente o pecado e restaurasse a superfície do planeta. Por isto, João anuncia o nivelamento da superfície da terra: 3 Uma voz clama: “Abri no deserto um caminho para o Senhor , nivelai na estepe uma estrada para nosso Deus! 4 Todo vale seja entulhado e todo monte e colina sejam abaixados. O espinhaço se torne planície e as escarpas se transformem em amplo vale! (Is.40,3-4).  
Efetivamente, a função de Jesus é tirar o pecado: 29 No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se e disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1,29). Mas Jesus não veio para restaurar o paraíso terrestre com o extermínio dos pecadores que não se arrependem. Jesus veio para oferecer ao pecador arrependido a possibilidade de se libertar dos pecados, deixando os pecadores não arrependidos conviver com os pecadores que se purificaram - joio e trigo ocupando o mesmo espaço.  A penitência é um dos elementos essenciais para quem quer libertar-se dos pecados cometidos e permanecer fiel a Deus. Por isto, João convocava as pessoas a receber um batismo de penitência. O Batismo de João não era um sacramento, mas era um anúncio do verdadeiro batismo que Jesus irá instituir posteriormente: 15 Havia uma expectativa entre o povo, e todos se perguntavam se não era ele o Cristo. 16 João disse a todos: “Eu vos batizo com água, mas vem outro mais forte do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo” (Lc.3,15-16).  
Jesus nunca pecou e por isto não precisava se libertar dos pecados. Mas para oferecer ao ser humano a possibilidade de se libertar dos pecados, precisava morrer na cruz, ou seja, para que nós pudéssemos nos libertar dos pecados, Ele precisava sofrer. Por isto, Ele mesmo se submeteu ao batismo de penitência de João. João sabia que Jesus não tinha pecados e, portanto, não precisava submeter-se a um batismo de penitência: Jesus veio da Galiléia ao rio Jordão até João, para ser batizado por ele. 14 João, porém, se opunha, dizendo: “Eu é que devo ser batizado por ti e tu vens a mim?” 15 Jesus respondeu: “Deixa agora, pois convém que assim cumpramos toda a justiça”. Então João concordou (Mt.3,3-15). Por não ter pecados, Jesus não precisava de batismo algum. João tinha pelo menos o pecado original e, portanto, João sim precisava de batismo. Tanto assim que João morreu no começo da vida pública de Jesus, antes da instituição dos sacramentos e, por isto, precisou esperar na mansão dos mortos até o dia da ressurreição de Jesus para entrar no céu.  
Antes de morrer, Jesus institui o verdadeiro Batismo através do qual o pecado original e os pecados cometidos até ali são perdoados e a filiação divina adotiva é restaurada. Porém, não basta receber o batismo para salvar-se: 18 Então Jesus se aproximou e lhes disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei. Eis que eu estou convosco, todos os dias, até o fim do mundo” (Mt.28,18-19). A ordem de Jesus é:
1.    Fazer discípulo dele.
2.    Batizar.
3.    Ensinar a observar tudo àquilo que Ele ensinou.  
É discípulo aquele que adere à pessoa de Jesus. Para aderir à pessoa de Jesus não é necessário conhecer tudo aquilo que Ele ensinou, mas é necessário saber quem Ele foi. Desde que a pessoa adquiriu um conhecimento de Jesus suficiente para decidir aceitá-lo como salvador pode ser batizado, mas deve comprometer-se a continuar o estudo dos ensinamentos dele para poder colocá-los em prática.
Hoje a Igreja Católica admite ao sacramento do batismo crianças recém-nascidas. A criança é batizada na fé dos pais. Portanto, para que uma criança possa ser batizada, os pais devem ser discípulos de Jesus e observar tudo aquilo que Ele ensinou. Filhos de pais não praticantes que, portanto, não observam tudo aquilo que Jesus ensinou não deveriam ser admitidos ao batismo.
Pe. Ângelo José Busnardo
e-mail : ajbunsardo@hotmail.com

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