“Eu  te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as  portas do inferno nunca prevalecerão contra ela”. (Mt 16,18).
Cristo  mandou aos santos Apóstolos, sob a chefia de São Pedro Apóstolo, que  governassem e ensinassem sua Igreja; e Ele próprio instituiu a Santa  Missa e os Sacramentos com meios para a santificação de todas as  pessoas. Finalmente, Jesus Cristo garantiu-lhes que sua presença seria  contínua dizendo: “Eu estarei convosco todos os dias até a consumação  dos tempos” (Mt 28,19.20). A Igreja é portanto, a união de Cristo com a  Humanidade numa sociedade hierárquicamente organizada.
São Paulo Apóstolo afirma: “É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e a sua Igreja” (Ef 5,32). “A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da Comunhão de Deus e dos homens” (CIC Nº 780). São  João Crisóstomo (350-407), exortava: “Não te afaste da Igreja: Nada é  mais forte do que ela. Ela é a tua esperança, o teu refúgio. Ela é mais  alta que o céu e mais vasta que a terra. Ela nunca envelhece”. 
A  Esposa de Cristo não pode ser adulterada, ela é incorrupta e pura, não  conhece mais que uma só casa, guarda com casto pudor a santidade do  único tálamo. Ela nos conserva para Deus, entrega ao reino os filhos que  gerou. Quem se aparta da Igreja e se junta a uma adultera, separa-se  das promessas da Igreja. Quem deixa a Igreja de Cristo não alcançará os  prêmios de Cristo. É um estranho, um profano, um inimigo. Não pode ter  Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe. Se alguém se pôde salvar dos  que ficaram fora da arca de Noé, também se salvará os que estiverem  fora da Igreja. O Senhor nos admoesta e diz: “Quem não está comigo está  contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa” (Mt 12,30). Torna-se  adversário de Cristo quem rompe a paz e a concórdia de Cristo; aquele  que noutra parte recolhe, fora da Igreja, dispersa a Igreja de Cristo”.
“FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO” 
  A  Igreja é una pela sua fonte: “Deste mistério, o modelo supremo e o  princípio é a unidade de um só Deus na Trindade de Pessoas, Pai e Filho e  Espírito Santo”. A  Igreja é una pelo seu Fundador: “Pois o próprio Filho encarnado,  príncipe da paz, por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus,  restabelecendo a união de todos em um só Povo, em um só Corpo”. A Igreja  é una pela sua “alma”: “O Espírito Santo que habita nos crentes, que  plenifica e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos  fiéis e os une tão intimamente em Cristo, que ele é o principio de  Unidade da Igreja”(CIC Nº 813). “Que estupendo mistério! Há um único Pai  do universo, um único Logos do universo e também um único Espírito  Santo, idêntico em todo lugar, há também uma única virgem que se tornou  mãe, e me agrada chamá-la Igreja” afirma São Clemente de Alexandria  (C.155 – C.225).   “A única  Igreja de Cristo, … é aquela que nosso Salvador, depois da sua  Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos  demais Apóstolos para propagá-la e regê-la … 
Para  entender a santidade da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, devemos  examinar a Igreja em seus dois aspectos inseparáveis: enquanto é divina,  a Igreja é imaculada, indefectível, infalível, imutável, perfeita;  enquanto é humana, a Igreja muda, evolui e cresce, e pode apresentar  imperfeições passageiras por causa dos homens que a forma. Um sacerdote,  um bispo e até um papa podem descuidar de seus deveres, mas isto não  impede que a Esposa de Cristo, a Igreja, continue sempre santa,  imaculada, gloriosa e irrepreensível em seu aspecto divino. A Santa  Igreja de Deus foi, é e será santa sempre em razão:
1) de sua alma que é o próprio Espírito Santo (Mt 3,11;28,19; At 2,4; Ef 1,13.14). 
2) de sua cabeça que é Cristo, o santo dos santos (Cl 1,18; Ap1,13-18).
3) de seu fim que consiste na sua santificação das almas (1 Cor 1,2; Ef 1,2-4; Cl 3,12; 1 Tess 4,3; 1 Pd 1,15-16). 
4)  de seus meios que são sua doutrina, sua moral, seu culto, seus  sacramentos, seu sacrifício Eucarístico em que se oferece continuamente a  Deus Pai “uma hóstia pura, santa imaculada (Jo 6,53-58;15,12-14)”.
5)  de muitos de seus membros que são santos: seus pobres de espírito, seus  mansos, seus aflitos, seus justos, seus misericordiosos, seus apuros de  coração, seus pacificadores, seus perseguidos por causa da justiça,  isto é, seus inumeráveis santos e mártires (canonizados ou anônimos) de  ontem e de hoje.
 A Igreja é o Corpo de Cristo e é santificado por Ele mesmo; e, por Ele e nele torna-se santificante. Nós  sabemos que a Igreja é santa e perfeita, todavia, seus filhos são  pecadores e imperfeitos. Os inimigos da Igreja não sabem distinguir uma  da outra. Quando seus filhos erram, a Santa Madre Igreja recebe ofensas  terríveis. Será que os críticos não sabem que o médico pode errar, mas  não a medicina? O soldado pode ser indisciplinado, mas não todo o quartel. O parlamentar pode ser corrupto, mas não todo o Congresso?
“Nada  se pode conceber de mais glorioso, mais nobre, mais honroso do que  pertencer à Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana, pela qual nos  tornamos membros de um Corpo tão santo, somos dirigidos por um chefe tão  sublime, somos penetrados por um único Espírito Divino; enfim somos  alimentados neste exílio terrestre por uma só doutrina e um só Pão  celeste, até que finalmente tomemos parte na única e eterna bem  aventurados celeste’ ( Pio XII – Mystici Corporis Christi nº 90 –  29/06/1943)”. (1).
Está  escrito na Epístola aos Hebreus: “Portanto, também nós com tal nuvem de  testemunho ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos  envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto,  com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” (Hb  12,1-2).  Rejeitando  rigorosamente o pecado procuremos com todos o ardor do nosso coração a  paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb  12,14).  
O verdadeiro testemunho do cristão é a sua santidade! Longe  dos Cristãos cardos e espinhosos para não fazer sangrar o Corpo de  Cristo. Não sejamos pedras de tropeços e de escândalos a ninguém.  Corramos com os olhos fixos em Cristo, para que sejamos trigo e ovelhas  no pasto do santo Pastor. 
“  A Igreja… é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Pois Cristo,  Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o ‘único  Santo’, amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se entregou com o fim de  santificá-la. Uniu-a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito  Santo, para a glória de Deus”. A Igreja é, portanto, “o Povo santo de  Deus”, e seus membros são chamados “santos” (CIC Nº 823). 
Conclusão
“Credo  Unam, Sanctam, Catholicam et Apostolicam Ecclesiam” (“Eu creio na  Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica”). Que maravilhosa, que  felicidade, sermos católicos pela graça do bom Deus. Que firmeza e  serenidade professarmos a nossa fé na (“unica Christi Ecclesia…  subsistit in Ecclesia catholica, a successore Petri et Episcopis in eius  communione gubernata”(“única Igreja de Cristo… subsiste na Igreja  Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com  ele”) (LG, 8). Pertencemos ao “redil” de Jesus Cristo, à “vinha” do  Senhor, à “Construção” e “templo” de Deus, à “Jerusalém celeste”, à  “Esposa Imaculada do Cordeiro Imaculado” (Ef 5,25-27), (LG, 6). Só  existe uma Igreja verdadeira, para um só Senhor, Mediador e Salvador,  fora desta Igreja, a Católica, não há salvação. Esta Igreja é plenamente  santa, em sua doutrina, em seus sacramentos, em sua divina liturgia e  em seus filhos que se santificaram seguindo seus ensinamentos. É  católica, ou seja, universal, porque nela está presente Cristo: “Onde  está Cristo Jesus, está a Igreja Católica)” (Santo Inácio de Antioquia).  A sua missão e pregar a Boa Nova a todos os povos, em qualquer tempo e a  qualquer que seja a cultura a que pertençam. Obedecer o ide do seu  Pastor para formar “um só rebanho” (Mt 28,19; Jo 10,16). É apostólica  porque foi constituída sobre os fundamentos dos santos Apóstolos e seus  sucessores (Ef 2,20;3,5). Esta Igreja é, sobretudo, una com a tríplice  unidade de Fé, de culto e de governo. Esta tríplice unidade foi  providenciada por Cristo, pela instituição do Primado de Pedro e de seu  sucessor, o Santo Padre, o Papa, constituído por ele “princípio perpétuo  e o fundamento visível desta unidade na Fé e na Caridade” (Pastor  Aeternus” DS, 3051 e LG, 18). O ínclito ‘Doutor da Graça’ Santo  Agostinho, bispo de Hipona, no Norte da África afirmou magistralmente:  “Alegremo-nos, portanto, e demos graças por nos termos tornado não  somente cristão, mas o próprio Cristo. Compreendeis irmãos, a graça que  Deus nos concedeu ao dar-nos Cristo como Cabeça? Admirai e rejubilai,  nós nos tornamos Cristo. Com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça e nós  somos os membros, o homem inteiro é constituído por ele e por nós. A  plenitude de Cristo é, portanto, a cabeça e os membros; que significa  isto: a cabeça e os membros? Cristo e a Igreja” (CIC Nº 795). “Aquele  que abandona a Igreja, não espere que Jesus Cristo o recompense, é um  estranho, um profano, um inimigo. Não terá Deus por Pai, quem não tiver a  Igreja por Mãe” disse São Cipriano. “Quem não ama a Igreja não ama  Jesus Cristo” disse o Papa Paulo VI. Numa expressão sublime de amor a  Igreja de Cristo, o Cardeal Henri de Lubac afirmou: “A Igreja é a minha  Mãe”. Nela eu nasci pelo Batismo, nela eu recebo o Corpo do Senhor, nela  eu sou lavado no Sangue pela confissão, nela somos casados, nela  recebemos todos as graças… nela viveremos a eternidade”.  Amamos  sim, com amor abissal a Santa Igreja Católica e com ela caminhamos na  estrada vida e da libertação para melhor conhecê–la, servi-la e honrá-la  como obediente filho.
Pe. Inácio José do Vale
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Reflexão:
1) O que é ser católico para você?
2) O que quer dizer a expressão "FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO"?
3) De onde veio o termo CATÓLICO e o que segnifica?
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Reflexão:
1) O que é ser católico para você?
2) O que quer dizer a expressão "FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO"?
3) De onde veio o termo CATÓLICO e o que segnifica?
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