E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

domingo, 3 de abril de 2011

FORMAÇÃO I: SER CATÓLICO É... AMAR A ÚNICA IGREJA VERDADEIRA FUNDADA POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

“Eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela”. (Mt 16,18).

Cristo mandou aos santos Apóstolos, sob a chefia de São Pedro Apóstolo, que governassem e ensinassem sua Igreja; e Ele próprio instituiu a Santa Missa e os Sacramentos com meios para a santificação de todas as pessoas. Finalmente, Jesus Cristo garantiu-lhes que sua presença seria contínua dizendo: “Eu estarei convosco todos os dias até a consumação dos tempos” (Mt 28,19.20). A Igreja é portanto, a união de Cristo com a Humanidade numa sociedade hierárquicamente organizada.

São Paulo Apóstolo afirma: “É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e a sua Igreja” (Ef 5,32). “A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da Comunhão de Deus e dos homens” (CIC Nº 780). São João Crisóstomo (350-407), exortava: “Não te afaste da Igreja: Nada é mais forte do que ela. Ela é a tua esperança, o teu refúgio. Ela é mais alta que o céu e mais vasta que a terra. Ela nunca envelhece”.

A Esposa de Cristo não pode ser adulterada, ela é incorrupta e pura, não conhece mais que uma só casa, guarda com casto pudor a santidade do único tálamo. Ela nos conserva para Deus, entrega ao reino os filhos que gerou. Quem se aparta da Igreja e se junta a uma adultera, separa-se das promessas da Igreja. Quem deixa a Igreja de Cristo não alcançará os prêmios de Cristo. É um estranho, um profano, um inimigo. Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe. Se alguém se pôde salvar dos que ficaram fora da arca de Noé, também se salvará os que estiverem fora da Igreja. O Senhor nos admoesta e diz: “Quem não está comigo está contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa” (Mt 12,30). Torna-se adversário de Cristo quem rompe a paz e a concórdia de Cristo; aquele que noutra parte recolhe, fora da Igreja, dispersa a Igreja de Cristo”.

“FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO”

  A Igreja é una pela sua fonte: “Deste mistério, o modelo supremo e o princípio é a unidade de um só Deus na Trindade de Pessoas, Pai e Filho e Espírito Santo”. A Igreja é una pelo seu Fundador: “Pois o próprio Filho encarnado, príncipe da paz, por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos em um só Povo, em um só Corpo”. A Igreja é una pela sua “alma”: “O Espírito Santo que habita nos crentes, que plenifica e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e os une tão intimamente em Cristo, que ele é o principio de Unidade da Igreja”(CIC Nº 813). “Que estupendo mistério! Há um único Pai do universo, um único Logos do universo e também um único Espírito Santo, idêntico em todo lugar, há também uma única virgem que se tornou mãe, e me agrada chamá-la Igreja” afirma São Clemente de Alexandria (C.155 – C.225).   “A única Igreja de Cristo, … é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la … 

Para entender a santidade da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, devemos examinar a Igreja em seus dois aspectos inseparáveis: enquanto é divina, a Igreja é imaculada, indefectível, infalível, imutável, perfeita; enquanto é humana, a Igreja muda, evolui e cresce, e pode apresentar imperfeições passageiras por causa dos homens que a forma. Um sacerdote, um bispo e até um papa podem descuidar de seus deveres, mas isto não impede que a Esposa de Cristo, a Igreja, continue sempre santa, imaculada, gloriosa e irrepreensível em seu aspecto divino. A Santa Igreja de Deus foi, é e será santa sempre em razão:

1) de sua alma que é o próprio Espírito Santo (Mt 3,11;28,19; At 2,4; Ef 1,13.14).

2) de sua cabeça que é Cristo, o santo dos santos (Cl 1,18; Ap1,13-18).

3) de seu fim que consiste na sua santificação das almas (1 Cor 1,2; Ef 1,2-4; Cl 3,12; 1 Tess 4,3; 1 Pd 1,15-16).

4) de seus meios que são sua doutrina, sua moral, seu culto, seus sacramentos, seu sacrifício Eucarístico em que se oferece continuamente a Deus Pai “uma hóstia pura, santa imaculada (Jo 6,53-58;15,12-14)”.

5) de muitos de seus membros que são santos: seus pobres de espírito, seus mansos, seus aflitos, seus justos, seus misericordiosos, seus apuros de coração, seus pacificadores, seus perseguidos por causa da justiça, isto é, seus inumeráveis santos e mártires (canonizados ou anônimos) de ontem e de hoje.

 A Igreja é o Corpo de Cristo e é santificado por Ele mesmo; e, por Ele e nele torna-se santificante. Nós sabemos que a Igreja é santa e perfeita, todavia, seus filhos são pecadores e imperfeitos. Os inimigos da Igreja não sabem distinguir uma da outra. Quando seus filhos erram, a Santa Madre Igreja recebe ofensas terríveis. Será que os críticos não sabem que o médico pode errar, mas não a medicina? O soldado pode ser indisciplinado, mas não todo o quartel. O parlamentar pode ser corrupto, mas não todo o Congresso?

“Nada se pode conceber de mais glorioso, mais nobre, mais honroso do que pertencer à Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana, pela qual nos tornamos membros de um Corpo tão santo, somos dirigidos por um chefe tão sublime, somos penetrados por um único Espírito Divino; enfim somos alimentados neste exílio terrestre por uma só doutrina e um só Pão celeste, até que finalmente tomemos parte na única e eterna bem aventurados celeste’ ( Pio XII – Mystici Corporis Christi nº 90 – 29/06/1943)”. (1).

Está escrito na Epístola aos Hebreus: “Portanto, também nós com tal nuvem de testemunho ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” (Hb 12,1-2).  Rejeitando rigorosamente o pecado procuremos com todos o ardor do nosso coração a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12,14).  

O verdadeiro testemunho do cristão é a sua santidade! Longe dos Cristãos cardos e espinhosos para não fazer sangrar o Corpo de Cristo. Não sejamos pedras de tropeços e de escândalos a ninguém. Corramos com os olhos fixos em Cristo, para que sejamos trigo e ovelhas no pasto do santo Pastor. 

“ A Igreja… é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Pois Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o ‘único Santo’, amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu-a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus”. A Igreja é, portanto, “o Povo santo de Deus”, e seus membros são chamados “santos” (CIC Nº 823).

Conclusão

“Credo Unam, Sanctam, Catholicam et Apostolicam Ecclesiam” (“Eu creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica”). Que maravilhosa, que felicidade, sermos católicos pela graça do bom Deus. Que firmeza e serenidade professarmos a nossa fé na (“unica Christi Ecclesia… subsistit in Ecclesia catholica, a successore Petri et Episcopis in eius communione gubernata”(“única Igreja de Cristo… subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”) (LG, 8). Pertencemos ao “redil” de Jesus Cristo, à “vinha” do Senhor, à “Construção” e “templo” de Deus, à “Jerusalém celeste”, à “Esposa Imaculada do Cordeiro Imaculado” (Ef 5,25-27), (LG, 6). Só existe uma Igreja verdadeira, para um só Senhor, Mediador e Salvador, fora desta Igreja, a Católica, não há salvação. Esta Igreja é plenamente santa, em sua doutrina, em seus sacramentos, em sua divina liturgia e em seus filhos que se santificaram seguindo seus ensinamentos. É católica, ou seja, universal, porque nela está presente Cristo: “Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica)” (Santo Inácio de Antioquia). A sua missão e pregar a Boa Nova a todos os povos, em qualquer tempo e a qualquer que seja a cultura a que pertençam. Obedecer o ide do seu Pastor para formar “um só rebanho” (Mt 28,19; Jo 10,16). É apostólica porque foi constituída sobre os fundamentos dos santos Apóstolos e seus sucessores (Ef 2,20;3,5). Esta Igreja é, sobretudo, una com a tríplice unidade de Fé, de culto e de governo. Esta tríplice unidade foi providenciada por Cristo, pela instituição do Primado de Pedro e de seu sucessor, o Santo Padre, o Papa, constituído por ele “princípio perpétuo e o fundamento visível desta unidade na Fé e na Caridade” (Pastor Aeternus” DS, 3051 e LG, 18). O ínclito ‘Doutor da Graça’ Santo Agostinho, bispo de Hipona, no Norte da África afirmou magistralmente: “Alegremo-nos, portanto, e demos graças por nos termos tornado não somente cristão, mas o próprio Cristo. Compreendeis irmãos, a graça que Deus nos concedeu ao dar-nos Cristo como Cabeça? Admirai e rejubilai, nós nos tornamos Cristo. Com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça e nós somos os membros, o homem inteiro é constituído por ele e por nós. A plenitude de Cristo é, portanto, a cabeça e os membros; que significa isto: a cabeça e os membros? Cristo e a Igreja” (CIC Nº 795). “Aquele que abandona a Igreja, não espere que Jesus Cristo o recompense, é um estranho, um profano, um inimigo. Não terá Deus por Pai, quem não tiver a Igreja por Mãe” disse São Cipriano. “Quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo” disse o Papa Paulo VI. Numa expressão sublime de amor a Igreja de Cristo, o Cardeal Henri de Lubac afirmou: “A Igreja é a minha Mãe”. Nela eu nasci pelo Batismo, nela eu recebo o Corpo do Senhor, nela eu sou lavado no Sangue pela confissão, nela somos casados, nela recebemos todos as graças… nela viveremos a eternidade”.  Amamos sim, com amor abissal a Santa Igreja Católica e com ela caminhamos na estrada vida e da libertação para melhor conhecê–la, servi-la e honrá-la como obediente filho.

Pe. Inácio José do Vale
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Reflexão:


1) O que é ser católico para você?
2) O que quer dizer a expressão "FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO"?
3) De onde veio o termo CATÓLICO e o que segnifica?



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