E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

terça-feira, 2 de junho de 2009

A Índia e as superstições

“É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram”.
Voltaire (1694-1778)
Filósofo Francês

O fanatismo e a superstição na Índia são práticas que dominam o dia a dia de muitos indianos. As crendices demandam em abundância nesse país. A vida em todo o seu seguimento é delineada pela superstição. Isso deixa a pessoa escrava da mitologia hindu. Essa mitologia é tão emaranhada que a Nova Enciclopédia Larousse de Mitologia diz: “A mitologia indiana é uma inexplicável selva de luxuriante vegetação. Entrando nela, perde-se a luz do dia e todo senso claro de direção”. Para o indiano, sonhar com uma vaca – um dos deuses mais sagrados – não é bom. Já cruzar com uma vaca assim que sai de casa é sorte promissora. Ver um elefante no momento em que se está partindo para uma viagem é sinal de sorte. Esse animal é conhecido e adorado com deus Ganesha, um dos deuses mais populares do hinduísmo.

Ver um pavão numa viagem é sorte na “certa”. Mas ouvi-lo chorar é sinal de mau agouro. Ekta Kappor, dona dos canais da televisão indiana que transmitem as novelas de maior sucesso no país, manda fazer mapas astrológicos dos atores e determina a mudança da grafia dos nomes de acordo com a numerologia. Se há uma profissão que não corre risco de acabar na Índia, com ou sem crise econômica é a de astrólogo. Para muitos indianos nada pode fazer sem a consulta da astrologia. Num país patriarcal, a superstição castiga a mulher. A crença diz que dá azar topar com uma viúva ao sair de casa. Em áreas rurais, viúvas – evitadas por todos – ficam na miséria e têm que mendigar para sobreviver. Elas se vestem de branco, a cor do luto e da morte na Índia. Há até uma cidade que ficou conhecida como “a cidade das viúvas”.

Vrindavan, no Norte da Índia, há abrigos para elas passarem o resto de suas vidas. Tanta crença provocou até um debate em torno da criação de uma lei anti-superstição no estado de Maharastra, do qual a cidade de Bombaim (atual Mumbai) é a capital. O projeto de lei foi bancado por uma organização chamada Comitê de Erradicação da Superstição . A superstição é danosa demais. Escraviza e pode levar a loucura. As pessoas que acreditam nessa crendice passam atribuir seus problemas na fantasia de azar e sorte em vez de assumir a responsabilidade por suas ações. As crendices fanáticas e supersticiosas cegam a razão e a inteligência das pessoas de enxergarem o esforço, o talento, a ciência, a tecnologia, a fé verdadeira, a experiência e as oportunidades legais e merecidas. O estadista e pensador romano Catão (234-149 a. C.) afirmou com categoria: “Eu me admiro de que o adivinho não ria sempre que vê outro adivinho”. Não se deve acreditar em adivinhações. Suas predições são feitas em termos vagos, genéricos de duplo sentidos e sujeitas a muitas interpretações fraudulentas. Disse o maior de todos os mestres, Jesus de Nazaré: “Atenção para que ninguém vos engane” (Mt 24,4).

Fonte: www.fimdostempos.net


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