E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Maçonaria (parte II)

"No Brasil, o Rito mais difundido é o chamado Escocês Antigo e Aceito. A 'Pequena Enciclopédia da Maçonaria', de 1953, informa até, na p. 581, 'No Brasil, as Potências regulares só têm, até hoje, admitido o Escocês Antigo e Aceito... e os rituais iniciáticos são os mesmos em todas as Grandes Lojas'" (p. 39). "Não querem os maçons [que] se diga que sua associação é uma sociedade secreta; propalam que isso é calúnia inventada pelos adversários. Repetem então a famosa distinção: a Maçonaria é discreta, não secreta" (p. 47).
Porém: A Constituição Maçônica:
1) Aponta como dever do maçon, "nada imprimir nem publicar sobre o assunto maçônico ou que envolva o nome da instituição, sem expressa autorização do grão-mestre".
2) Determina que é dever da Loja "nada expor, imprimir ou publicar sobre assunto maçônico, sem expressa autorização superior".
3) Decreta que "as oficinas, sob pretexto algum, poderão permitir maçons irregulares ou inativos nos seus trabalhos".
O Regulamento Geral:
1) Determina que "os assuntos de natureza maçônica não poderão ser impressos ou publicados pelos maçons ou pelas Lojas, sem que haja autorização do Grão-Mestre Geral".
2) Decreta que "não serão permitidas as polêmicas pela imprensa sobre fatos ocorridos nas Assembléias Gerais e Estaduais, Grandes Oficinas Chefes do Rito, Oficinas ou perante as autoridades judiciárias".
3) Que o profano iniciado deve proferir compromisso nos seguintes termos: "Prometo servir com honra e desinteresse a Maçonaria, guardar os seus segredos e cumprir as suas leis, e praticar com dedicação e sacrifício os seus ideais".
4) Que o compromisso acima citado "depois de pronunciado pelo iniciado, será por ele escrito e assinado, conferido e registrado pelo Chanceler e pelo Secretário, referendado pelo Venerável e visado pelo Orador, e será incluído no expediente de admissão do candidato para aí ficar arquivado".
A Lei Pena da Maçonaria:
1) Incrimina levemente "a revelação de cerimônias, rituais ou outros mistérios, não se tratando dos grandes mistérios da Ordem".
2) Incrimina gravemente "a revelação, a quem quer que, impedido de o saber, dos grandes segredos da Ordem".
3) Incrimina gravemente "a publicação, distribuição ou reprodução por qualquer forma gráfica, sem legal licença escrita, de qualquer prancha, documento ou ato maçônico, exceto os que tenham sido publicados anteriormente no Boletim Oficial".
4) Incrimina gravemente "a discussão pública no mundo profano dos atos passados no interior dos Templos e das deliberações das Oficinas".
5) Incrimina gravemente "o fornecimento, direto ou indireto, a profano ou maçon irregular, de documentos ou quaisquer efeitos maçônicos, sem formal autorização".
6) Incrimina gravemente o delito coletivo de "iniciar ou sustentar, sem permissão dos Poderes Superiores, correspondência com as potência maçônicas estrangeiras ou autoridades profanas, sobre assunto maçônico".

* O Ritual do Aprendiz (1º grau maçônico) exige o juramento, de modo solene, com a mão sobre a Bíblia, nos seguintes termos: "Nunca revelar qualquer dos mistérios da Maçonaria, que me vão ser confiados, senão a um bom e legítimo Irmão, ou em Loja regularmente constituída; nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-los", sob pena de ser-lhe "arrancada a língua, o pescoço cortado e o meu corpo enterrado nas areias do mar".
* O Ritual do Companheiro (2º grau maçônico) exige o juramento de "nunca revelar aos Aprendizes os segredos do grau de Companheiro, que me vão ser confiados, assim como prometi nunca revelar os de Aprendiz", sob pena de "se eu for perjuro, seja-me arrancado o coração, para servir de pasto aos abutres".
* O Ritual de Mestre (3º grau maçônico) profere juramento semelhante ao do Companheiro, para não revelar os segredos do grau de Mestre, sob pena de ter seu corpo "dividido ao meio" "arrancadas e reduzidas a cinzas".

D. Kloppenburg, legitimamente aponta então que "de todos estes documentos oficiais, genuínos e autenticados, pode-se concluir que, também no Brasil de hoje, a Maçonaria é uma sociedade não apenas discreta, mas verdadeira e mesmo terrivelmente secreta, no sentido próprio e óbvio da palavra. Afirmam estes documentos oficiais que a Maçonaria Brasileira possui os seus 'mistérios', 'grandes mistérios', 'segredos' e 'grandes segredos', que, de maneira nenhuma e sob pretexto algum, podem ser revelados. Basta abrir qualquer dicionário e ver o sentido do adjetivo 'secreto', para podermos aplicá-lo em sentido próprio e rigoroso, sem faltar à verdade e sem recorrer à calúnia, à Maçonaria Brasileira: sim, a Maçonaria Brasileira é uma Sociedade Secreta. Contestá-lo seria negar sua Constituição, seu Regulamento Geral, sua Lei Penal, seus Rituais. (...) Apresenta-se, assim, a Maçonaria também no Brasil, não apenas como Sociedade Secreta, mas como uma engenhosa superposição de numerosas associações secretas" (pp. 47-50).
Maiores detalhes, inclusive a descrição completa de ritos e juramentos secretos, é possível encontrar nesse excelente livro de D. Boaventura Kloppenburg, o qual muito recomendamos.


Nota:
[1] KLOPPENBURG, Boaventura. "Igreja & Maçonaria: conciliação possível?". Petrópolis-RJ: ed. Vozes, 5ª ed., 2000.

Fonte: www.veritatis.com.br

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