E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Maçonaria (parte I)

DEFESA DA FÉ: MAÇONARIA: SEITA RELIGIOSA OU GRUPO SECRETO?

A Maçonaria é, simultaneamente, seita filosófico-religiosa e sociedade secreta. É seita filosófico-religiosa pois: "'De modo algum pode um ateu iniciar-se nos mistérios maçônicos ou permanecer na atividade das Lojas', informa peremptoriamente a 'Pequena Enciclopédia Maçônica'. E outro autor, Cavaleiro Kadosh, revela que a Maçonaria 'exige que seus componentes tenham crenças, que acreditem num Ser Supremo'; a Maçonaria - continua o graduado Filho da Viúva - é uma 'instituição que não admite ateus, que exige que todos os seus componentes sejam crentes, que acreditem em Deus' (Bronwill-Albuquerque, 'O que é a Maçonaria', Rio, 1955, pp. 19 e 23)" (p. 127). "Todavia, não são apenas os ateus e materialistas que se sentem frontalmente atingidos pelo intransigente princípio maçônico de que é preciso admitir a existência do Grande Arquiteto do Universo. Pois nos rituais não são raras as ocasiões em que o Venerável deve proferir preces ao Grande Arquiteto. Ora, isto já é um modo concreto e bem determinado de render culto a Deus" (p. 129). "Conclui-se daí que os rituais maçônicos ultrapassam enormemente os limites oficialmente proclamados pela Maçonaria. Os maçons são muito mais religiosos do que deveriam ser! O fato de usarem em suas lojas os livros sagrados da Bíblia, para fazer sobre ela seus sacrílegos juramentos, é outra inconsequência que deveria afastar das lojas maçônicas todos os judeus e não-cristãos" (pp.130-131; grifos nossos).

Porém, as lojas ligadas ao Grande Oriente da França, por admitirem ateus e materialistas, resolveu suprimir toda e qualquer alusão a Deus. Isto porque "o grande princípio maçônico, que manda abstrair de qualquer crença ou ato confessional, não permite que, sem inconsequência, se prescreva como obrigatória uma fórmula que afirme a existência de Deus" (p. 131). Desta forma, "o Grande Oriente da França resolveu, afinal, suprimir de todo a velha declaração de fé na existência do Grande Arquiteto do Universo. Foi modificado então o Rito Moderno ou Francês, que eliminou de seus rituais todas as orações e alusões a Deus ou ao Grande Arquiteto do Universo. Esse rito é hoje reconhecido pelo Grande Oriente do Brasil e não poucas lojas do Brasil o adotaram" (p. 131).

"Mas a Grande Loja da Inglaterra, considerada Loja-Mãe da Maçonaria, não se conformou com tão radical supressão de um dos 'imutáveis princípios da Maçonaria' e tomou medidas severas, proibindo o acesso às lojas a todo maçon que não professasse a crença no Grande Arquiteto do Universo e declarou 'irregular' o Grande Oriente da França. Lançara, portanto, a Loja-Mãe, o interdito e a excomunhão sobre a filha rebelde. Mais recentemente, em 1952, a mesma Loja-Mãe condenou e interditou a Grande Loja do Uruguai por não querer reconhecer a fé em Deus. As Grandes Lojas de outros muitos países declararam-se solidárias com a Loja-Mãe e romperam suas 'relações de amizade' com o Grande Oriente da França e outros Orientes que haviam cometido o mesmo pecado grave. Entrou assim profunda cisão na Maçonaria universal" (p. 132).

Apesar de todos os elementos religiosos existentes nos documentos e rituais maçônicos, percebe-se que "o Grande Arquiteto do Universo, o deus dos maçons, é um deus 'deísta', vago, indefinido, impessoal, ou, como dizem os maçons, uma 'força construtora, ordenadora e evolutiva'. Não é, porém, o Deus-Iahweh revelado a Moisés (cf. Ex 3,1-16), que com este nome queria indicar não apenas sua essência eterna e imutável, mas também sua presença atuante entre os homens, disposto a intervir, a ajudar, a libertar, a salvar. O Deus dos cristãos é o Emanuel, que quer dizer "Deus conosco" (cf. Mt 1,23). E em Jesus Cristo Ele se tornou 'o Verbo que se fez carne e habitou entre nós' (Jo 1,14) e se tornou nosso Mestre, nosso Mediador e nosso Pastor" (p. 138).Eis duas orações citadas por d. Kloppenburg, retiradas de rituais oficiais da Maçonaria, bem demonstrando o caráter religioso da seita: "Humilhemo-nos, meus IIr.:, ante o Soberano Árbitro dos Mundos e reconheçamos o seu infinito poder e nossa infinita fraqueza. Contendo os nossos corações nos limites da retidão e dirigindo os nossos passos pela estrada da virtude, elevemo-nos até o Grande Arquiteto do Universo; ele é um só e subsiste por si mesmo e todos os seres devem-lhe a existência. Tudo faz e tudo domina; invisível aos nossos olhos, vê e lê no fundo de nossas almas..." (Ritual do Aprendiz [Rito Escocês]; p. 130).

"Gr.: Arq.: do Univ.:, potência infinita, fogo sagrado, que fecundas tudo quanto existe, ser misericordioso que se concebe, mas que se não pode definir, imutável autor das incessantes transformações, tudo vive e transpira em ti e por ti! A luz e as trevas são para ti iguais! Tu nos vês na morte, bem como nos hás visto ao nascer! Para ti são visíveis os segredos do túmulo. Possa o nosso sempre chorado Ir.: ... viver para todo o sempre contigo, como ele viveu entre nós! Possa a sua morte ensinar-nos e preparar-nos para gozar com ele, no teu seio paternar, da verdadeira imortalidade" (Ritual Fúnebre [Rito Escocês]; p. 130). Outro ritual de índole religiosa encontra-se narrado à p. 98: "Para a cerimônia de [batismo maçônico] deve ser preparado um 'altar consagrado', sobre o qual estarão a naveta com incenso, o turíbulo, diversos vasos com água, sal, mel, vinho, um pão ou bolo triangular ou três pães e bolos, um esquadro, um compasso, aventais, luvas brancas e uma taça com vinho. (...) Começa o Venerável com breve alocução, pedindo a todos que prestem 'a mais religiosa atenção ao grave e solene ato a que vamos proceder'. Dirige-se depois para o altar e, voltando-se para o Oriente, começa uma prece dirigida ao Grande Arquiteto dos Mundos:

'(...) Nós vimos humildemente render-te uma nova homenagem, unindo ao culto da verdade filhos que amamos (...). Abençoa também (estendendo a mão direita sobre o altar) estes produtos com que a tua boa vontade nos favorece e que ornam este altar como tantos outros símbolos de nossa fé. Concede-lhes o poder de gravar no coração de nossos filhos adotivos uma perene lembrança, que, na idade da razão os torne para sempre fiéis às condições de sua adoção'. Feita a “oração”, o Venerável sobe ao trono e os demais sentam-se. Nesse momento batem à porta e o Cobridor anuncia: 'São filhos dos nossos irmãos que se acham transviados no mundo profano, onde paixões más ameaçam de arrastá-los ao mal'. Segue então uma viva discussão sobre o que farão com estas crianças. Afinal o Venerável pede ao Orador que dê sua opinião. Este não se faz esperar: 'Julgo que devemos iniciá-las na vida da inteligência; que o véu material que cobre seus olhos desapareça; que sua boca aprenda a proferir somente frases meigas e afáveis; que seu corpo seja purificado; que o amor do trabalho lhes garanta a moralidade de seus costumes; que lhes seja inspirado o espírito de força, de virtude e de união; e que a adoção maçônica lhe abra o caminho da felicidade'" (Ritual de Adoção dos Lowtons; pp. 98-99).

Não há dúvidas, portanto, da orientação filosófico-religiosa da maçonaria, sendo a mesma incompatível com a fé cristã, inclusive para os não-católicos. Ao mesmo tempo, a Maçonaria é uma sociedade secreta. Aponta d. Kloppenburg: "São numerosos os Ritos nos quais trabalha a Maçonaria nos diversos países do mundo. Enumeram-se nada menos de setenta e dois ritos diversos (...) como se poderá ver no 'Diccionario Enciclopédico de la Masoneria', sob o verbete 'Rito', que dá também a história e o essencial de cada um. (...) Entre os ritos praticados pelas potências maçônicas, três são os mais adotados em mais de 90% delas, razão por que são tidos como universais: o Rito Escocês Antigo e Aceito [com 33 graus], o Rito de York [americano, com 9 graus; inglês, com 4 graus] e o Rito de Schroeder [ou Rosacruz Retificado, com 7 graus]. Os maçons de origem inglesa e norte-americana, que representam dois-terços da população maçônica universal, adotam geralmente o de York e o Escocês; os alemães o de Schroeder; os franceses costumam trabalhar no chamado Rito Moderno ou Francês [com 7 graus], mas que por muitas potências não é reconhecido como regular, por omitir propositadamente qualquer alusão ao Grande Arquiteto do Universo e à imortalidade da alma" (pp. 37-38)


Continua na próxima postagem...

Fonte: www.veritatis.com.br

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