E, por fim, meu Imaculado Coração triunfará!

terça-feira, 30 de junho de 2009

RADICALIDADE NO DESEJOS E SENTIMENTOS

Na sua profundidade os desejos não são pecados, mas podem se tornar um grande meio para o pecado. Desejos significam: vontade de possuir ou de gozar; anseio, aspiração etc. Os desejos estão ligados ao agir humano, pois revelam o mais profundo do homem. Desvelam o homem e expõe a sua intimidade. Aquilo que muitas vezes está oculto no mais profundo do seu ser.

Todos nós temos desejos por alguma coisa, nossa vida gira em volta de alguns desejos que temos. Quem não deseja ser feliz ou fazer o outro feliz? Isto já está dentro de cada um, mas os nossos desejos foram feridos pelo pecado e passamos a entregar nossos desejos a ação do mal.

Nos entregamos aos maus desejos e às paixões desordenadas e caímos no pecado. Pois o desejo do mundo presente é a nossa perdição. O maior desejo do demônio é nos ver no inferno, longe da graça de Deus.

Veja dentro de você se existem somente desejos para o bem e pureza. Geralmente desejamos aquilo que o nosso corpo deseja ou vai satisfazer os prazeres carnais. “ A carne, em seus desejos, opõe-se ao Espírito e o Espírito à carne; entre eles há antagonismo; por isso não fazeis o que quereis” ( Gl 5, 17 ). Por isso, não podemos seguir os desejos de nossa carne.

Precisamos ter somente desejos por Deus e as coisas do alto. Inclinar os nossos desejos para o alto e buscar a Deus. Não deixemos ser seduzidos pelos desejos humanos e ser influenciados pelos outros. Canalizemos tudo para o Senhor. Desejemos o céu.

O amor deve ser o desejo maior do nosso coração, “o amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de consegui-lo” ( C.I.C 1765). Desejamos o mal e aquilo que nos leva para longe de Deus porque ainda não experimentamos o amor de Deus em nossas vidas, que é capaz de preencher toda solidão e ausência de desejo pelo bem. “ ... A graça desvia o coração dos homens da ambição e da inveja e o inicia no desejo do Sumo Bem; instrui-o nos desejos do Espírito Santo que sacia sempre o coração do homem”( C.I.C 2541).

Há dentro de cada ser humano o desejo de buscar a Deus e a bem-aventurança. “As bem-aventuranças respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina: Deus o colocou no coração do homem a fim de atraí-lo a si, pois só Ele pode satisfazê-lo” (C.I.C 1718).

Cabe a nós purificar os nossos desejos de toda impureza e somente buscar o desejo de Deus para a nossa vida, que é a nossa santificação. Isto não quer dizer que todos os nossos desejos são maus, mas é necessário purificar os desejos que nos afastam de Deus e que não nos levam à santidade. Quando temos desejos, precisamos ver se eles estão de acordo com a vontade de Deus para então realizá-los.

E quanto aos sentimentos, estes muitas vezes nos enganam e nos levam a nos perdermos neles. Pois o sentir não é pecado, mas o consentir.

Não podemos confundir amor com sentimentos. O amor não é só sentimento, mas adesão e iniciativa. O sentimento pode ser conseqüência das emoções. E não podemos nos guiar pelas emoções que são traiçoeiras e enganadoras, vêem de maneira rápida e desaparecem de repente. O sentimento é sensibilidade.

Nos tornamos sensíveis de acordo com determinadas situações. É um estado de espirito. E não podemos usar de sentimentos no nosso relacionamento com Deus.

O nosso relacionamento com Deus precisa ser concreto e radical, não viver de sentimentalismo. Purifiquemos os nossos sentimentos de toda impureza.


Reinaldo Cazumba da Silva
E-mail: reinaldo@cancaonova.com


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